Hoje, 4 de
Julho, comemora-se a passagem de mais um aniversário da constituição dos
Estados Unidos da América. Daqui a 10 dias estaremos a comemorar o feriado
nacional francês, a tomada da bastilha a 14 de julho de 1789, dez anos depois
da Revolução Gloriosa que originou capitulação de Jaime II de Inglaterra e do
fim da dinastia Stuart com o culminar da chamada Bill of Rights, ao fim do
absolutismo em terras de Sua Majestade e ao início de uma prática política e um
regime de subjugação do monarca às leis imanadas do parlamento que que havia
começado com Cromwel em 1649 e que se consagrou depois de 1689 e permaneceu com
notório sucesso até aos nossos dias.
Estes três
marcos, também conhecidos como revoluções atlânticas, foram o rastilho e a
semente para incremento das democracias parlamentares que hoje conhecemos no
ocidente. Embora na Europa se aponte muitas vezes a Revolução Francesa como
revolução fundadora do liberalismo e da democracia ou das democracias liberais
se assim se entender chamar, facto é que esta foi a última das três revoluções
e o seu "jacobinismo" e o seu carácter radical inspiraram
revoluções antidemocráticas como foram os casos conhecidos na
Ibero-América e até o caso português da chamada Primeira República.
Celebremos, por isso este 4 de
julho, como símbolo da liberdade, do liberalismo e da democracia e saudemos
Guilherme D’Orange e os seus seguidores por terem materializado em governos e
sistemas políticos nacionais e internacionais aquilo que os filósofos políticos
do seu tempo se deram ao trabalho de pensar e transmitir, com especial relevo e
destaque para os contratualistas, Thomas
Hobbes (1588-1679),John Locke (1632-1704), Montesquieu (1689-1755),
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
Se somos herdeiros dessas
revoluções atlânticas? Claro que somos, ainda não fomos foi capazes de transportarmos para
a nossa ordem política, para a nossa ordem social essa carga
genética.
4 comentários:
Caro Nuno
um excelente e muito bem escrito post.
abr
z
z=ezequiel
vou escrever uma coisita sobre este teu excelente post.
abraço
ezequiel
Thanks, apesar das gralhas e das palavras repetidas.
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