17 de abril de 2006

O reflexo da Nação

Grande alarido se fez à volta da falta de quórum da Assembleia da República em vésperas destas mini-férias da Páscoa.
A instituição parlamentar, que me é muito grata, está pelas ruas da amargura. Certamente, não é com atitudes como esta que se vai dignificar a actividade e a instituição mais representativa do nosso Povo.
Obviamente não vou defender os Senhores Deputados da Nação por terem faltado às sessões plenárias que eles próprios agendaram. Mas não será essa atitude um espelho perfeito da nossa nação? Querem melhores representantes do Povo do que esses?
Na verdade, é sempre bom não olvidar que muitas outras pessoas deixaram os seus postos de trabalho desertos nesses dias e não houve brado.
Quantos professores foram de baixa médica para banhos? Quantos médicos e enfermeiros foram, com duas faltas, fazer férias para as montanhas ainda geladas do centro da Europa?
Quantos Funcionários e Bancários e apontadores e raios que os partam não aproveitaram esses dias para um descanso preparatório do grande momento nacional que são as férias do Verão? "Vamos todos pró Algarve".
Hoje saí à rua convicto que em meia hora resolvia méia dúzia de coisas que ficaram pendentes de Quinta-feira. Ficaram porque o Sr. Beltrano e o Sr. Sicrano saíram mais cedo para fim-de-semana. Enganei-me. O Beltrano ainda não chegou (chegará?) e Sicrano telefonou a dizer que estava doente.
É fácil bater nos Senhores Deputados da Nação, difícil mesmo é ser diferente deles.

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