Em 200 palavras
Sobra aqui…
As greves e contestações laborais a que
o país tem assistido nos últimos meses são bem o reflexo do estado das nossas
finanças públicas e do descontrolo com que governa o PS em conluio com o PCP e
o BE. Aos professores, enfermeiros, estivadores, condutores da Carris,
guarda-freios da CP e demais classes, foi prometida a devolução dos rendimentos
que haviam sido cortados durante os anos de intervenção internacional.
É sempre bom lembrar, para memória
imediata e futura, que esses cortes nas carreiras e nos rendimentos só
existiram por causa do descalabro financeiro com que o PS de José Sócrates e
António Costa deixou o País.
Alargar os cordões à bolsa, devolvendo
rendimentos, vai obrigar a cortar nos serviços ou a aumentar a carga fiscal.
Como o aumento de impostos é coisa muito impopular em ano de eleições então
reluz-se nos serviços, na sua qualidade e quantidade, aí a malta vai se ajustando
devagarinho e não reclama tanto. Contas feitas, não se pode devolver
rendimentos sem garantir receita ou cortar noutros custos, é que, no estado
como nas mercearias, a conta de deve e haver é como uma manta que fica curta na
nossa cama, se sobra aqui falta acolá.
In Jornal Açoriano Oriental edição de 20 de Fevereiro de 2019
1 comentário:
Caro Barata.
É bom rever a facilidade com que se atiram ideias sem qualquer relação com a realidade.
Os orçamentos do estado pouco têm a ver com os orçamentos familiares, desde logo porque os instrumentos que têm uns e outros são diferentes...
Em primeiro lugar a razão do endividamento não teve essencialmente a ver com divida publica mas sim com divida privada assumida erradamente pelo governo não só feita pelos bancos mas também acrescida da que foi feita pelo governo a mando da comunidade Europeia...
Por outro lado não há dinheiro para aumentar os trabalhadores e continua a haver dinheiro para subsidiar os bancos e toda a sorte de interesses.
Depois há uma razão fundamental é que um orçamento é uma previsão de despesas em função de receitas previsíveis e estes dados são uma construção contabilistica variável de acordo com as escolhas, acrescentando também que maiores ordenados promovem mais economia, pois eles vão quase em exclusivo para o consumo interno.
Depois não vemos só os partidos que apoiam o governo a promoverem as greves e reivindicações dos enfermeiros, etc, etc.
Muito havia a dizer mas em geral o post não atinge o alvo e limita-se a ser um conjunto de frases feitas.
Enviar um comentário