3 de abril de 2006

D'arrejeite pa mê compadre

"O Home más sére dessa fraguesia é mê compadre e o outre logo a segui mê compade é que vá dezê quem ié"
Meu compadre compreenderá que quando falei do SOS lagoas não "fulanisei" a questão, nem falei da totalidade dos membros do tal movimento mas tão só de uma boa parte dos seus principais activistas. Ou meu compadre preferia que eu dissesse oportunistas? Se calhar era mais correcto.
Se é bem verdade que meu compadre sempre foi um defensor dos interesses da nossa Lagoa das Furnas e se também é verdade que meu compadre não está no Governo por causa disso, não é menos verdade que muitos dos que gravitavam à volta do tal movimento nobre não tinham nobres intenções. Naquela altura aparecer na RTP-Açores por um minuto era muito mais importante do que hoje por uma hora. Havia muita gente que dava o dito cujo e mais uma saca de farinha e uma dúzia de ovos para aparecer na tal caixinha que mudou o mundo mesmo que fosse por um minuto. Meu compadre sabe bem que alguns chegaram ao governo por terem andado a fazer fogueiras à volta da lagoa e depois lá, pouco ou nada fizeram pela mesma lagoa.
Por último, quero agradecer a meu compadre a forma generosa como me tratou. Na verdade, meu compadre sabe bem que nunca precisei de arranjar quem falasse por mim, nem muito menos sou pessoa de fazer fretes seja a quem for. É um vício! Tento, por isso, ser o mais justo possível e o mais livre possível, até porque só se pode ser justo na proporção da nossa liberdade.

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