28 de setembro de 2005
Diario de Bordo-Dubrovnik
27 de setembro de 2005
Diário de Bordo-Veneza 3
Felizmente durante a Segunda Grande Guerra Veneza não sofreu qualquer dano de maior, embora tenha sido ocupada pelas tropas de Hitler. Foi libertada em 1945. Hoje é uma cidade de serviços que vive essencialmente do turismo e de uma pequena indústria de vidro. Na verdade, o Murano, cristal veneziano, é actualmente a única indústria instalada na cidade a par do turismo. Cerca de três km de ponte unem Veneza ao extremo Nordeste da Itália, por ai passa a maior parte do comércio das Ilhas, bem como os que aqui trabalham, pois a áreas residenciais são todas no Continente já que os espaços urbanos altamente concentrados são demasiado caros para habitação.
Diário de Bordo-Veneza 2
No século V d.C, aquando das invasões Bárbaras, alguns habitantes do continente, largaram terra firme e refugiaram-se nas Ilhas da lagoa que os iria proteger durante séculos das invasões estrangeiras. Tão de presa as comunidades foram crescendo, as ilhas foram sendo ligadas por pequenas pontes e gradualmente Veneza foi se tornando numa cidade poderosa, próspera e independente.
Os Venezianos concentraram as suas energias no comércio e no século IX estabeleceram relações comerciais proveitosas com os povos muçulmanos vizinhos a quem compravam especiarias, sedas e incenso para vender aos europeus.
Em 1095, Veneza foi um importante porto de partida para as cruzadas. A Cidade aprontou as embarcações, equipamentos e toda a logística de apoio aos cruzados.
Em 1204 a república de Veneza conquistou Constantinopla e converteu-se num portentoso império que controlou o comércio das especiarias e de outros luxos em todo o ocidente. Depois de controlar cidades importantes na Grécia, Chipre e Creta, dominando assim com a sua frota todo o transporte de mercadorias nos mares Mediterrâneo e Adriático durante o século XV, Veneza começou a entrar em decadência por volta de 1508 quando os Turcos tomaram Constantinopla fechando todas as rotas lucrativas do comércio com o leste então dominadas pelos venezianos.
Com o descobrimento do caminho marítimo para a Índia e com o achamento do Mundo Novo, Veneza deixou de ser o jogador principal no comércio europeu.
A república caiu com as invasões napoleónicas em 1797.
26 de setembro de 2005
Diário de Bordo-Veneza 1
Nesta viagem, a minha grande expectativa estava em Veneza. Na verdade, todas as outras escalas já eram minhas habituais, Barcelona, Ville Franche e Nápoles foi a terceira vez, Florença e Pisa foi a segunda. Chegar a Veneza por mar e avistar a mais romântica cidade do mundo assim em todo o seu esplendor foi de perder o pio. Amanhã há mais.
O pior da viagem são as saudades das minhas lindas filhas Marta e Sofia, um beijo grande para as duas.
25 de setembro de 2005
Diario de Bordo-Mediterraneo e Adriatico
24 de setembro de 2005
Diário de Bordo-Nápoles
Nápoles é uma cidade industrial e comercial, quase totalmente dominada por máfias. A máfia napolitano, em certas épocas, tem sido mais temida e sangrenta do que a Camorra Siciliana. O Porto de Nápoles, o segundo maior em tráfego de toda a Itália, apenas ultrapassado pelo de Génova, é uma importante entrada e saída de turistas, bem como um entreposto de distribuição dessa indústria para as Ilhas vizinhas de Capri e Itchia, estâncias turísticas mediterrânicas. De Nápoles saem quase de cinco em cinco minutos Ferries e pequenas embarcações rápidas a hélice um "hydrofoil", em direcção às ilhas contíguas.
Vejo ao fundo o Monte Vesúvio, cuja catastrófica erupção no ano 79 d.C. soterrou com uma camada de cerca de seis metros de cinzas e pedra-pomes toda a cidade de Pompeia.
Pompeia fica a cerca de 40 km de Nápoles, durante aproximadamente de 2 horas podem percorrer-se parte das suas ruínas, num passeio pedestre com cerca de 3 km sobre terrenos irregulares e empedrados.
Nápoles foi inicialmente, século VII a.C. uma cidade de colonizadores gregos chamada paleopolis (cidade das pedras). Mais tarde foi chamada de Neapolis, também do Grego, cidade nova. Durante o Império Romano, foi cidade de veraneio graças ao seu clima ameno (temperado mediterrânico). Com a queda do Império em 476 d.C. o seu domínio foi disputado por quase todos os Povos que por aqui andavam, Godos, Bizantinos, Lombardos, Normandos e Alemães. Durante a idade média, todos exerceram domínio sobre a cidade. Em 1442 Nápoles cai sob domínio espanhol e assim se manteve durante cerca de 250 anos.
Em 1734 Nápoles tornou-se a capital do Reino das Duas Sicilias. No decurso das guerras napoleónicas (1799-1814) a cidade esteve sob domínio do Imperador Francês que colocou aqui o seu irmão José. Em 1815, com a queda de Napoleão, a cidade voltou ao domínio dos Borbon. Só em 1860, passa a fazer parte do reino de Garibaldi.
Durante a segunda Grande Guerra a cidade foi fortemente bombardeada e parcialmente destruída, tendo sido reconstruída e tendo recuperado muito rapidamente a sua influência o que a tornou na Capital da Itália do Sul.
Em 1980 sofreu com um enorme sismo que destruiu grande parte da zona histórica hoje totalmente reconstruída.
Hoje saímos daqui navegando junto á costa oeste da Itália, atravessaremos o estreito de Messina, entre a Sicília o continente (ponta da bota) e subiremos, de novo, ao longo da costa leste com destino a Veneza.
23 de setembro de 2005
Diário de Bordo-Florença
Cidade do renascimento. Depois da "longa noite de trevas" que foi a idade média, a humanidade renasceu para a cultura. Esse renascimento começou em Florença, quando poetas, pintores, escultores e arquitectos criaram entre os séculos XIII e XV uma quantidade infinita de obras de arte.
Depois do Sec. XV, com o assoreamento do Rio Arno, Florença e Pisa perderam grande parte da sua importância estratégica, sendo hoje servidas pelo porto de Livorno a cerca de doze milhas de distância Pisa e a sessenta e duas está Floirença. As duas cidades desenvolveram-se como cidades romanas de comércio militar. Com o declínio do império de Roma, estabeleceu-se um período de desordem quando vários grupos de Bizantinos, Godos e lombardos guerrearam pelo controlo das cidades. Só no século VIII com a instalação do feudalismo se conseguiu alguma organização.
No século XIII o poder foi transferido dos Senhores feudais para uma Burguesia Aristocrática e pequenos comerciantes, isso resultou num período de crescimento económico, com Florença a emergir como um dos mais importantes centros financeiros e comerciais da Europa.
No século XIV, entre 1347 e 1348, com a peste negra, Florença perdeu cerca de metade da sua população, sofrendo um enorme revés.
Em 1422 Giovanni Bicci Medici foi eleito Chefe da Republica de Florença, o poder foi devolvido aos terra-tenentes e a prosperidade continuou. Os Medici governaram Florença por mais três séculos e dedicaram muita da sua fortuna à ciência e às artes.
O reinado dos Medici coincidiu com o principio do período renascentista. Artistas como Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci e Rafael encontraram inspiração em Florença e contribuíram, para as suas obras de arte e arquitectura.
Durante a retirada alemã da Segunda Grande Guerra, todas as pontes de Florença foram destruídas excepto a Ponte Vecchio, uma das mais bonitas obras de arte urbanas da Humanidade.
22 de setembro de 2005
Diário de Bordo-Nice
Ao final do dia demos um salto até Nice onde efectuamos um longo passeio a pé sem faltar o grande ?Promenade des Anglais?.
Diário de Bordo - Ville Franche sur-mer
Saídos de Barcelona rumamos para este cerca de 255 milhas náuticas, cerca de 10 horas de viagem. Nos 43º41 Norte e 7º18 Este. Ville Franche Sur-mer, é uma pequena cidade costeira, situada no coração da Riviera Francesa que se estende de San Tropez a Menton na fronteira Italiana, incluindo as cidades de Cannes, Nice e Monte Carlo. A Riviera, também referida como Côte D'Azur, com as suas praias preciosas e clima ameno e agradável desenvolveu-se para a indústria do turismo. À sua volta, nas colinas, mantêm-se, no entanto, algumas aldeias medievais. 3 milhas para Oeste de Villefranche está Nice e para este, 6 milhas adiante está Monte Carlo.
Apesar de receber uma média anual de 280 navios de cruzeiro e de ser um porto estratégico entre Mónaco e Nice, Ville Franche não tem Cais de Cruzeiros nem gares marítimas megalómanas, tudo aqui é perfeito e na medida das necessidades. Contudo o desemprego é assustador e o custo de vida e da habitação é proibitivo.
Deixamos Ville Franche, pelas 23 horas rumo á cidade berço do renascimento.
21 de setembro de 2005
Diário de Bordo- Barcelona
Vampos deixar Barcelona dentro de sensivelmente meia hora, está um tempo maravilhoso com 24º C e o céu limpo. Mar estanhado. Deixaremos para traz as Ramblas o Bairro Gótico a Catedral de Barcelona, a Praça da Catalunha, a Barçaloneta e todo o salero dos Catalães . Mais adiante, já na Riveira Francesa, espera-nos Ville Franche Sur-Mer.
20 de setembro de 2005
Da Capital do Império
Quem se importa?
19 de setembro de 2005
Teia
Preso na teia do dia a dia estou sem tempo para vir aqui actualizar o blogue. Amanhã vou sair dos Açores em direcção à Capital do Império e depois Mar a dentro, Barcelona, Nice, Florença, Roma, Nápoles, Veneza e Dubrovnik. Prometo ir actualizando o blogue em cada paragem.
18 de setembro de 2005
Sei lá
Porquê? Sei lá, Porra!!
16 de setembro de 2005
Logo pela fresca é dose
Levar com um balde de água gelada, é um gajo levantar-se a essa mesma hora, ir para o aeroporto, arranjar lugar, fazer check-in, entrar para a sala de embarque e depois lhe dizerem que afinal não pode embarcar porque o avião tem peso a mais.
Passou-se esta manhã comigo no aeroporto de Santa Maria. Daqui não pode ser aferida qualquer condenação ao pessoal da SATA. Na verdade fui tratado da melhor maneira possível, desde ontem que estou a tentar ir para São Miguel e desde o pessoal de terra de Santa Maria até ao controlo de reservas foram todos impecáveis. Acontece porém que o avião tinha peso a mais e não podia levar mais passageiros embora existissem lugares vazios.
E pergunta o leitor: Porque razão isso acontece?
E eu respondo: Isso acontece porque em final de férias os nossos emigrantes (aqui chamados de mosca de verão, expressão que acho deliciosa) regressam a casa. Nesse regresso levam as malas que trouxeram carregadas de "candiles", carregadas de chouriços e vinho abafado. O mal está em quem permite que os passageiros de Bóston e Toronto para as Ilhas pequenas viajem com 60 Kg. De bagagem. Para além dos ATPs da Sata-air Açores terem um MTW-Maxime Take-off Weight muito limitado, não têm grande espaço para carga.
Além disso, essa medida, permite que muitos dos que nos visitam tragam as malas carregadas de coisas que podiam bem comprar no nosso mercado e assim ajudarem a nossa paupérrima economia a resistir mais uns anos a essa agonia em que tem vivido nos últimos anos.
15 de setembro de 2005
14 de setembro de 2005
"Boutade" ou não "boutade" eis a questão
Apesar do Sol radioso e dos anticiclones estacionados a sul das Ilhas dos Açores o Governo Regional cancelou a sua visita às Flores e Corvo por razões de ordem meteorológica. Então os Senhores que se dizem a favor da convergência e até anunciaram medidas nesse sentido, têm medo de ir ao grupo Ocidental quando há ameaços de mau tempo?
Cheira-me a tempestade politica.
13 de setembro de 2005
Um Rei de patins.
A esquerda - que na Guarda vai do BE ao PSD, passando pelo PC e pelo PS, tal como aqui nos Açores - digladia-se sobre a localização da massa de bronze. Uns defendem que deve ser colocada em cima outros em baixo outros ao centro.
Joaquim Pissarra Canotilho, candidato do CDS-PP, pragmático, farto de discussões estéreis, irritou-se com a polémica e disse:
"Ponham-lhe umas rodas e façam uma escala, à segunda em cima à terça em baixo e assim sucessivamente". Genial.
Post scriptum: Entretanto a estátua foi colocada na Praça Velha em frente à Sé Catedral da Guarda.
12 de setembro de 2005
"Oposição atarracada"
Eu não vejo mal em que o governo convoque os parceiros sociais para dialogar, mesmo deixando alguns de fora, suponho que numa segunda ronda os sindicatos e outras corporações sejam chamados ao Palácio da Conceição para dizerem de sua justiça, pelo menos quero acreditar nisso.
Contudo, há uma coisa que me preocupa nesse processo. O desrespeito pelas instituições democráticas. Na verdade, ao auscultar os parceiros sociais fora do quadro definido pelas leis imanadas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, o Governo está a ultrapassar as suas competências estatuárias transformando a democracia parlamentar numa espécie de democracia corporativa. Essa atitude representa mais um prego para o caixão da instituição parlamentar que Carlos César está apostado em reduzir a um desfile de vaidades. Já esteve mais longe.
11 de setembro de 2005
Repor benefícios fiscais ao aforro.
Mas há mais. A medida além de ser socialmente injusta, é uma reivindicação da banca de há muito. É mais uma concessão do Governo de José Sócrates às grandes corporações. O aforro que os portugueses remediados fazem, é a forma mais barata dos bancos comprarem dinheiro para venderem à outra parte dos portugueses que só tem casa e carro pago a prestações e a muito custo. Além disso, essa medida tem efeitos muito negativos a médio e longo prazo quer na economia quer nas finanças públicas pois os incentivos ao aforro provocam reduções no consumo e consequentemente na receita fiscal ao nível da Iva e do IRC.
A Ilha dos meus encantos
Pego num livro, sigo página a página, fotografia a fotografia. Reconheço cada canto, cada eira, cada fajã, cada fachada como se esta tivesse sido sempre a minha Ilha e não apenas aquela onde escolhi passar grande parte do meu tempo. Sinto-me um Mariense. Não sei se seria capaz de escrever estas linhas sobre a lha e o concelho onde nasci. Santa Maria diz-me quase tudo o que sei de mim. Reconheço-me em cada esquina da Rua da Lomba, em cada atalho de mar, em cada pedaço de barro moldado por mãos gastas e sofridas das crianças de Almagreira.
Subo a Ribeira de Valverde de pedra em pedra contando as sacas de trigo moído entre as mós de um moinho de água levadas ás costas de uma mula abandonada por um mercador.
Corto os matos entre as faias e as urzes de onde tiro a lenha para aquecer o meu corpo cansado nas noites de Inverno. Corto as traves e as vigas de giesta que me hão-de cobrir da chuva e proteger do vento. Desço as encostas até ao mar onde junto as pedras do chão em busca de um pedaço de terra onde plantar uma videira.
Nos prados naturais do Monteiro largo vacas e cabras e bodes e ovelhas e borregos que me darão a carne e o leite para matar a sede e a fome. Sou lavrador, pescador vinhateiro. Sou carpinteiro e lenhador. Comerciante e artesão. À minha volta uma Ilha, pedaço de terra rodeado de mar. Nele, no Mar me lanço em busca de um mundo novo, com a esperança de regressar um dia.
10 de setembro de 2005
Cume do pico da vara
Para cumprir a tradição fui o primeiro a chegar ao cume do Pico da Vara esta tarde. Não que interesse grande coisa ser o primeiro ou o último achegar mas eu tenho um ritmo próprio de andamento e além disso se não me isolo na frente, nunca mais me calo o que transforma a viagem num cansaço para mim e para os meus interlocutores.
Demoramos cerca de 15 minutos mais do que no ano passado, os pisos estavam muito molhados e escorregadios, todos os cuidados são poucos.
O cume estava coberto pelo nevoeiro, não foi possível ver qualquer panorâmica das possíveis - quer de meia encosta quer do cume do pico mais alto da Ilha de São Miguel. Mas como dizia Miguel de Cervantes " o melhor das viagens são os caminhos, não as estalagens". Assim foi. Um passeio muito bom e com muita gente. Levei dois novatos a Marlene Gaspar e o Rui Sampaio da Silva, portaram-se como verdadeiros pedestrianistas.
A 5 de Outubro há mais.
Inventário do património imóvel dos Açores
Trata-se de uma obra essencial para nos ajudar a perceber o que temos, o que já perdemos e o que podemos ainda recuperar do nosso património imobiliário.
Folheando este livro aleatoriamente e à "vol d?oiseau" deparei-me com imóveis já perdidos irremediavelmente, uns por simples acção do tempo e pela força dos elementos e outros, estes sim casos graves, por mera incúria e ou ignorância dos Homens.
O caso do antigo Ginásio do Aeroporto é gritante. Assisti incrédulo à sua demolição, fotografei quase tudo. É triste constatar como uma obra hoje reconhecida como de qualidade arquitectónica foi destruída por um bando de ignorantes para dar lugar a um barracão e a um campo polivalente cimentado que apesar de estar concluído há mais de dois anos nunca lá vi nem viva nem alma do outro mundo.
Encontrei também fotografias vetustas da Estação Loran, são do tempo em que se falava em turismo de qualidade e em estalagens de charme para a Ilha. Tudo promessas vãs de autarcas e candidatos a deputados em ano de eleições. Perdeu-se definitivamente o tempo de recuperar aquele espaço que agora se encontra tomado pelo silvado, pelas faias e pelos incensos. Viessem a Santa Maria, agora, os mesmos que sobre estes espaços se debruçaram e os classificaram e diriam que somos uma terra de brutos incultos. Teriam toda a razão do seu lado.
Coisas há que, felizmente, ainda não estão perdidas mas cujo estado avançado de degradação vão anunciando morte rápida. É o caso da Casa do Director do Centro de Controlo Oceânico ali à Bela Vista, do Cinema Atlântida, do pouco que resta das casas pré-fabricadas, vulgarmente conhecidas por casas de chapa dos americanos ou até mesmo a Casamata do Pico Alto. É bom que quem de direito leia atentamente esta obra e perceba que o que se está a construir em Santa Maria é muito pior do que aquilo que temos.
Da arquitectura contemporânea resultou-me a casa da Florestal, edifício projectado por um Arquitecto da extinta Direcção Geral dos Serviços Florestais, cujo nome não me recordo e que é um dos vários exemplos de arquitectura da primeira metade do século XX que esta obra encerra. Aliás, se virmos este livro com cuidado, facilmente concluímos que o grande investimento público efectuado nesta ilha decorreu durante o Estado-Novo, durante e logo depois da Segunda Grande Guerra. Esta casa que se destinava e destina ainda à instalação dos serviços administrativos e à residência do Administrador Florestal da Ilha de Santa Maria (hoje chefe de divisão), encontra-se em excelente estado de conservação, graças a pequenas obras de beneficiação que lhe têm sido efectuadas ao longo do tempo com maior incidência nos últimos anos.
Ao contrário do que tem sido costume nos volumes anteriores ? sobre outros conselhos - não aparece neste livro qualquer obra arquitectónica particular do último quartel do século XX ou deste inicio do século XXI. Isso é sintomático da falta de qualidade dos projectos que mais recentemente foram edificados, salvando-se as obras públicas altamente contestadas pela população como a esquadra da PSP e o Edifício da Segurança Social. À data da recolha efectuada (2000) ainda não estavam edificados o Hotel 5 na Cruz Teixeira e o novo Paquete na Praia Formosa, obras que certamente teriam lugar neste livro por representarem o que de melhor se faz em arquitectura moderna nos Açores.
9 de setembro de 2005
Fraude
Aplica-se agora a Sócrates. Na perfeição.
Ou é lei ou não é!
8 de setembro de 2005
Imperdivel...
Será que eles sabem o que querem?
Era bom saber se a "Candidatura do Zé", está a favor do mega projecto das Portas do Mar? Afinal trata-se ou não de Betão? Afinal trata-se ou não de descaracterizar, ainda mais, a nossa Cidade? Ou só o betão da "Dama de folheta" é que vos incomoda? A mim incomoda-me todo ele, principalmente quando não tem efeitos reprodutivos e não representa investimento prioritário.
7 de setembro de 2005
Um Cromo em vários fascículos
Por serem tantas as estórias do Tito, esse cromo, serão contadas em fascículos, serão as minhas Titarias. Primeira já disponivel no Ponta Delgada
Câmara de Angra oferece espectáculo à população
A banda brasileira Forrónapressão dá um concerto na próxima sexta-feira, dia 9, pelas 22h30, no Cerrado do Bailão, em Angra do Heroísmo, numa iniciativa da autarquia da cidade património mundial dos Açores.A banda Forrónapressão foi formada em 2000, e tem vindo a afirmar-se como uma das maiores promessas dentro do forró pé-de-serra.O grupo é constituído por Jimy (voz e violão), Keco (percussão), Juninho Glub (bombo), Mary (flauta transversal) e Nilson (acordeão).
Depois do candidato do PS a Ponta Delgada, José San-Bento ter criticado e bem, Berta Cabral por utilizar o seu mandato camarário para fazer campanha, o camarada daquele, Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, usa os dinheiros dos nossos impostos para, em pré-campanha, oferecer um espectáculo aos Angrenses.
É o "forró" das autárquicas no seu explendor. Tempos ouve em que o dito "forró" era só na Madeira de Alberto João, agora é por todo o lado. Este modelo de gestão autárquica - indutor dos mais diversos tipos de caciquismo - é a maior prova de que a descentralização não faz sentido. Ou melhor, faz algum sentido se se extinguirem os Concelhos e se os mesmos forem substituídos por quatro grandes novas Regiões Autónomas ( vão cair o Carmo e a Trindade), a saber:Algarve e Alentejo; Lisboa e Vale do Tejo; Centro; Douro e Trás-os-Montes.
Urge mudar a lei eleitoral, estabelecendo um período relativamente longo, imediatamente anterior à realização de eleições, em que seja vedada aos autarcas a possibilidade de realização de grandes eventos e a distribuição de materiais de construção e cedência de lotes e habitação social. Como dizia alguém em tempos, "as tintas nas mãos de alguns autarcas é pior que droga na mão dos traficantes".
Portugal não está a precisar de reformas, está à beira de precisar de uma nova Revolução.
O modelo do estado social e paternalista herdado do Estado-Novo e acentuado depois dos anos oitenta do século passado, está totalmente esgotado e perverteu toda a lógica social e financeira do País. Cada vez há mais pobres e menos ricos, cada vez os muitos pobres são mais pobres e os poucos ricos são mais ricos.
Um ano na blogosfera
Bem hajas Vera e continua perseverante a escrever, a escrevinhar ou seja lá o que gostas de fazer. Não tenhas vergonha de ser escritora e de te assumires como tal. Nesta Região de brutos onde o culto pelo boçal e pela" javardice" é cada vez mais uma realidade, chega a ser pecado assumirmo-nos como escritores, pensadores ou outra coisa qualquer que tenha a ver com isso. Coragem.
6 de setembro de 2005
Uma paixão sem chama
Eles dizem ter uma paixão pela educação. Eles dizem que têm relações privilegiadas com o governo da república. Eles queriam um curso de medicina.
Um Estado que reduz o orçamento do ensino superior de uma região periférica em 11%, não quer nem o seu desenvolvimento nem a sua aproximação ao todo nacional
Seguindo os maus exemplos
E se a policia andasse pela cidade sem ser onde há parquímetros. Não era tão bom?
Onde andam os célebres reboques que o novo código da estrada prevê para quem estaciona em cima de passeios e passadeiras? Devem andar a fiscalizar os coletes reflectores que esse povinho provinciano pendura nas costas das cadeiras a fazer companhia à bandeirinha do espírito santo no espelho retrovisor.
De nada serve construir um edifício jurídico se não houver fiscalização e repressão. De nada servem campanhas de sensibilização para um povo que apenas aprende quando sente na pele os efeitos da prevaricação. O Civismo ensina-se mas também se pode e deve impor.
Mau exemplo reincidente
Não! Não é a mesma fotografia publicada aqui no dia 22 de Maio passado. Talvez seja o mesmo camião e é no mesmo local mas foi tirada ontem à tarde, quase quatro meses depois do meu último alerta para uma situação idêntica.
Das três uma:
Ou os alertas dos Blogues não estão a chegar à mesa da Srª Presidenta;
Ou estão e a Sr.ª Presidenta não faz nada com eles;
Ou os nossos alertas chegam, a Presidenta age, mas não age convenientemente.
Isso só vai lá com repressão, muita e dura.
5 de setembro de 2005
Transportes de passageiros...
O barril de crude atingirá até ao final do ano um valor que se aproximará dos 100 USD e não será por causa do Katrina ou da intervenção no Iraque mas porque as industrias e o comerciantes assim o decidiram. Em Junho deste ano em Nova York o crude foi negociado em futuros, para ser entregue em Dezembro, a 95 usd o barril. Ninguém previa, ainda, os efeitos do Katrina.
A culpa e o culpado
4 de setembro de 2005
Exploração de trabalho infantil
Na morte de Fernando Távora
Fernando Távora - 1957
3 de setembro de 2005
Experiências
Pedimos desculpas por estas anómalias, o Blogue segue dentro de momentos.
Seguindo a tradição FACTOS 7
Ou o País tontinho
Eu julguei que era culpa do Santana e do Portas, que era por causa do abandono de Barroso ou pela intransigência de Ferreira Leite. Eu julguei que o ciclo económico tinha entrado em recessão durante o chamado "Pântano Guterrista". Eu julguei mal. Julguei muito mal.
Afinal é o País que está é tontinho. Sim porque só num país tontinho se resolvem os problemas adiando os mesmos, Só num país tontinho se tratam os assuntos sérios com a ligeireza com que se os trata em Portugal. Só num país tontinho pode passar pela cabeça de alguém a possibilidade de Mário Soares voltar a ser candidato a Presidente da República. Muito mal vai o país dos políticos, o país das guerras palacianas dos passos perdidos do Share e dos reality show, das novelas da TVI e dos concursos para gente culta que só demonstram bem o quão inculto é o nosso Povo. Muito mal vai o País do Tino de Rãs, da Lili Caneças e daquele gajo que julga saber cantar fados mas que descende de uma dinastia de canas rachadas. É um Portugal em permanente estação tontinha.
Estamos todos tontinhos. Há dias, numa entrevista a um Jornal de referência, o Chefe do Circo, José Eduardo Moniz, dizia que tínhamos uma televisão melhor do que o País. Eu queria acreditar o contrário .Queria que o meu País fosse bem melhor do que a televisão do Sr. Moniz mas para isso teria que emigrar. Afinal o meu País é o País do prime time da TVI.
Os telejornais que outrora eram feitos das novidades da politica nacional e internacional, transformaram-se em cloacas por onde são lançadas noticias bombásticas com pouco fundo de verdade e com muito de maldade.
O País tontinho, fica atónito com a demissão de um ministro, mas logo se esquece e embarca numa espécie de limbo pré-jurassico com a hipótese de candidatura presidencial de Mário Soares. Temos o fim do terrorismo à vista. O Presidente da República Portuguesa vai dialogar com Bin Laden.
Por cá a coisa não vai melhor. Nestas Ilhas de Nosso Senhor Jesus Cristo, a silly season começa mais cedo. Passado que é o Domingo de Páscoa, entramos nos preparativos para a primeira dominga e com Espírito Santo, toiros, o Senhor Santo Cristo e uma parafernália de artistas populares, até nos esquecemos do défice, dos 2% a mais no IVA, do aumentos das prestações da casa e do carro, do congelamento do salário e lá vamos cantando e rindo a fingir que tudo vai bem. Em ano de eleições a "estação tontinha" enche-se de eventos tontinhos e desnecessários, a cultura serve de desculpa e argumento para erguer um palco em qualquer lugar e contratar uma qualquer vedeta da música pimba para animar meia dúzia de horas e de outras tantas cervejas os tontinhos que vão ser sábios na hora do voto.
De arraial em arraial, de município em município, uns mais falidos outros menos falidos mas todos falidos, não faltarão copos e petiscos, afinal falamos do Povo, deste povo ao qual nos orgulhamos de pertencer e para manter esse povo bem caladinho não há nada como seguir os ensinamentos que nos vêem da antiga Roma. Pão e Circo ou melhor panem et circensis
Boas férias
2 de setembro de 2005
Post do tipo melancómico
Factos 8
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