30 de setembro de 2007

Ventos de mudança.

Windows
Os chamados partidos do arco do poder optaram pela implementação dum sistema de eleição directa dos seus Presidentes. Bem sei que esse é um mecanismo mais democrático e mais justo, é aliás, por isso, que a esquerda mais radical não o adopta. No entanto, com os resultados à vista, Sócrates, Portas e Menezes, não estou seguro de que esse seja o melhor sistema. Ou então, os respectivos partidos perderam o tino.

28 de setembro de 2007

Eu não percebo nada disso mas...

Há cerca de 2 anos congratulava-me aqui com uma notícia do então Jornal dos Açores sobre a decisão do Governo em avançar com a renovação da frota da SATA ainda antes das SCUT. Aconteceu ao contrário, infelizmente. Tal como escrevi na altura, o ATR 72 não é a melhor escolha já que o seu Maximum take-off weight, reduz-lhe o espaço de carga para cerca de 10,6 m3 e 22 toneladas de MTW, contra as 28 toneladas do seu mais directo concorrente o Dash 400, produzido pela Bombardier. Todos sabemos o problema que é escoar mercadoria e até mesmo a bagagem dos passageiros, das Ilhas mais pequenas.
Além disso, os ATR foram testados e recusados há 17 anos. Fará sentido repescar uma solução quase 20 anos depois?

O PSD a votos


Via 31 da Armada, a melhor leitura que já vi sobre os votos no PSD.
Na verdade, nem Marques Mendes é tão mau quanto parece nem Menezes é tão bom quanto mostra. Enfim, é a política à Portuguesa, concerteza. Quatro paredes cagadas e um cheirinho a fernesim.

27 de setembro de 2007

A isto chama-se...

... dignificar a política portuguesa.

A maioria dos populistas e demagogos que pululam pelo "chiqueiro" em que se transformou a politica à portuguesa, ficaria no estúdio à espera de retomar a edição para poder falar de Mourinho. Santana Lopes preferiu e bem, mandar a SIC noticias "lamber sabão". Bravo.

26 de setembro de 2007

Esperar sentado...


... não faz caminho, excepto na política à Portuguesa. Mesmo as mais difíceis “travessias do deserto” têm que ser percorridas. Muitos dos mais promissores políticos da nossa era , não foram capazes de fazer essas travessias e, ou entraram em projectos falhados (Manuel Monteiro e o PND é um bom exemplo) ou voltaram aos seus projectos iniciais antes do tempo (Paulo Portas e o CDS-PP são disto paradigma). Por cá, a regra é “esperar sentado.” Receio que, neste momento, estejam demasiados actores políticos sentados em confortáveis poltronas à boca de cena à espera que Cesar saia do palco. Esperar é uma virtude mas é preciso, contudo, ir mostrando trabalho. Berta Cabral é, talvez, a única actriz em palco secundário mostrando serviço, à espera de entrar na grande sala.
Se a lógica que preside aos partidos políticos portugueses, nomeadamente ao PSD, não fosse a de que quem perde deve demitir-se, Berta Cabral (se é que ela quer ser Presidente do Governo dos Açores) estaria muito bem colocada para enfrentar Carlos Cesar já em 2008. Mas, como a lógica vigente é a de queimar figuras, termos que esperar por 2012 depois da saída de Cesar. Talvez seja tarde.

25 de setembro de 2007

Será Portugal como eu o vejo?

(...)Eusébio era o único símbolo português vivo reconhecido internacionalmente. O Estado Novo era nacionalista, porque não tinha outra saída para levar a cabo as reformas (?) necessárias… Em contrapartida, Salazar ofereceu a Eusébio Ferreira da Silva uma chupeta. Barato! Salazar era muito poupado. “Portugal?” questionavam os jornalistas portugueses aos estrangeiros quando ao serviço da propaganda. “Eusébio” respondiam. Salazar serviu-se de Eusébio para que se confundisse a Pátria com o glorioso jogador. Sem Eusébio, corria-se o risco de ouvir por esse mundo fora como resposta à pergunta “Portugal?” um esgar do tipo bloco de esquerda: “Ditadura!”, “Atrasados” “Suínos”, o que era péssimo para as figuras sagradas e consagradas do salazarismo que queriam que o país fosse bem cotado na estranja. Portugal era uma mentira. Os “fascistas” dominavam a comunicação social e a verdade que era colocada aos nossos olhos era a que mais rendimento permitia. Salazar não contente por nacionalizar Eusébio, mandou fechar de conluio com Cerejeira a pastorinha vidente numa prisão regular. A Irmã Lúcia garantia à imitação de judeus e árabes a chamada terra sagrada de Fátima. Portugal nacionalista podia ser inculto, mas possuía um Muro das Lamentações e uma Kaaba.(...)
Um excelente texto político do grande filósofo da Rua dos Manaias, Manuel Melo Bento, o Mélito, esse traidor à Pátria Açoriana a viver há três meses em Portugal. (aqui devia haver um "bonecrinho" a piscar o olho).

24 de setembro de 2007

Santa Maria a Ilha-mãe

2007.08.28 173
O António de Sousa fez de Daniel de Sá e fez muito bem. A voz do António, a voz dos Açores, de Santa Maria do tempo dos aviões da PanAm,dos tempos de hoje, enche qualquer sala vazia tal como as tuas letras devem ser lidas no silêncio dos grilos que estão por toda a parte. Saí da Vila correndo até ao “campo da aviação” estavas ali pensativo, como sempre, olhavas o horizonte entre a torre velha de madeira americana e o verde seco das acácias já sem flor neste principio de Outono quente. Embrulhado nas tuas palavras como um pedaço de queijo de peso em papel de manteiga, fui seguindo cada uma delas e agarrando-as como se fossem minhas, como um menino que agarra e guarda o seu primeiro “Dakota de plástico”. A minha primeira parelha de carrilhos vermelhos bebeu na Ribeira do Guilherme, eram gordos. os meninos, hoje, não brincam com carrilhos. Acho que é por serem franzinos, os carrilhos. Foi aí, na décima Ilha que disse as minhas primeiras palavras de que me recordo. Hoje, ao ler-te, entendi melhor o porquê da palavra saudade, porquê essa minha ligação ao Nordeste. Porquê se saí de lá tão tenro?
Não, tu não és de Santa Maria. Embora tenha sido aqui que disseste as primeiras palavras de que te recordas, tu és um cidadão do Mundo. Um mundo que pode não ser mais do que a tua Maia, a nossa Maia, onde eu não me lembro de ter dito algumas das minhas primeiras palavras. Mas, Maia que também é minha.
Fui a Santana. Vi-te a correr pelo pasto de erva seca, amarela, a fugir da Alda que te perseguia voando em passos de gazela por cima dos muros de pedra. Meteste-te ali entre os juncos. Tudo porque não quiseste rachar a lenha, malandro. “As nossas memórias são a nossa vida. Por isso parece que vivemos tanto mais quanto menos esquecemos.” É verdade.
Tenho na minha cabeceira um excelente livro, com excelentes fotos, está autografado por dois amigos, o Max Elizabeth e o José António Rodrigues. Falta-me uma assinatura, uma coisa insignificante para ti, talvez, mas para mim importante. Vou aparecer-vos de surpresa um destes dias. Diz à Alice que prepare um chá. A última vez que bebi um feito por ela, nunca mais esqueci. Foi há vinte anos que estive na tua casa com o Laurindo. Ah, como teria gostado de ler este livro o Laurindo.
Agora, deixo-te. Vou para São Lourenço descendo pelo “caminho retorcido” das voltas, vou fazer companhia a um daqueles amigos do Dr. Pessoa. É quase lua cheia de Setembro, vai nascer por detrás do Ilhéu do Romeiro. Depois conto-te.

Pagamos todos nas compras da semana.

Embora o movimento de mercadorias tenha “estagnado” os lucros do Porto de Ponta Delgada subiram 250%. Um fenómeno que não tem a haver com a diminuição de custos ou com o aumento dos trabalhos portuários mas só e apenas com as taxas. Taxas essas que pagamos nós todos na conta final da mercearia.
Esse facto, por si só, explica a elevada taxa de inflação ocorrida nos Açores. Esta semana alguns indicadores económicos foram divulgados “propagandisticamente”. Outros, porém, foram propositadamente olvidados. Importa saber e comparar, por exemplo, o índice de preços ao consumidor, os níveis de conforto e bem-estar das famílias, o poder de compra, os salários médios.
O sector primário continua a ser o nosso principal vector económico. Ou seja, ainda estamos ao nível do terceiro mundo, com sectores como a agricultura de subsistência e pequeno mercado a absorver uma boa faixa da população activa, o que explica a baixa taxa de desemprego.
Todos sabemos que, uma tão baixa taxa de desemprego não é um bom indicador, é boa propaganda mas é preocupante do ponto de vista do desenvolvimento económico. Taxas de desemprego abaixo dos 7%, representam falta de mão-de-obra disponível, isso atrofia a economia e cria calos nas bases da pirâmide etária. Veja-se, por exemplo as Ilhas onde há pleno emprego. Os Jovens “fogem” para as Ilhas mais próximas ou migram para o Continente, vão ficando os reformados e os acomodados ou os bem empregados. Essa situação não permite inovação e empreendedorismo. O diploma que criou incentivos ao investimento nas chamadas Ilhas da coesão, estava e está pleno de bonomia. Contudo, é tarde. Já não há capacidade de reacção. Serviu, apenas, para que as Sociedades anónimas de capitais públicos vissem majoradas as subvenções a receber do dos fundos comunitários. Se é que essa não foi a intenção que presidiu à feitura do diploma.

Morreu o Mestre do Gesto.


Nacho Doce/Reuters
Aos 84 anos, depois de ter escapado à lei dos Homens (AUSCHWITZ), o mímico francês Marcel Marceau, não escapou à mais cruel e implacável das leis da vida. A morte.

Santa Maria, A Ilha-Mãe.

2007.09.01 118
É onde estou.
Depois de uma semana passada na Horta de Terça a Domingo com uma saltada relâmpago a São Miguel de Sexta para Sábado a fim de reparar uma bomba injectora, o dever chamou-me à Ilha de Gonçalo Velho. Juntando o útil ao agradável, conto estar, logo mais á tardinha, mais propriamente pelas 19h30m, nesta Vila do Porto, na apresentação do novo livro do Daniel de Sá, levado à estampa pela Veraçor e com fotografias, entre outros, dos meus amigos José António Rodrigues e Max Brix Elizabeth.

23 de setembro de 2007

Assunto muito sério, o das quotas de captura.

Cores
O mesmo se poderá passar nos Açores, com o Goraz, se o Governo Regional insistir em ficar aquém da quota estabelecida. No ano passado, por culpa exclusiva do executivo regional, ficaram por capturar 200 toneladas da nossa quota o que representa um volume de negócios que ronda os 2 milhões de euros. Este ano, se o Governo persistir na teimosia e birra política de não abrir a pescaria às embarcações que já ultrapassaram a quota, ficarão por cumprir quase as mesmas 200 toneladas. Corremos o risco de, num futuro próximo perdermos essa mesma quota, como perdemos da Gata-lixa, também por incompetência.
Nessa altura, os Governantes de agora, não se ralarão, as suas reformas continuarão a vencer ao dia 20 de cada mês.
Assunto demasiado sério para continuar a ser tratado sem rigor e sem critério como tem sido até agora, quer pela tutela quer pelas organizações de produtores que lhe vão no rasto.

Via Bloguitica

22 de setembro de 2007

Na linha do equador.

Nas próximas horas o Genuíno Madruga e o seu Hemingway deverão passar a mítica linha do equador. Será por volta das 6 horas da manhã. Marinheiro que não conheceu outra vida que não a do mar, Madruga fará a típica saudação ao Deus Neptuno.
Neptuno que ele um dia viu na Horta entristacido, na marca dos vermelhos pensativo, no Princesa Alice absorto. Neptuno que, enraivecido, lhe levou o seu Guernica.
Nomes interessantes que este lobo-do-mar dá aos seus barcos.

20 de setembro de 2007

Meter a foice em seara alheia.

Praia de Porto Pim
A cada dia que passa se vai configurando o perfil do sucessor de Carlos Cesar no comando dos destinos do PS-Açores. Infelizmente, Vasco Cordeiro é, cada vez mais, uma carta fora do baralho. Melhor para ele, pior par a Região que vê "morrer na praia" um dos mais promissores políticos do nosso tempo. Resta o Vice-presidente do Governo, o responsável pelo descalabro financeiro da Câmara de Angra, disfarçado com habilidosa cosmética e dose graciosa de circo.
Contudo, não me surpreenderia se, para evitar essa ascensão meteórica do “Vice”, o PS tirasse da cartola uma solução como José Contente. Uma político, astuto, capaz de trabalhar na sombra e capaz de escolher, muito bem, o momento certo para a estucada final. Não tivesse sido ele o grande estratega deste Partido Socialista que em 1996 era um “frangalho” comparado com o que é hoje.

Alguém sabe o que se está a passar?

A ver navios
Eu não sei porquê mas, anda toda a gente a tentar sair da Horta. Não há um lugarzinho vago nos Aviões para São Miguel e Lisboa até Sábado. Sair daqui só mesmo se for de navio de carga.

19 de setembro de 2007

Na Horta acontece pouco mas acontece


O blogger anda por aqui. Com pouco para dizer e com muito que fazer. Hoje, lembrei-me de um post do Paulo Gorjäo (o teclado näo tem til) sobre o caracter instrumental da ASAE. Aqui passa-se a mesma coisa com a IRPescas. Volto ao tema.

18 de setembro de 2007

"Pacoviano".Não?

Há fogo na casa da água e o André Bradford quer, ou acha que, a restante blogosfera deve “cagar sentença” sobre o assunto. E porque não ser ele próprio a falar disso. Provavelmente ele saberá mais do que qualquer outro blogger de endemismo açórico. Eu cá estou me borrifando para as intrigas entre o Me(r)deiros e o Cesto da Gávea, estão bem bons um para o outro.

17 de setembro de 2007

Dez livros não mas dez lugares...

Fui desafiado pelo Paulo Pacheco. Penso que não houve dez livros que mudaram a minha vida, mas os livros são a minha vida. “A cultura humanística ensina-nos a desprezar o dinheiro que gastamos com ela”. É cada vez mais difícil estar actualizado, saber das novidades e, sobretudo, não embarcar nas tendências. Na verdade, vivemos naquela que foi classificada por Samuel Johnson, como “A Era dos Autores”. Nunca houve, no nosso “portugalsinho queiroziano” então, tanto autor publicado como há agora. A literatura é um negócio. Como tal, entrou numa fase de industrialização e de vendas nos hipermercados. Isso só pode ser bom. Mas, cuidado, tal como a escolha do detergente da loiça deve ser feita com base no seu poder solvente, a literatura deve ser adquirida pela sua capacidade de mudar qualquer coisa em nós, de acrescentar alguma coisa ao que somos e de contribuir para o que queremos ser. Nesse sentido, acho que não poderei enunciar dez livros que mudaram a minha vida, mas poderei, facilmente, fazer uma lista de dez lugares (muitos já desaparecidos) em Ponta Delgada que mudaram a minha vida. De Nascente para Poente: As papelarias Açoreana e Minerva, Ambar, Neves, Matriz, Xavier Casa do Livro, Avenida, Lusitânia e Académica. Era nas papelarias que se vendiam livros.
A livraria Gil, onde cresci com o José Carlos Frias agora da Sol-mar, foi a primeira a dedicar-se um pouquinho à literatura, tendo contudo uma propensão para se centrar demasiado nos autores Açoreanos e nos livros escolares, é o "comércio da literatura" que também é preciso. Mas havia uma visita itinerante fantástica. Não, não se trata de uma carrinha Citroën da Fundação Caloust Gulbenkian, essas também levavam a literatura perto de mim, quando estava no Nordeste ou na Ribeirinha. N/M Doulos no porto de Omam, imagem retirada daqui
Tratava-se da visita anual do N/M Doulos, uma imensa livraria flutuante que, anualmente atracava em Ponta Delgada e que me fazia as delicias. A maior parte dos livros que lá adquiri têm um carimbo de 1980. Foi com alegria que descobri que o Doulos continua a trabalhar e a levar aos mais diversdos países aquilo que eles chamam Bringing Knowlege, Help and Hope. Tudo bens preciosos dos quais nós ainda precisamos bastante.

O que dizem os sábios.

Um reforma (in)compreensivel?

(...)Há já violadores, ladrões e malfeitores de ordem vária, soltos directamente por causa destas novas leis penais, sob a total passividade dos poderes públicos que a aprovaram, a saber o Parlamento em peso e com a colaboração activa dos dois maiores partidos. Os líderes desta reforma, são relativamente desconhecidos, destacando-se o representante do PS, um certo Ricardo Rodrigues.Sabe-se hoje que a PSP agendou uma manifestação em que um dos motivos é a possível libertação de assassinos de colegas, por força das novas leis, o que fatalmente irá suceder, perante a passividade dos parlamentares da Justiça.(...)

15 de setembro de 2007

Si, porque hay que tenerlos.

Agolada do Expresso das Nove.
"Entre os presentes na sessão do Fórum Açoriano,(...)Nuno Barata (sentado de perna aberta na primeira fila…)."
Deve ser, digo eu, por causa do tamanho dos tomates. Ou serão cojones? Artefacto que a classe jornalistica açoriana perdeu há muito tempo e que o Expresso das Nove fingiu ter durante o comunismo católico do Dr. Mota Amaral. Afinal não eram cojones, eram instrumentos ao serviço de quem lhe havia de pagar os favores mais tarde.

14 de setembro de 2007

A segunda etapa.

O Hemingway deslizava pela costa Africana no sentido do equador. Largara do Tarrafal na Ilha de São Nicolau ontem às 16h30m.
O Meu telemóvel tocou. Detesto ouvi-lo à Sexta-feira. A custo peguei-lhe e li: Hemingway. Rapidamente desliguei e devolvi a chamada, ser eu a pagar para falar-mos é parte do meu patrocínio. Do lado de lá a voz animada do Genuíno adivinhando ser eu atende com um característico “então companheiro?” Falamos de Cabo Verde, do tempo, do preço do gasóleo, das crianças, dos homens e das mulheres. Falamos e dissemos quase tudo o que um Homem solitário no meio do mar depois de ter iniciado uma viagem de 32 dias precisa de ir ouvindo. Ouvi, também. Ouvi um velho amigo perguntar-me pla pesca, pela Horta , pela minha gente. Não havia maneira de acabar aquela chamada. Deu ainda para me relatar a dia de navegação. “Corre uma brisa fresca, favorável, tenho que aproveitar, mais a baixo não espero senão calmarias.” Na minha calmaria estonteante de Industrial, pato bravo, agricultor, camionista, quedei-me imaginando como seria estar sozinho durante 32 dias, mesmo que em terra firme. Enlouquecia talvez.
«O homem não foi feito para a derrota. Um homem pode ser destruído, mas não derrotado.»
Hemingway, O Velho e o Mar
Expressão retirada do Portugal dos Pequeninos

13 de setembro de 2007

Desculpas tardias...

... não são desculpas. Não só por isso mas também por isso, eu não esqueço os não resultados da selecção de Portugal na era antes de Scolari. Reconheço e agradeço os resultados da era Scolari. Declino o pedido de desculpas e entro na era vai para onde quizeres mas "deslarga-me a barguilha".

Não havia "nexexidade"

Perdoem-me parafrasear essa grande personagem que é o Diácono Remédios, mas a expressão adequada é mesmo essa, outra qualquer seria demasiado grosseira e boçal. (Não sei se me aguento).
A revista FACTOS, traz à estampa este mês, uma reportagem sobre a Lagoa do Caldeirão Grande. É para isso que servem as revistas de grande informação.
Há semanas que tenho um post “engatilhado” sobre o assunto, é agora a altura de o escrever. Será que não havia outro sítio para fazer uma lagoa artificial para abastecer de água a lavoura?
Haveria necessidade de destruir, fazendo uma intervenção desta natureza, uma área tão grande da Paisagem protegida das Sete Cidades?
Estarão os políticos cientes da importância ambiental daquela Zona?
As respostas são simples.
Sim havia outros lugares, alguns até degradados e necessitando de urgente intervenção onde se poderia ter construído uma lagoa artificial.
Não, não havia “nexexidade”.
Sim, os políticos estão cientes da “merda” que estão a fazer. Caso contrário não teriam tentado retardar, com o máximo esforço, o conhecimento público desta situação. Repare-se. Não houve uma única notícia ou referência a esta obra no sítio da GACS (gabinete da propaganda do Governo). Porque será?
Para melhor ilustrar o disparate aqui ficam duas fotografias do antes e do durante.
Antes

Durante

Nota de somenos importância: O Empreiteiro da Obra é o tal que pagou facturas das campanhas do PSD. Será que também paga de outros partidos?

Shame on You Mr. Scolari.


Foto retirada do Arrastão

12 de setembro de 2007

Politiqueiros em lugares para politicos.

O novo parque de estacionamento subterrâneo na Cidade de Ponta Delgada é uma necessidade imperiosa. Toda a Gente o sabe. Milhares esperam, ansiosamente, por essa solução. Esperam-na os comerciantes, esperam-na os funcionários, esperam-na os utentes da cidade, esperam-na os futuros utilizadores das Portas do Mar. Sabe-o o Governo que por politiquice a atrasa. Sabe-o a Câmara do Comércio que por sabujice não se pronuncia publicamente. Sabe-o toda a gente que assobia para o ar mas espera que fique pronto o mais rápido possível.
2007.09.01 047
Há tanta coisa importante para fazer em termos de impacte ambiental e o Governo só vê um parque de estacionamento subterrâneo que vai ser construído numa zona que foi aterrada com “bagacina” há cerca de 50 anos.
Este Governo já deu o que tinha a dar, daqui para diante é como os (des) governos do PSD de 1988 a 1996, disparate a seguir de disparate.
Nunca concordei com a lei de limitação de mandatos. Chego mesmo a classificar tal lei como um atropelo à democracia e um atestado de menoridade ao Povo soberano. Contudo, admito-o, vai dar um "jeitão".

11 de setembro de 2007

9/11 e o mau gosto.

Me "cagando" de alto e repuxo, era assim que se dizia na “guerra” e eu acrescentei à expressão: para borrar bastantes. Me "cagando" de alto e de repuxo, dizia eu, para os 31s e para o Daniel Oliveira e para as outras esquerdas e direitas que culpam e voltam a culpar e a desculpar os assassinos em massa que a humanidade foi produzindo. Uns culpam os outros da culpa dos outros por causa dos ainda outros. E morre gente.
“(..) feito essa gente que anda aí brincando com a vida.
Cuidado companheiro!
A vida é pra valer, não se engane não! Tem uma só!
Duas mesmo que é bom ninguém vai me dizer que tem,
sem provar muito bem provado.
Com certidão passada em cartório do céu e
assinada em baixo:DEUS! E com firma reconhecida!”
Vinicius de Moraes

Tragam mais Kompensan sff.

posted by Statler at 03:26 in Blogue dos Marretas, essa referência incontornável da Blogoesfera escrita em Galego.

9/11 há seis anos

10 de setembro de 2007

Mais um.

Labrego de Santana (os labregos são da serra), futebolista em cima da rocha em Vila do Porto, Professor na Maia, escritor no Mundo. O Daniel de Sá está, agora, no Aspirina B.

Para os azedumes.

Carbonato de di-hidróxido de alumínio e sódio + Dimeticone

Sem Deus nem Anjos.

O discurso de César e a festa da rentrée politica do Ps-Açores foram adiados por causa da chuva. Incrédulo o Povo não arredou pé. Mesmo assim, Cesar adiou a conversa com a gente, não fossem os crentes fugir aos maus bofes do Santo meteorológico. Então se a gente não arredou pé do recinto porquê o recinto arredar o pé da gente?
Cesar, que segundo membros do seu próprio gabinete, também dá pelo nome de Deus, não confia no grau de militância da sua gente. No fundo, Cesar sabe que o Ps-Açores foi feito, ou está a ser refeito, desde 1996. Quando um partido cresce sendo poder, restam sempre dúvidas sobre o interesse ou os interesses das adesões. Quantos , PSDs de sempre, CDS e independentes, militam agora no PS? Gente de convicções fortes, não se duvide. César sabe, no fundo, que o seu PS-Açores é mais feito de “chuchalistas”militantes do que de socialistas simpatizantes.
Daí, decorre o receio de manter a festa e o discurso de Deus, não fosse a gente ter se lembrado de fugir ao desprendimento de bexiga do São Pedro. No entanto, militantes e simpatizantes, socialistas e “chuchalistas”, não arredaram pé. Afinal este povo não está para ouvir Deus mas os Anjos.

9 de setembro de 2007

Boda molhada, boda abençoada.

Hoje, socialistas, “súcias” e “chuchalistas”, juntam-se numa mega festa no Chão da Lagoa, perdão, no Pinhal da Paz. Camionetas, automóveis , carrinhas, tudo serviu para levar gente à mega festa do PS, tal qual se faz na Madeira de Jardim. Só lá faltaram as barraquinhas das secções de Freguesia, como no Chão da Lagoa, mas isso é apenas pelo facto do PS-Açores não ter implantação local e porque, nós Açorianos, não somos bem iguais aos madeirenses.
Cá me importam as relações da Somague com o PSD do tempo do Dr. Durão Barroso.
Vivam os métodos indiciários.
E os sinais exteriores de riqueza?
Niguém se admira do facto do PSD arrancar o novo ano político com uma singela e “baratucha” subida ao Pico e o PS faz a sua rentrée com uma mega festa com um mega orçamento?
Nem São Pedro e o Inverno quiseram faltar ao arraial.

6 de setembro de 2007

Que desilusão.

2007.09.05 071
Anda aí uma discussão, estéril, sobre um texto tontinho do Alexandre Pascoal no qual o autor condena os escribas que pululam pela impressa regional e que o fazem com agenda própria e em beneficio próprio.
Confesso eu escrevo com objectivos pouco nobres. Com a minha agenda e em proveito próprio. Estou, contudo, desiludido. É que me dizem que as gajas boas não andam a ler blogues e revistas sem ser das cor-de-rosa.

Com ouvide pá museca....

... mas si ouvide pá letra.

A falta que isto fazia.

Vila do Porto está, finalmente, nas webcams do Projecto Climaat.

5 de setembro de 2007

1ª etapa conforme o previsto

Eram 5horas desta manhã quando o Hemingway tripulado pelo navegador solitário Genuino Madruga largou ferro no Mindelo, Praia mítica para os Portugueses. Do Arquipélago de Cabo Verde, o veleiro e o seu skipper seguirão para Florianópolis, numa segunda etapa que se espera cumprida da mesma forma que esta primeira.
Pode seguir os passos mais importantes desta viagem de dois anos à volta do Mundo aqui ou detalhadamente em http://www.genuinomadruga.com/diario.html.

4 de setembro de 2007

Dois para um. Ou o estado social?

Úbere
Carlos Tomé iniciou ontem as suas novas funções. Assessor de imprensa do Presidente do Governo Regional dos Açores. Afonso Pimentel é há dias o novo coordenador do GACS. Ou seja são precisos dois para fazer o trabalho que era feito por João Soares Ferreira.

Um país OGM

Ruminando 2007.08.13
Quase um mês depois do episódio VerdeEufémia versus Agricultor desprevenido e GNR incapaz, ainda não ouvi um único debate sério sobre os benefícios e malefícios da produção de organismos geneticamente manipulados. Entretanto continuam-se a mandar atoardas para o ar e a preparar as próximas sementeiras de searas a plantação de carvalhos e outras coisas que tais. De OGM e de outras anormalidades e novidades, sabemos muito pouco. Preferimos continuar a saber quase nada, mas tomamos parido por quase tudo.
Será que este país está condenado a que se faça politiquice com tudo e não se faça politica com nada?
De uma coisa estou seguro, este país/nação precisa, urgentemente, de uma manipulação genética.

2 de setembro de 2007

Da ponte à Foz

Na semana passada subi da Ponte da Ribeira do Salto, divisória da Freguesia de Santa Bárbara com a Freguesia de Santo Espirito, até ao lugar chamado de Nascente. Um salto de água bastante acentuado criando um poço de ribeira no seu leito. Infelizmente o dia não estava para fotografias escapando apenas uma libelinha que aqui coloquei na altura. Ontem, foi a vez de percorrer a mesma Ribeira mas no sentido da foz. Um serpenteado sinuoso e por vezes perigoso mas que permite momentos únicos e de rara beleza. Sucedem-se poços e saltos rodeados de verdejantes toiças de inhames e algumas endémicas como o Junco, o Bracel da Rocha, Faias e Vidálias. Pelo caminho podem-se comer figos bravos e uvas dos vinhedos abandonados. Tudo isso na companhia de um casal de Milhafres que ensinava uma cria serôdia a voar.


2007.09.01 029


2007.09.01 079


2007.09.01 103


2007.09.01 118

1 de setembro de 2007

A mim não calam!

2007.08.28 235
(..)
O País delira com a deriva autoritária do Governo dito democrático, o país confunde determinação com autoritarismo, autoridade e lei com perseguição e delação. Só mesmo num País com fortes problemas para resolver consigo próprio, sem élites e dirigido por uma classe política que se habituou a estar sentada à mesa do orçamento e que é sustentada e aclamada pelas corporações e “Homens bons” que também estão habituados a sentar-se num canto de mesa do dito orçamento, só mesmo num país assim, se pode compreender que os mesmos democratas que vêm a terreiro desvalorizar o voto massivo num ex-ditador como figura mais importante de todos os tempos, são os que defendem a razão do Povo na escolha democrática que faz dos seus políticos. Para esses democratas de pacotilha, o Povo, umas vezes é sábio outras nem por isso.
E vai daí, um atento cidadão, candidato renegado por esses tais democratas da dita pacotilha, mas apoiado por gente de todos os quadrantes políticos, traz a lume criticas e lembranças, recordações e alvitres, sobre os desmandos da nossa tenra e leve democracia. Sobre os medos e os receios da nossa gente, dos trabalhadores, dos funcionários, dos colaboradores. E eis que toda a pinta de político aparece em defesa da desfalecida democracia a dizer que não há razão para medos que não há perseguições que não há que ter receios, como se não soubessem que tudo o que disse e escreveu Manuel Alegre no público do dia 24 de Julho era pura e pragmática verdade.
Basta ir por aí, falar com as mais diversas pessoas da chamada sociedade civil, com empresários, empreiteiros, comerciantes e até funcionários públicos, para perceber que hoje, tal como ontem, mesmo aqueles que acham que as coisas estão a ter uma deriva perigosa se calam e calam-se porque já viram ou já souberam de casos de perseguições de perda de empregos e de perdas patrimoniais graves, porque este Governo do PS nos Açores é vingativo, mesquinho e mal formado e tira da boca de quem o critica para por na boca de quem o bajula.
Extrato de texto do autor in revista FACTOS Agosto 2007

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