Em 200 palavras
Primus inter...
A eleição dos nossos representantes no órgão máximo da democracia, o
Parlamento, trás implícita uma escolha eleitoral secreta e universal que
pressupõe a opção pelos melhores entre os iguais. É essa a grande virtude da
Democracia representativa. Acontece porém que temos escolhido uma espécie de
corga que em lugar de nos governar se vai governando. Diz o Povo, do alto da
sua omnisciência que “quem rouba ao Estado empresta a Deus”. Na verdade, quando
um eleito ou um escolhido entre os eleitos rouba ao Estado, além de ladrão,
trai ainda a confiança da maioria de um Povo.
O Partido Socialista, ferido de morte pelos casos recentes e tentando sair
limpinho da borrada em que Sócrates & Vara em comandita o meteram, pela voz
do lacaio Lacão, veio apresentar um conjunto de medidas que visam melhorar a
saúde da vida parlamentar e prevê a criação de um comité (palavra muito
cara às esquerda) de ética criado a partir de uma comissão permanente que se dedicará,
em exclusivo, aos comportamentos e às regras do Código de Conduta seguidas
pelos parlamentares.
O PS pretende assim criar
uma espécie de fiscal dos fiscais, fazendo da raposa a guarda da capoeira.
In Açoriano Oriental, edição de 12 de Fevereiro de 2019
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