29 de outubro de 2008

Finalmente.

Berta Cabral assumiu, finalmente, a sua candidatura à presidência do PSD. Pela frente tem um trabalho de grande responsabilidade. O PSD é um partido do arco do poder e com enormes responsabilidades, para o bem e para o mal, na construção da autonomia regional e do regime político instalado na Região depois de 1974.
Pela frente tem, portante, não apenas a responsabilidade de unir o partido mas, principalmente a de o refundar,reconstruir, reconverter e fazer crescer.
O PSD de Berta Cabral tem que ter a coragem de se reafirmar ao centro-direita do espectro politico Açoriano, liberal na economia qb, conservador bastante no que aos costumes da nossa gente concerne, aberto à sociedade o suficiente para se reavivar e renovar.
O PSD dos ressabiados do fim do amaralismo e os sucessivos derrotados nas lideranças de Dâmaso, Neves X2 e Vitor Cruz, têm que perceber que o seu tempo passou e o seu lugar é no banco dos suplentes e só em caso extremo de necessidade.
Berta Cabral tem a oportunidade que o PSD precisa para se refrescar, resta saber se será capaz, corajosa, para romper com esse passado que tem levado o PSD ao descalabro eleitoral e ao quase descrédito público.
O timing é perfeito. Ninguém vai exigir a Berta Cabral que o PSD ganhe as legislativas, e as europeias, e ninguém de bom-senso acredita que possa perder as autárquicas. Berta Cabral tem o caminho aberto até 2012 onde, com ou sem César, será vencedora.

4 comentários:

Rui Coutinho disse...

Muito me admira esta post ainda não ter recebido comentários!
Estavam à espera que Berta Cabral dissesse não?

Nuno Barata disse...

Caro Rui
Eu acho que reside, precisamente, na não surpresa o facto de não suscitar comentários.

Rui Coutinho disse...

Com tanto politólogo profissional, amador e assim-assim, não há quem queira falar deste assunto?
Vamos ter mais um(a) líder do PSD ausente do Parlamento?
Vai ser uma "ménage a trois": Câmara-Partido-Parlamento?
Se, por um lado,o quadro partidário na ALRA e o anúncio desta candidatura deixam antever um maior escrutínio da actividade do Governo e do Parlamento, por outro, parece que esta situação de Berta lhe colocará problemas.
De resto, para qualquer sistema, quanto melhor a oposição, melhor terá de ser o governo.

João Pacheco de Melo disse...

Estou convencido que Berta Cabral não consegue fazer expandir para o todo Açores – até só para São Miguel – o conceito/efeito; “Concelho Feliz”.
Atrevo-me a ir mais longe; enquanto o PSD não encetar uma “revolução geracional” dificilmente sairá da cepa torta em que se atolou (ainda com Mota Amaral ao comando).
Porém, foi o facto de Carlos César não ter aproveitado a ocasião que este Outono/Inverno2008 lhe ofereceu – de mão beijada – para fazer a “revolução geracional” nos comandos do seu exército o que pode potenciar as hipóteses de Berta Cabral daqui a 4 anos.

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