3 de fevereiro de 2011

Reforma do Estado Social.


Quando o cidadão comum, classe média melhor informada e vítima dos cortes dos últimos PEC e dos sucessivos assaltos à sua qualidade e nível de vida nos últimos anos, fala de reforma do Estado Social por via da sua insustentabilidade, fala de RSI e Habitação Social. É aí que a gente quer cortar, é aí que a gente pensa que está a pagar e a dar casa a quem não quer trabalhar. É aí que a gente julga que está o problema.
Porém, o problema não está precisamente aí. Não, não está, custa-me, ouvir quem tem a barriga cheia e o emprego garantido falar de quem aufere pouco mais do que 200€ por cada filho menor e em idade escolar, para manter as suas barrigas remediadas. Haverá abusos, pois claro que há. Onde não os há? Neste regime de plutocratas, instalado desde a primeira república?
O problema da sustentabilidade do chamado Estado Social (welfare state) não está nos recursos necessários para garantir o mínimo de dignidade e assistência a quem não tem condições e igualdade de oportunidades para assegurar essas condições a si próprio. A questão central está no custo social de muitas outras coisas das quais, quem tem o mínimo e às vezes até um pouco mais do que o mínimo, não está disposto a abdicar para que outros que, nem o mínimo tem, possam tê-lo.

27 comentários:

Anónimo disse...

A pequena burguesia e a classe média baixa, tem esse hábito. Atacam os pobres, para se demarcarem: afinal, ainda há uns anos atrás, os seus antecessores eram pobres e andavam de jirico.
Essas classes sociais também tendem a ser xenófobas e a tomarem frequentemente atitudes racistas, no sentido de se evidenciarem do que consideram ser os estratos mais baixos.
Paradoxalmente, temos partidos de direita, que, de forma truculenta e leviana, assumem estes conceitos e os transformam no seu mote.

Ninguém os conhece?

Anónimo disse...

em tempo de guerra não se limpam armas.

K2ou3 disse...

Clap, Clap Nuno.
Pagam os mais pobres, para a manutenção de um "determinado" estado. Creio que isto vai ter desenvolvimentos, nomeadamente o reforço da fiscalização, a que custos?.

P.S.(salvo seja). Quando te referes a Plutocracia, é a tomada de decisões ao modo e mentalidade de Pluto, a personagem de Walt Disney?.

A questão interessa.

Anónimo disse...

"A plutocracia (do grego ploutos: riqueza; kratos: poder) é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade."
A Wikipédia vale o que vale mas é o que há por agora sobre o termo usado pelo Doutor Barata.

K2ou3 disse...

ISTO É PARA CHEGAR A CEM.
Quantos "benificios Sociais é que ganha cada""Técnico????"", que os analisa.
Há mais Técnicos Superiores do que assistidos.
Resumindo: Mais Chefes que Indios.
E quem vier contestar, fale comigo, que eu mostro.
Espero é "Transparencia" dos serviços que têm "pata a por".

Anónimo disse...

A quantidade de SAs, Institutos e direcções de Serviços e Divisões na R.A. que só têem chefias e nada de técnicos é assustador...
Quantos poderíam ser extintos ou agregados!!!!!
Mas com esta monarquia da família César, a mama e o medo estão instalados.
Vamos esperar que esta sede de Democracia que varre a bacia mediterrânica, também chegue às ilhas de Portugal.

Anónimo disse...

Concordo, linha por linha.
No fundo, a grande parte do problema está em saber aonde se deve poupar, o que também foi salientado.

Quem vai ser o coveiro deste estado social, desenhado pelos nossos socialistas de cá e de lá?ironia!Exacatemnte os mentores deste estado social.

Ainda deve haver algum maquiavélico de meia tijela que deseje que o PSD assuma o poder bem depressa, para depois o culpar da situação a que chegou Portugal e os Açores!

Anónimo disse...

Isto aqui não é o ingipto!
No ingipto mais de metade da população são jovens. Aqui é só velhos e os poucos jovens passam o dia e a noite a fazer mamadas e depois apanham cancro da boca e da garganta.

Tiranetes: o vosso tempo está acabando! disse...

O Alberto Tarrão da Madeira (34 ou 35 anos!!!!) já está há mais tempo no poder do que o o Hosni Mubarack (30 anos) e o Ben Ali da Tunisia (23).

Quando é que os madeirenses vão mandar o Alberto J. Tarrão para as Desertas, ou melhor, para as Selvagens?

Anónimo disse...

Um dia o povo vai abrir os olhos e depois não sei onde os desgovernantes vão receber asilo...

Anónimo disse...

A reforma do estado social não existe se não houver reforma do estado económico. As novas questões sociais emergem das políticas de emprego, da precaridade e insegurança. A questão da distribuição de riqueza, passa pela igualdade de oportunidades e só estas podem amortecer a conflitualidade social. Enquanto isso não acontecer, torna-se imperioso substituir relações de previdência, por relações de solidariedade.
A questão social hoje, não mais se resume à exclusão, porque se alteram todos os dias as relações de contrato social.
Perturba-me que perante tal paradigma, a política não seja a tal ciência que em democracia responsabiliza o cidadão através do seu voto, mais do que da sua crítica.
Merlin disse

Anónimo disse...

Este socialismo, sobretudo nos Açores, desresponsabilizou o cidadão e tornou-o mais ou menos apático.

Todavia, enquanto Sócrates está a enterrar o socialismo (pela 2ª vez - da primeira conseguiu, , mas com políticas erradas. Da 2ª também vai conseguir, mas com o mesmo modelo das primeiras), pois não há dinheiro, César finge que , aqui sim, há dinheiro quanto baste. Daí as compensações e suplementos -como as políticas de Sócrates vão levar a uma recessão que vai voltar a exigir mais cortes, veremos, nesta altura, aonde estará o segundo. Mais o seu mago das finanças

Inclusivamente, tornou a comunicação social dependente, pelo que em nada contribui para uma cidadania crítica, nem sequer através do voto- Merlim devia ter dito

Anónimo disse...

«Bem aventurados os pobres em espirito, porque é deles o Reino dos Céus».

Os «pobres de espirito» não estão no meio daqueles que tem menos rendimentos económicos. Estão bem acima, como se comprova lendo alguns comentários deste post.

Anónimo disse...

Alguém conhece uma espécie de melro, comum por aí na politica, chamada arara-jacinta?

Anónimo disse...

A ideia de que quando se defende Cidadania e Integração neste tempo de globalização, respeitando as diferenças(mesmo as ideológcas, logo que situem a justiça como fim de todo o processo económico)parece incomodar os que partidarizam todo o processo de pensamento.
O socialismo incomoda muita gente, mesmo os que dizendo-se socialistas, não o conseguem implementar como modelo de justiça social cujo modelo económico mais adequado nos nossos tempos seria um novo liberalismo.
Alguns pseudo liberais regressam agora a novas formas de luta de classes onde falam de burguesia, classe média baixa e pobres, num "retro" Marxista-Leninista.
A propósito da comunicação social que temos, são dependentes porque não querem ser livres. Vergonha para eles.
Merlin disse.

Anónimo disse...

A comunicação social é dependente porque não quer ser livre?

Merlin disse.Home antance isse não é uma evidência? Só não seriam porque não queriam, se fossem obrigados- HOME POMORDÂS!

Anónimo disse...

A comunicação social é dependente porque não quer ser livre?

Merlin disse.Home antance isse não é uma evidência? Só não seriam porque não queriam, se fossem obrigados- HOME POMORDÂS!

Anónimo disse...

O espaço do Dr.Barata podia muito bem ser o ponto de planeamento e elaboração para a revolta do povo açoriano. Primeiro expulsar à pedrada os cubanos e cubanos que invadiram as nossas ilhas. Dr.Barata és o nosso líder!!! Revolta!!!!!

Anónimo disse...

Aconselho ler algumas publicações, começando pelo "O quarto Equívoco" O Poder dos Média na Sociedade Contemporânea de Mário Mesquita (ed. MinervaCoimbra) e "A Lógica dos Efeitos Perversos" de André Gosselin.(ed. Instituto Piaget) Talvez mude de ideias sobre profissionalismo e subserviência.
Quem não pode porque não sabe, "amoucha e fogo-os-abraze" Merlin disse

Anónimo disse...

Merlin é sábio.Munido do seu mestrado em estratégia.

Merlin devia ter dito...

Anónimo disse...

Uma boa medida a aplicar nos Açores:

«O Parlamento do estado africano do Malaui tem agendada para debate a partir da próxima segunda-feira a criminalização de manifestações públicas de flatulência.

O ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais, George Chaponda, deu um claro sinal de que leva a questão muito a sério ao afirmar, citado pela agência sul-africana SAPA, que "o governo tem a obrigação de garantir a decência pública e de introduzir ordem no país".

Chaponda considerou que o mau hábito de libertar gases intestinais em público é uma consequência directa da democracia, sendo, em sua opinião, necessário que as pessoas aprendam a "controlar a natureza".» [Jornal de Notícias]

Anónimo disse...

A propósito e sem a flatulência do actual estado social, lembrei-me da "determinação de Sprecht" que postula que "Em quaisquer condições, em qualquer local e seja o que for que se esteja a fazer, há sempre uma regra que justifica a nossa prisão". Merlin citou.

Peidão da Vila disse...

O Dr.Barata propõe uma interessante discussão sobre a sustentabilidade e a reforma do «Estado Social» e andam aqui dois cavalheiros a discutir flatulências várias!

Anónimo disse...

O imperador romano Claudio, quando peidava, dizia alto: mais vale a saúde que a boa educação.

Eu acrescento, mais vale peidar, de foma pouco inodora, sempre que a argumentação é tola.

Anónimo disse...

Depois de diversas e democráticas(???) fatuencias, como pode ser explicado que:

a{Cortes de prestações há
b{Benificios a "alguns", há.

A Politica de Pluto, personagem de Disney, continua a ter um poder enorme, sem contestação.

Estão todos empranhados pelo emprego e dividas?

K2ou3 disse...

O ultimo Amónimo era eu, escapou qualquer coisa.
Mas foi Bim Dite
Quim vié que se aprexege.

K2ou3 disse...

Enão nos esqueçamos nunca da filosofia de Pluto, de Disney.

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