O Luís Osório e mais uma boa percentagem de Portugueses que pensavam que Manuel Alegre ia partir a loiça toda enganaram-se redondamente acerca das análises de carácter que fizeram deste grande senhor da politica Portuguesa. Não sou Socialista nunca fui e estou cada vez mais longe de poder ser. Mas ha Homens que ainda nos transmitem alguma esperança na Politica Portuguesa.
31 de agosto de 2005
30 de agosto de 2005
Perdi...
... o meu Moleskine, o último dos meus blocos de notas que tinha dado início em Fevereiro deste ano. Tenho esperança que a recompensa oferecida pelo seu achamento seja suficiente para que quem o encontrar entre em contacto comigo. De resto, só posso esperar. E tal como disse Bruce Chatwin "losing my passport was the least of my worries; Losing a notebook was a catastrophe."
Faróis
Sigo os meus faróis. Quer o mar esteja grosso ou alteroso quer esteja calmo ou estanhado. Sigo os meus faróis para que não me perca na neblina das rotas dos outros.
Há vezes em que me perco entre dois ou três dos meus faróis, mas são sempre os meus faróis que indicam o caminho por onde vou mesmo que esse não seja o caminho por onde deva ir.
28 de agosto de 2005
Fim de férias
Estão-se acabando os dias de férias por aqui. Férias essas que foram atribuladas e interrompidas várias vezes. Acho até que não foram férias, foram uns fins-de-semana diferentes e maiores. Santa Maria voltou ao seu normal. O tempo abafado com céu outonal faz lembrar que o verão está a chegar ao fim. Mesmo assim a temperatura e a limpidez das águas desta linda Baia de São Lourenço convidam sempre a um banho ao final da tarde ou início da noite. É o que vou fazer no intervalo do Marítimo/Sporting e quando deixar de sentir a feijoada do almoço no estômago. Amanhã volto ao trabalho.
27 de agosto de 2005
Caro Luís Filipe Silva Melo
Admito que tenhas razão no que concerne ao tamanho do meu Ego, isso não quer dizer que eu seja egocêntrico, são conceitos bem diferentes. Se procuro intervenção pública e poder decisório é porque acredito nas minhas ideias e nas minhas capacidades e naquilo quero para a minha Terra (planeta e não somente Açores). Cada vez acredito mais nela, até porque os modelos de governação dos Açores desde 1975 foram muito parecidos e os resultados estão à vista.É um bom laboratório para o resto do Mundo. Isso pode parecer pretensioso, mas explico. Se eu não acreditar em mim como farei os outros acreditarem? Na verdade, o que se passa com a maioria da classe politica nos Açores em particular e na humanidade em geral é que são "falsos modestos". São de uma "peneirice" e de uma arrogância e hipocrisia tais, que conseguem parecer modestos. São esses os perigosos que, quando perdem eleições, dizem que o povo é ingrato (Carlos César dixit). Eu, todas as vezes que fui a votos directamente, apenas atingi o limiar do 4%. Esse facto, incontornável, não me demove de continuar a dizer que o Povo, este Povo ao qual me orgulho de pertencer, é sábio na hora de votar. Se a esta falta de aceitação popular eu não juntasse um pouco de confiança, certamente já me teria suicidado, coisa que não pretendo fazer pelo menos durante esta encarnação.
Quanto à minha diplomacia, deves ser a primeira pessoa no universo a reparar nisso. Quase todos - incluído eu - dizemos que sou uma "besta". Devo dizer-te que, de facto, já me apeteceu muitas vezes mandar-te à "merda", mas não foi nem por diplomacia nem por esforço de contenção que o não fiz, deve ser porque gosto de ti e da tua frontalidade, muito embora não concorde com muitas das coisas que escreves e pensas nomeadamente em relação às tuas reticências no que concerne ao liberalismo económico.
Quanto à minha diplomacia, deves ser a primeira pessoa no universo a reparar nisso. Quase todos - incluído eu - dizemos que sou uma "besta". Devo dizer-te que, de facto, já me apeteceu muitas vezes mandar-te à "merda", mas não foi nem por diplomacia nem por esforço de contenção que o não fiz, deve ser porque gosto de ti e da tua frontalidade, muito embora não concorde com muitas das coisas que escreves e pensas nomeadamente em relação às tuas reticências no que concerne ao liberalismo económico.
26 de agosto de 2005
Cromo
Alguém teve o desplante de sugerir que na série de cromos de Ponta Delgada que tenho vindo a publicar no blogue com o mesmo nome me auto incluisse . Prometo que o farei. Será uma coisa inédita. Uma autobiografia não autorizada.
25 de agosto de 2005
Um erro sem remédio
O Luís Anselmo lembra-nos o lançamento da obra faraónica das Portas do Mar. Eu sei que já não mudo nada e que a massa anónima está em pulgas para ver concluída aquela obra. Mas os blogs têm essa vantagem. Posso aqui deixar bem escarrapachada a minha opinião e a minha convicção para mais tarde cobrar a quem de direito. Claro que nada poderei cobrar aos anónimos que aqui vieram noutras entradas defender este projecto, mas posso fazê-lo politicamente a quem tomou tal decisão.
Há ainda um pormenor que tem escapado quer aos detractores quer aos defensores deste projecto. Ele vai ser financiado, pela Administração dos Portos da Ilha de São Miguel e Santa Maria SA. Assim, a capacidade financeira dessa instituição ficará comprometida para os próximos vinte a trinta anos, se é que não é para uma eternidade, tudo depende dos custos de manutenção e da despesa corrente que aquela infra-estrutura irá produzir, pois se esses custos forem directamente proporcionais ao que se passou no Teatro Micaelense SA, estamos a transformar uma sociedade anónima com resultados positivos em mais um elefante branco. Enfim só nos resta esperar resignados mas sempre alerta para servir os interesses dos Açorianos.
Há ainda um pormenor que tem escapado quer aos detractores quer aos defensores deste projecto. Ele vai ser financiado, pela Administração dos Portos da Ilha de São Miguel e Santa Maria SA. Assim, a capacidade financeira dessa instituição ficará comprometida para os próximos vinte a trinta anos, se é que não é para uma eternidade, tudo depende dos custos de manutenção e da despesa corrente que aquela infra-estrutura irá produzir, pois se esses custos forem directamente proporcionais ao que se passou no Teatro Micaelense SA, estamos a transformar uma sociedade anónima com resultados positivos em mais um elefante branco. Enfim só nos resta esperar resignados mas sempre alerta para servir os interesses dos Açorianos.
24 de agosto de 2005
Mete-se pelos olhos dentro
Pois é está-se ameter pelos olhos dentro, mas ainda há quem acredite em milagres.
23 de agosto de 2005
Está-se mesmo a ver
Endividamento autárquico triplicou no 1.º semestre
As autarquias estão a aumentar o seu endividamento junto da banca. No primeiro semestre deste ano, a Administração Local registava um saldo de financiamento de 174 milhões de euros, mais do triplo do registado em Junho de 2004, quando atingia os 53 milhões de euros, de acordo com o boletim (?)
Está-se mesmo a ver que isto não tem nada a ver com o facto de estarmos em ano de eleições.
É que se está mesmo a ver.
As autarquias estão a aumentar o seu endividamento junto da banca. No primeiro semestre deste ano, a Administração Local registava um saldo de financiamento de 174 milhões de euros, mais do triplo do registado em Junho de 2004, quando atingia os 53 milhões de euros, de acordo com o boletim (?)
Está-se mesmo a ver que isto não tem nada a ver com o facto de estarmos em ano de eleições.
É que se está mesmo a ver.
20 de agosto de 2005
Eu até acho...
... que o Ministro António Costa também devia ter ido de férias para o Quénia. Reparem. Por duas vezes o Ministro da Administração Interna usou meios aéreos de combate a incêndios para visitar zonas em chamas. Se António Costa tivesse ido de férias para o quénia, esses meios tinham sido utilizados para apagar fogos e não para passear o ministro.
19 de agosto de 2005
Eles sempre foram
Dirigentes serão responsáveis por dívidas se clubes não pagarem
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, garantiu hoje que, caso os clubes de futebol não regularizem a situação fiscal, os seus dirigentes "serão responsáveis pelo pagamento das dívidas".
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, garantiu hoje que, caso os clubes de futebol não regularizem a situação fiscal, os seus dirigentes "serão responsáveis pelo pagamento das dívidas".
Os dirigentes sempre foram responsáveis pelas dividas dos clubes, o Estado é que não agia e ainda não agiu.
Acabei de aprender...
... no canal Odisseia que Angra do Heroismo é a Capital dos Açores. Não é que isso me incomode. Não! Pelo contrário, há estatutos que não reclamo para nenhuma cidade dos Açores e se alguma tem condições para ser Capital, pela sua exclusiva centralidade geográfica esta é Angra de todos dos Heroismos, onde os Homens heróis, largaram os touros ao inimigo e fugiram para terra.
Agora um canal com as responsabilidades do Odisseia dizer tantos disparates como os que acabo de ouvir, não se admite. E eu que tomava como boas tantas das informações que nele colhia sobre paragens que não conhecia. Vou, decididamente mudar de escolhas televisivas.
Agora um canal com as responsabilidades do Odisseia dizer tantos disparates como os que acabo de ouvir, não se admite. E eu que tomava como boas tantas das informações que nele colhia sobre paragens que não conhecia. Vou, decididamente mudar de escolhas televisivas.
Paga Zé.
-Quem é que vai pagar a factura da compra de publicidade ilegal que o Sr. Presidente da Câmara de Vila Franca do Campo fez?
-Nós e os nossos impostos. Foi para isso que subiram as taxas da ex-contribuição autárquica.
-A compra ilegal de publicidade não respeita os mesmos princípios de outra qualquer compra ilegal de bens e serviços?
-Devia. Afinal comprar publicidade ilegal é o mesmo que comprar mercadoria contrafeita e produtos receptados. Afinal comprar um serviço de publicidade ilegal é como ir ao Sowgirls com o dinheiro da câmara. Ou não é?
Este assunto carece de debate, afinal merecemos políticos melhores mas também merecemos cidadãos melhores, mais informados, mais críticos, mais interventivos. OU não?
18 de agosto de 2005
Será que a economia ...
...das nossas Ilhas vai bem? Não me parece já que:
A taxa de desemprego no 2º trimestre foi de (7,2%) errado, são 4,3%; Alerta do Guilherme
O emprego e horas trabalhadas na construção diminuíram;
Produção na construção e obras públicas continuou em quebra;
Inflação homóloga aumentou para 2,2%;
Emprego nos serviços desce em Junho.
A taxa de desemprego no 2º trimestre foi de (7,2%) errado, são 4,3%; Alerta do Guilherme
O emprego e horas trabalhadas na construção diminuíram;
Produção na construção e obras públicas continuou em quebra;
Inflação homóloga aumentou para 2,2%;
Emprego nos serviços desce em Junho.
17 de agosto de 2005
não sei onde li ou ouvi isso mas...
...lá que é verdade é: "A cultura humanística ensina-nos a desprezar o dinheiro que gastamos com ela".
16 de agosto de 2005
O "Espírito da Maré"
Não sei como foi que nasceu a expressão "espírito da maré", acho que ninguém sabe. Acho mesmo que ninguém será capaz de explicar o que é esse "spirit". Uma coisa é certa, todos os que vivem por dentro o festival musical com mais tradições nos Açores vivem este espírito. Há mesmo quem diga que, ou se está por dentro, imbuído do espírito da maré ou então se fica completamente de fora. De facto, não é a mesma coisa ouvir, das estradas das redondezas ou dos pastos adjacentes, os grupos que passam pelo palco do que ouvi-los lá dentro, no chamado "Pasto da Maré".
Há vinte e um anos, um grupo de músicos locais associou-se a outros tantos vindos de São Miguel e montaram um espectáculo improvisado, num pasto convertido em anfiteatro natural na Praia Formosa na soalheira Ilha de Santa Maria. Desde então não mais se deixou de realizar este festival musical.
A sua organização insiste em não nomear cabeças de cartaz, "são todos bons" diz o João Pimentel com o "savoir faire" de quem está preparado para organizar eventos desta natureza.
Ao cronista porém, cabe dar a sua opinião e por isso, este ano, destaco no dia 19 de Agosto, os SKATALITES, grupo Jamaicano auto denominado fundador da música SKA, uma simbiose perfeita de "Boogie-Woogie Blues, o R+B, Jazz, Mento, Calypso e ritmos africanos, o Ska transformou-se na primeira música verdadeiramente Jamaicana".
No dia 20 sobem ao palco da Maré de Agosto 2005, os Kila. Os amantes de música Celta poderão assistir a um concerto destes Irlandeses que em Dublin, no final dos anos oitenta começaram por tocar para plateias reduzidas em alguns bares da Capital Irlandesa. Uma década mais tarde pôde ler-se na Billboard "Tóg é go bog é" is the most impressive example of Irish fusion music yet, for it preserves an essential Irish identity while venturing into strange, new territory - as the emigrating islanders have for years. The Billboard, WeatherBureau, Summer 1999.
Ainda no dia 20 de Agosto, destaque para Manecas Costa, um Guineense de origem e que fez grande parte da sua aprendizagem de forma autodidacta e imigrado em Lisboa desde a última década do século passado ?grava com o apoio da UNICEF "Mundo di Femia", o seu primeiro álbum a solo. Este sucesso lança-o numa nova carreira de produtor e arranjador, bem como de cantor e compositor, produzindo muitos discos de artistas africanos residentes em Portugal. Foi guitarrista de Waldemar Bastos, com quem fez tournées na Europa e Estados Unidos e neste período trabalhou de perto com os músicos cabo verdianos Bana e Paulino Vieira, tendo igualmente gravado com muitos músicos internacionais incluindo o produtor espanhol Jose Romeo (Mestisay) e o grupo franco-maliniano TAMA (Real World)."
Infelizmente não houve grande adesão das bandas locais ao festival. Na verdade não estará em palco qualquer banda Açoriana, não é que isso traga qualquer mal ao mundo mas é sempre bom ver e ouvir o que se está a fazer por cá. A não ser que se esteja a fazer pouco.
Se está disposto a engrossar as fileiras dos amantes da boa música em "Espírito de Maré", então o lugar certo para estar no próximo fim-de-semana é a Ilha de Santa Maria. Toda a informação necessária sobre o festival pode ser obtida através do site oficial do mesmo disponível em http://www.maredeagosto.com/.
Do próprio in: Suplemento SARL do Jornal dos Açores
15 de agosto de 2005
Replay
Eu não sou de lado nenhum. Diz-se que, um dia, Diógenes, quando inquirido de que país era oriundo, afirmou: "Sou um cidadão do mundo".
Porque algúem aqui abaixo quiz concdicionar a minha opinião pelo facto de ter nascido em São Miguel, repito um post de Abril de 2004, escrito aqui em Santa Maria e a respeito de um comentário do Ezequiel Moreira da Silva que achava que eu era mais da Ribeirinha do que do Nordeste.
Cidadão do Mundo?
Para o Ezequiel Mota Moreira da Silva, o meu amigo IEL, a propósito de um comment que ele deixou aqui. Pois é meu Caro Iel Eu sou um Cidadão não sei de onde, talvez do Mundo mas de uma forma bem estranha, senão repara. O meu Pai é da Ribeirinha, fuzeiro dos quatro costados embora um deles venha da Maia, minha mãe de Cabinda com ascendência em Coimbra e no Carapito(beira interior) e foi com 9 anos para a Lisboa Pombalina, ali mesmo junto á Sé e ao Santo António, por baixo do Castelo que nos protegeu dos Mouros.
Nasci em Ponta Delgada, a infância foi no Nordeste, a adolescência dividida entre a Ribeira Grande e Ponta Delgada, a Juventude entre esta ultima e Lisboa. Cresci bastante nas Furnas onde casei com uma cagarra com ascendência de Vila Franca do Campo e onde nasceu a minha primeira Filha. Continuei a crescer e a constituir família em Rabo de Peixe, voltei a Ponta Delgada onde ando a ganhar os primeiros cabelos brancos e passo metade das minhas semanas em Santa Maria (onde me encontro presentemente). Por isso, sou da Ribeirinha, do Nordeste, das Furnas de Rabo de Peixe (eleitor), de Ponta Delgada, de Vila do Porto e de Santa Bárbara (labrego) e sei lá de onde serei mais. Sinto-me bem em Roma, Nápoles ou Madrid, vivia bem em Nova Iorque , Boston ou Londres. No Texas seria Cowboy, no Alentejo Toureiro, em Florença pintor, em Paris escritor em barcelona arquitecto. Em Israel bombista , na Palestina seria terrorista em Bagdad bombeiro.No Marco de Canaveses um perigoso esquerdista em Felgueiras um activista reaccionário. Na Madeira era emigrante na Venezuela onde me oporia ao regime de Chavez. No Brasil moço de banca de gelados, no Hawaii surfista, na Austrália padeiro em Angola garinpeiro Aqui posso ser um pouco disso tudo, um especialista em generalidades e fazendo fé no dito popular, "mestre em todas as artes burro em todas as partes", não faço nada bem feito mas faço um pouco de tudo. E erro. Erro muito porque só não erra quem não faz. Só os relógios parados duas vezes ao dia estão certos.
Enfim sou deste mundo global, da cosmopolitica e da cosmocultura, sem brumas, sem gaivotas e sem rochedos e sem baleias e sem baleeiros, onde as violas da terra são iguais às outras nas suas diferenças.
Sou um Açoriano sem a açorianidade intrínseca mas com sotaque micaelense serrado, sou conservador e sofisticado sou de direita mas não sou temente a Deus, sou por vezes perspicaz por outras demasiado ingénuo, frontal, desbocado e brejeiro, mas reservado, silencioso e delicado. Sou quase sempre responsável mas felizmente muitas irresponsável. Engano-me muitas vezes e quase sempre tenho dúvidas. Afinal ainda estou a crescer. Só tenho uma certeza é que os coices dão-se sempre para cima, para baixo estende-se uma mão amiga. Este valor herdei de meu Pai, da Ribeirinha e como é um dos valores que mais prezo se calhar tens razão. Ou talvez não. Definitivamente não, eu sou um Cidadão do mundo, sem registo e sem cartão de identidade, contumaz, anónimo mas cidadão do Mundo.
14 de agosto de 2005
Globalização
Niger vive uma das situações mais dramáticas dos últimos anos. A fome mata diariamente centenas de crianças e idosos. Essas noticiais ouvidas assim ou em surdina num noticiário de televisão em voz baixa e fora de horas incomodado pela ressonância provocada nos vidros da minha janela pelo concerto pimba mais próximo, lançam-me em cogitações sobre o destino desta humanidade em que uns poucos vivem com quase tudo enquanto outros têm unicamente que sobreviver.
Sem a construção de uma consciência global sobre as questões da fome e da exclusão social, não há programa da ONU que resista, não há dinheiro que chegue nem perdão de divida que garanta o crescimento das economias mais pobres.
Já aqui escrevi e lembro-me de ter dito em público mais do que uma vez que a globalização é um caminho sem retorno, logo há que o acelerar, tudo o que vale a pena ser feito, vale a pena se bem feiro e rapidamente. Contudo, essa globalização não deverá ser apenas na perspectiva do mercado global mas também de uma globalização da democracia, uma democratização das instituições.
Para concretizar tudo isso, urge proceder a uma reorganização dos principais organismos mundiais como a ONU, OMC, FMI, a OIT e o Banco Mundial e tantas outras. Na verdade, em meu entender, urge colocar na agenda global, no âmbito da ONU, toda uma reformulação dessas instituições que permita a criação de um sistema de regulação globalizado. Este é um processo que embora essencial e incontornável, será lento e terá grandes opositores, quer entre os países com menos recursos quer entre os mais ricos, por razões obviamente opostas.
Sem a construção de uma consciência global sobre as questões da fome e da exclusão social, não há programa da ONU que resista, não há dinheiro que chegue nem perdão de divida que garanta o crescimento das economias mais pobres.
Já aqui escrevi e lembro-me de ter dito em público mais do que uma vez que a globalização é um caminho sem retorno, logo há que o acelerar, tudo o que vale a pena ser feito, vale a pena se bem feiro e rapidamente. Contudo, essa globalização não deverá ser apenas na perspectiva do mercado global mas também de uma globalização da democracia, uma democratização das instituições.
Para concretizar tudo isso, urge proceder a uma reorganização dos principais organismos mundiais como a ONU, OMC, FMI, a OIT e o Banco Mundial e tantas outras. Na verdade, em meu entender, urge colocar na agenda global, no âmbito da ONU, toda uma reformulação dessas instituições que permita a criação de um sistema de regulação globalizado. Este é um processo que embora essencial e incontornável, será lento e terá grandes opositores, quer entre os países com menos recursos quer entre os mais ricos, por razões obviamente opostas.
12 de agosto de 2005
Melancómico optimista
Nos últimos 5 dias perdi 2 kg. com o stress. Fico muito obrigado ao meu gerente bancário.
Pérolas a porcos
Vale mais um artigo de opinião de um Ministro do que mil estudos de entidades competentes e independentes.
Ota: Governo tem estudo inglês que defende manutenção da Portela
Ota: Governo tem estudo inglês que defende manutenção da Portela
11 de agosto de 2005
10 de agosto de 2005
O Velho e o Novo Mundos
Os analistas apontam a escalada do preço do barril de petróleo como a principal causa da recessão na velha Europa. Enquanto isso, com os preços do ?ouro negro? igualmente a subir, a maior economia do mundo continua a crescer, como se pode ler no site oficial da Reserva Federal:"National EconomyReal GDP grew at an annual rate of 3.4% in the second quarter of 2005, according to advance estimates from the Bureau of Economic Analysis,". Com estas taxas de crescimento, a reserva federal anunciou uma subida das taxas de juro para conter a inflação. Será aquela diferença entre o intervencionismo do Estado providência e o liberalismo económico?
A crueza dos números...
...diz-nos que, 37 por cento da floresta ardida no sul da Europa é portuguesa . Ora isso não dá que pensar, dá é para chorar.
Vasco Celio/Lusa (arquivo)
Vasco Celio/Lusa (arquivo)
9 de agosto de 2005
Mais pedestrianismo
Na impossibilidade de estar na Ilha do Pico onde os Amigos dos Açores fizeram a escalada à montanha mais alta de Portugal, fiquei-me pela Ilha de Gonçalo Velho onde se estão a dar os primeiros passos no que ao pedestrianismo concerne.Desta feita foi o passeio do Pico Alto que me levou pelas entranhas da Ilha de Gonçalo Velho. Num fim de tarde de Domingo soalheiro, parti em busca de evasão na companhia do meu sobrinho de 14 anos - esta juventude tem que ser introduzida nestas andanças ? Fizemos um pouco de batota, a tarde ia alta e tínhamos que ganhar tempo. Por isso, pedimos a alguém que nos levasse de carro até ao cume do Pico Alto onde tomamos o trilho em direcção à Freguesia de São Pedro com passagem pela "Florestal do Alto".
Pelo trilho adiante fomo-nos deparando com algumas dificuldades, entra as quais destaco a falta de limpeza do mesmo. A encosta do Pico alto, na sua vertente virada a norte encontra-se quase toda tomada por infestantes, nomeadamente incensos e conteiras. Se os primeiros são praticamente inofensivos o mesmo não se poderá dizer da segunda que tomou - a par com algumas silvas maliciosamente disfarçadas pelo meio - quase por completo a trilho, num manto vegetal tão denso que nos custa a avançar. Mesmo assim, ainda dá para ver alguns exemplares de flora endémica das Ilhas.
Na parte mais alta da serra pode observar-se a norte o lugar com esse nome e a sul toda a planície onde está implantado o Aeroporto de Santa Maria, aquele que foi um dos mais importantes aeroportos durante o nascer da aviação comercial e até os aviões se tornarem de tal forma autónomos que foram deixando de necessitar reabastecer nas suas viagens entre o Velho e o Novo Mundos.
Ao fim da descida do trilho, numa zona mais cuidada, encontra-se a Casa de Guarda Florestal, implantada num pequeno planalto construído para o efeito. Esta casa está totalmente abandonada por ter deixado de ser útil. Essas casas de guarda foram instaladas durante o Estado Novo e faziam parte de um plano integrado de prevenção dos fogos florestais. Algo que faz falta ao País neste momento. Vivi os meus primeiros anos de existência numa casa destas no lugar do Poceirão, na Vila do Nordeste na Ilha de São Miguel, felizmente ainda hoje habitada.
É uma pena que este património arquitectónico se esteja a degradar, tanto mais que para construir uma casa com as características desta é necessário despender de largas dezenas de milhar de euros.
Muito há a fazer para preservar os trilhos existentes e marcar outros tantos nesta Ilha. A manutenção dos mesmos, cabe a diversos organismos através de protocolos assinados, julgo que com o Governo Regional. Sugiro que a secretaria da tutela fiscalize melhor a forma como são gastas as verbas com esta operação, já que, nos dois trilhos que percorri este verão, encontrei falhas de sinalização e zonas onde as silvas tomaram o trilho.
Pelo trilho adiante fomo-nos deparando com algumas dificuldades, entra as quais destaco a falta de limpeza do mesmo. A encosta do Pico alto, na sua vertente virada a norte encontra-se quase toda tomada por infestantes, nomeadamente incensos e conteiras. Se os primeiros são praticamente inofensivos o mesmo não se poderá dizer da segunda que tomou - a par com algumas silvas maliciosamente disfarçadas pelo meio - quase por completo a trilho, num manto vegetal tão denso que nos custa a avançar. Mesmo assim, ainda dá para ver alguns exemplares de flora endémica das Ilhas.
Na parte mais alta da serra pode observar-se a norte o lugar com esse nome e a sul toda a planície onde está implantado o Aeroporto de Santa Maria, aquele que foi um dos mais importantes aeroportos durante o nascer da aviação comercial e até os aviões se tornarem de tal forma autónomos que foram deixando de necessitar reabastecer nas suas viagens entre o Velho e o Novo Mundos.
Ao fim da descida do trilho, numa zona mais cuidada, encontra-se a Casa de Guarda Florestal, implantada num pequeno planalto construído para o efeito. Esta casa está totalmente abandonada por ter deixado de ser útil. Essas casas de guarda foram instaladas durante o Estado Novo e faziam parte de um plano integrado de prevenção dos fogos florestais. Algo que faz falta ao País neste momento. Vivi os meus primeiros anos de existência numa casa destas no lugar do Poceirão, na Vila do Nordeste na Ilha de São Miguel, felizmente ainda hoje habitada.
É uma pena que este património arquitectónico se esteja a degradar, tanto mais que para construir uma casa com as características desta é necessário despender de largas dezenas de milhar de euros.
Muito há a fazer para preservar os trilhos existentes e marcar outros tantos nesta Ilha. A manutenção dos mesmos, cabe a diversos organismos através de protocolos assinados, julgo que com o Governo Regional. Sugiro que a secretaria da tutela fiscalize melhor a forma como são gastas as verbas com esta operação, já que, nos dois trilhos que percorri este verão, encontrei falhas de sinalização e zonas onde as silvas tomaram o trilho.
8 de agosto de 2005
6 de agosto de 2005
Mais do que saber, pensar.
O Artigo de José Guilherme Reis Leite (RL) no Expresso das Nove (EN)sobre o que está encerrado no livro do "Choque de Gerações" (CDG)suscitou-me algumas reflexões que tentarei sintetizar.
Alguns amigos com quem falei sobre o assunto, não acharam importante a publicação daquele texto. Alguém chegou mesmo a dizer que RL nem leu o livro, limitou-se a folhear e como não tinha assunto para a sua crónica semanal vai dai e saca de meia dúzia de considerações sobre o livro, os seus autores e o programa que lhe deu origem. Eu não sou dessa opinião.
Admito, também o faço, que a obrigatoriedade de escrever nos leva muitas vezes a ir buscar inspiração e assunto em coisas que não lemos com profundidade nem com grande interesse. Contudo, alguma motivação, para além daquilo que nos pagam as revistas e os jornais, tem que existir. Essa motivação vem de algo que encontramos, algo que nos incomoda, escrevo incomoda nos diversos sentidos que a palavra possa ter.
Parece-me ter sido isso que se passou com RL e com o livro do CDG "O programa que, mais do que sobre o saber, é sobre o pensar", incomodou-o. A primeira coisa que o incomodou foi "uma citação entre aspas e um conjunto de nomes por ordem alfabética". De facto, ter a ousadia de pensar nos Açores, é isso mesmo, uma ousadia, leva-se logo com o rótulo de presunçoso, vaidoso e outros epítetos com que os Açorianos se dão mal. Pelo contrário dão-se bem com outros como a modéstia, mesmo que falsa, a esperteza, mesmo que saloia, as brandas palavras, mesmo que hipócritas. Desbragado e desassombrado direi que vivemos uma sociedade medrosa, cobarde e hipócrita e que nós essa geração que ousou pensar e assumir que pensa, tem a virtude de, entre alguns deles, ter gente com "cojones" para pensar alto e dizer o que pensa em vez de pensar baixinho, demasiadamente baixinho e demoradamente, naquilo que vai dizer.
Não me parece presunçoso dizer que o CDG foi "O programa que, mais do que sobre o saber, é sobre o pensar", muito mais presunçoso é ter-se o desplante de dizer que se sabe tudo e não se precisa pensar. Terei o discernimento de morrer cuidando que sou ignorante? Terei a ousadia de viver pensado e tentando saber cada vez mais, vivendo cada dia como um ponto de partida e não como um patamar um ponto de chegada?
Não quero que passem por cima da minha geração como tentaram passar sobre outras que nos antecederam e sem entrar na discussão dos conceitos e da açorianidade, não posso deixar de lembra que se hoje podemos pensar alto e se hoje podemos dizer o que pensamos isso deve-se a uma outra geração á qual RL pertence, que lutou pela conquista da liberdade, se somos como diz ao autor a geração da globalização, eles são a geração da liberdade. Mais do que de um "generation gap" necessitamos é de falar mais uns como os outros, discutir mais as nossas ideias pensar mais o mundo, a humanidade e menos os Açores.
Alguns amigos com quem falei sobre o assunto, não acharam importante a publicação daquele texto. Alguém chegou mesmo a dizer que RL nem leu o livro, limitou-se a folhear e como não tinha assunto para a sua crónica semanal vai dai e saca de meia dúzia de considerações sobre o livro, os seus autores e o programa que lhe deu origem. Eu não sou dessa opinião.
Admito, também o faço, que a obrigatoriedade de escrever nos leva muitas vezes a ir buscar inspiração e assunto em coisas que não lemos com profundidade nem com grande interesse. Contudo, alguma motivação, para além daquilo que nos pagam as revistas e os jornais, tem que existir. Essa motivação vem de algo que encontramos, algo que nos incomoda, escrevo incomoda nos diversos sentidos que a palavra possa ter.
Parece-me ter sido isso que se passou com RL e com o livro do CDG "O programa que, mais do que sobre o saber, é sobre o pensar", incomodou-o. A primeira coisa que o incomodou foi "uma citação entre aspas e um conjunto de nomes por ordem alfabética". De facto, ter a ousadia de pensar nos Açores, é isso mesmo, uma ousadia, leva-se logo com o rótulo de presunçoso, vaidoso e outros epítetos com que os Açorianos se dão mal. Pelo contrário dão-se bem com outros como a modéstia, mesmo que falsa, a esperteza, mesmo que saloia, as brandas palavras, mesmo que hipócritas. Desbragado e desassombrado direi que vivemos uma sociedade medrosa, cobarde e hipócrita e que nós essa geração que ousou pensar e assumir que pensa, tem a virtude de, entre alguns deles, ter gente com "cojones" para pensar alto e dizer o que pensa em vez de pensar baixinho, demasiadamente baixinho e demoradamente, naquilo que vai dizer.
Não me parece presunçoso dizer que o CDG foi "O programa que, mais do que sobre o saber, é sobre o pensar", muito mais presunçoso é ter-se o desplante de dizer que se sabe tudo e não se precisa pensar. Terei o discernimento de morrer cuidando que sou ignorante? Terei a ousadia de viver pensado e tentando saber cada vez mais, vivendo cada dia como um ponto de partida e não como um patamar um ponto de chegada?
Não quero que passem por cima da minha geração como tentaram passar sobre outras que nos antecederam e sem entrar na discussão dos conceitos e da açorianidade, não posso deixar de lembra que se hoje podemos pensar alto e se hoje podemos dizer o que pensamos isso deve-se a uma outra geração á qual RL pertence, que lutou pela conquista da liberdade, se somos como diz ao autor a geração da globalização, eles são a geração da liberdade. Mais do que de um "generation gap" necessitamos é de falar mais uns como os outros, discutir mais as nossas ideias pensar mais o mundo, a humanidade e menos os Açores.
5 de agosto de 2005
Factos 6
Como sempre, depois de sair o novo número da Factos aqui fica a crónica da última revista, para quem a não leu em formato de papel.
A entronização de César?
Ou depois de mim o caos?
Carlos César havia prometido que apenas faria dois mandatos como Presidente do Governo Regional dos Açores. Ainda não estava o segundo mandato a meio e César anunciou a sua recandidatura em 2004. Os resultados eleitorais das regionais daquele ano e a enorme vitória nas Legislativas antecipadas do passado mês de Fevereiro foram a conformação da "entronização" do líder dos Socialistas Açorianos. Escrevi líder sem qualquer pejo e convicto de que é isso mesmo que César representa para os Socialistas e até para algumas franjas da sociedade Açoriana que encontra no actual Presidente do Governo o liberal que Mota Amaral não soube ou não quis ser. Ser-se líder de uma força politica ou de um movimento é bem diferente de ser-se presidente ou secretário-geral.
A liderança de Carlos César é inquestionável, intocável mesmo, até que ele decida. Talvez por isso, tenha o próprio admitido, recentemente, ser candidato em 2008. Esta seria uma aspiração mais do que legitima se César já não tivesse dito, por mais do que uma vez, que não o faria.
Estamos perante uma situação similar ao que se tem passado na Madeira em que Alberto João Jardim, sucessivamente, anuncia e adia a sua retirada da vida politica Regional.
A entronização de César?
Ou depois de mim o caos?
Carlos César havia prometido que apenas faria dois mandatos como Presidente do Governo Regional dos Açores. Ainda não estava o segundo mandato a meio e César anunciou a sua recandidatura em 2004. Os resultados eleitorais das regionais daquele ano e a enorme vitória nas Legislativas antecipadas do passado mês de Fevereiro foram a conformação da "entronização" do líder dos Socialistas Açorianos. Escrevi líder sem qualquer pejo e convicto de que é isso mesmo que César representa para os Socialistas e até para algumas franjas da sociedade Açoriana que encontra no actual Presidente do Governo o liberal que Mota Amaral não soube ou não quis ser. Ser-se líder de uma força politica ou de um movimento é bem diferente de ser-se presidente ou secretário-geral.
A liderança de Carlos César é inquestionável, intocável mesmo, até que ele decida. Talvez por isso, tenha o próprio admitido, recentemente, ser candidato em 2008. Esta seria uma aspiração mais do que legitima se César já não tivesse dito, por mais do que uma vez, que não o faria.
Estamos perante uma situação similar ao que se tem passado na Madeira em que Alberto João Jardim, sucessivamente, anuncia e adia a sua retirada da vida politica Regional.
É claro que na Região Açores, Alberto João Jardim não tinha lugar na cena politica, alguns de nós podem gostar daquele desbragamento e daquela boçalidade mas a maioria de nós não o suportaria mais do que dez minutos, ou mais do que meia dúzia de cervejas e já o teria mandado para aquele sítio que dá mau nome às mãezinhas de cada um.
Também não perdoaríamos a qualquer Fátima Felgueiras que se nos apresentasse com tal desplante como essa "tipa" tem feito junto do seu eleitorado e com a cobertura dos órgãos de comunicação social que tem tido.
Certamente, já teríamos expulso um qualquer Avelino Ferreira Torres que nos insultasse a inteligência como faz aquele autarca do Marco de Canaveses todas as vezes que lhe põem um microfone na frente da enfezada fronha.
Mas a democracia tem dessas aberrações que temos que respeitar tal como respeitamos os mais bem formados dos políticos, afinal são todos eleitos por sufrágio universal e por escrutínio secreto.
Não sou, por isso, daqueles que defendem a limitação do número de mandatos dos políticos eleitos, pelo contrário, ou bem que confiamos na democracia e no saber do nosso Povo ou bem que o desacreditamos e limitamos a sua escolha por decreto.
Quero acreditar que o Povo é sábio e que os políticos por nós eleitos saberão respeitar essa nossa sabedoria e se na época do mensageiro de bicicleta havia o perigo da informação demorar a chegar a toda a gente e ao chegar ser deturpada. Hoje, com as chamadas auto-estradas da informação, só é despoticamente governado quem quer.
Estranhei, no entanto, o empenho de alguns avençados do Partido Socialista em condenarem a intenção do Governo da República, da sua mesma cor partidária, de limitar os mandatos dos políticos. Foi a única vez que assisti a uma atitude critica dos socialistas Açorianos às medidas propostas pelo Governo mais do que absolutamente eleito de José Sócrates. Essa atitude indicia os receios do Partido Socialista dos Açores sobre o que se passará na era pós César.
Resta adivinhar o que vai na cabeça do Presidente do Governo Regional dos Açores. Acreditará César que só ele é capaz de levar o projecto do PS para os Açores a bom porto? Ou, por outro lado, terá receio que depois da sua saída e tendo em conta o estado em que se encontra o PSD, Vasco Cordeiro ou Ricardo Rodrigues ou até mesmo José Contente sejam capazes de ganhar eleições? Terá César medo que, com a sua saída, o PS perca o poder ou pelo contrário terá receio que o PS se aguente? Quererá César garantir que o PS continua no poder depois da sua saída ? Ou, pelo contrário, o seu egocentrismo irá tão longe que apenas deixará o poder quando tiver a certeza que depois dele virá o caos?
Hoje descobri...
Que um destes pontos, na cidade de Albany, Estado de Nova York, é da minha querida prima Marta. Bem hajas, estejas onde estiveres.
4 de agosto de 2005
Eu acho que sim
Sem sombra de dúvidas eu acho que sim. O Governo tem toda a razão em aumentar a idade de reforma na função pública para os 65 anos. Afinal aquilo é um asilo.
3 de agosto de 2005
Factos 7
Desde há um bocado já está nas bancas a edição nº 7 da revista factos.
Expressões como contenção da despesa pública e combate aos privilégios dos detentores de cargos políticos passaram a estar definitivamente na ordem do dia. Só que os gastos com os gabinetes dos Ministros da República escaparam ao apertado crivo da contenção orçamental. A FACTOS fez as contas e apurou que um milhão de euros é quanto vai custar este ano a existência do cargo de Ministro da República para os Açores, apesar deste possuir escassas competências.
Expressões como contenção da despesa pública e combate aos privilégios dos detentores de cargos políticos passaram a estar definitivamente na ordem do dia. Só que os gastos com os gabinetes dos Ministros da República escaparam ao apertado crivo da contenção orçamental. A FACTOS fez as contas e apurou que um milhão de euros é quanto vai custar este ano a existência do cargo de Ministro da República para os Açores, apesar deste possuir escassas competências.
Um strike é sempre um bom aviso
Um strike no link de um blogue no :Ilhas é mais do que isso, é como aquela chicotada na hora certa na garupa do cavalo mandrião. Só para dar um bocadinho de trabalho ao amigo Arruda e fazê-lo tirar o strike de cima do Ponta Delgada, eis uma entrada sobre mais um cromo da Cidade desta feito uma figura ainda no reino dos vivos mas já com estatuto de cromo.
No centro dos Açores
Agosto está aí e com ele centenas de forasteiros acorrem à pacata Ilha de Santa Maria. Os filhos da terra emigrados no estrangeiro ou simplesmente a viver noutra Ilha dos Açores ou no Continente Português, escolhem este mês para as suas férias na Ilha.
Santa Maria tem, concentradas no mês de Agosto, as suas maiores manifestações culturais, religiosas e desportivas.
O Rali de Santa Maria, este ano com um número recorde de inscritos, conta para o regional de ralis e vai para a estrada a 13 deste mês, é uma das provas mais marcantes do automobilismo regional. Numa organização do vetusto Clube Asas do Atlântico, instituição de reconhecida e merecida utilidade pública, o rali é um dos mais importantes acontecimentos que a Ilha promove no âmbito desportivo e certamente o que mais influencia terá na parca economia desta Ilha de Gonçalo Velho.
Em honra de Nossa senhora da Assunção, celebra-se a 15 de Agosto a maior manifestação religiosa na, depois do Santo Cristo que também aqui se comemora e apesar do feriado municipal ser festejado no dia de São João, as festas de Nossa Senhora de Agosto, como também são conhecidas dos mais idosos, trazem à Ilha muitos emigrantes e forasteiros.
De 19 a 21 de Agosto sobem ao palco da praia Formosa os agrupamentos musicais que integram o Festival Maré de Agosto 2005.
Santa Maria tem, concentradas no mês de Agosto, as suas maiores manifestações culturais, religiosas e desportivas.
O Rali de Santa Maria, este ano com um número recorde de inscritos, conta para o regional de ralis e vai para a estrada a 13 deste mês, é uma das provas mais marcantes do automobilismo regional. Numa organização do vetusto Clube Asas do Atlântico, instituição de reconhecida e merecida utilidade pública, o rali é um dos mais importantes acontecimentos que a Ilha promove no âmbito desportivo e certamente o que mais influencia terá na parca economia desta Ilha de Gonçalo Velho.
Em honra de Nossa senhora da Assunção, celebra-se a 15 de Agosto a maior manifestação religiosa na, depois do Santo Cristo que também aqui se comemora e apesar do feriado municipal ser festejado no dia de São João, as festas de Nossa Senhora de Agosto, como também são conhecidas dos mais idosos, trazem à Ilha muitos emigrantes e forasteiros.
De 19 a 21 de Agosto sobem ao palco da praia Formosa os agrupamentos musicais que integram o Festival Maré de Agosto 2005.
Numa organização da Associação Cultural com o mesmo nome, este festival musical leva vinte anos de existência e passam, este ano, 21 sobre a primeira vez em que alguns músicos ali acampados se juntaram numa espécie de "Café Concerto" que deu origem ao maior festival musical dos Açores.
Mesmo com as praias sem areia e com algumas obras escusadas a incomodar, Santa Maria, o ponto mais oriental dos Açores, estará este mês, no epicentro do que se vai passar nestas Ilhas onde os milhafres enganaram os seus descobridores que as chamaram de Açores.
2 de agosto de 2005
Em pleno Verão? Não havia "nexexidade".
Este é o estado em que se encontra a estrada e o parque de estacionamento junto à principal zona balnear e de restauração (restauração aqui é obviamente um eufemismo) da Baia de São Lourenço. Estas obras duram há mais de ano, supostamente eram para estar concluídas em Agosto do ano passado. A cargo da SRHE tutelada pelo incansável politiqueiro de serviço Mestre "Happy Jo" cuja delegação na Ilha de Santa Maria esteve vaga de chefe até à nomeação de um "Boy for the Job", esta obra está a transformar uma das mais pacatas e belas estâncias de veraneio dos Açores num verdadeiro inferno. É caso para dizer que a incompetência por aqui é muita e que "não vá o sapateiro alem do chinelo".
Um ano de dúvidas
O Blogue do Luís Aguiar-Conraria e do Cristóvão de Aguiar completa hoje o seu primeiro aniversário.
O Luís, ontem, deixou-nos uma excelente entrada sobre a Ota e o TGV onde tudo deve ser lido com o maior cuidado incluindo os post srciptum.
Para eles os meus parabéns e votos de que fiquem por aqui muitos e bons anos.
O Luís, ontem, deixou-nos uma excelente entrada sobre a Ota e o TGV onde tudo deve ser lido com o maior cuidado incluindo os post srciptum.
Para eles os meus parabéns e votos de que fiquem por aqui muitos e bons anos.
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