A tão falada redução do número de Deputados da Assembleia da República (AR) de 230 para 180, é mais um golpe rude na Democracia e uma tentativa demagógica do chamado Bloco Central para tornar a vida política portuguesa ainda mais bipolarizada. Na verdade, essa redução diminuiria também a presença de alguns partidos em muitos distritos e consequentemente a representatividade e proporcionalidade. Não estou a dizer nada que já não tenha sido dito por outros escribas e pensadores da nossa praça. Porém, nunca é demais lembrar que a assembleia da República é a casa dos nossos representantes, é o garante da nossa voz se fazer sentir (mais carneiros ou menos carneiros eles estão lá porque nós eleitores os pusemos) e retirar representatividade à câmara é coarctar a democracia.
A despesa com os nossos Deputados e todo o funcionamento da Assembleia da República representa cerca de 11 euros por cada português e por ano. A sua redução para 180, reduziria essa despesa em cerca de 2€, ou seja passaríamos a gastar cerca de 8 € cada um para manter a funcionar a AR. Contudo, para além de PSD e PS, a AR ficaria reduzida a 2 ou 3 Deputados do CDS, mais 2 da CDU e 2 do BE, k que seria de verdade perigoso não só para o debate mas até para a formação de maiorias estáveis em caso de maiorias relativas de um dos maiores partidos. Outro perigo para a Democracia é, precisamente, aquilo que alguns apontam como uma vantagem, ou seja, a facilidade com que um dos partidos atingiria nas urnas maiorias absolutas. No fundo, é isso que o tal Bloco Central quer.
Bem podiam olhar para o exemplo dos Açores onde a proporcionalidade e a representatividade foram asseguradas por uma lei eleitoral reformulada de forma exemplar.
PS: Este texto foi corrigido pois os números relativos ao orçamento da AR estavam errados como muito bem lembrou um amigo.
PS: Este texto foi corrigido pois os números relativos ao orçamento da AR estavam errados como muito bem lembrou um amigo.
18 comentários:
Uma coisa são as despesas de funcionamento, outra o pesado encargo de reformas a ex-deputados que pagamos.
Nos Açores pagamos muito mais. Basta dividir o que essa gente mama da teta pública, por 230 000 almas, das quais apenas 30 % pagam impostos.
O CDS-PP, dos incriveis governos de Santana e da história dos submarinos, faz parte ou não do Bloco Central?
Ataque à democracia é ter-se candidatado o ex-líder do PPD/PSD Costa Neves à deputação por Castelo Branco!
Um desaforo aos Albicastrenses.
Uma vergonheira para a democracia portuguesa.
Metade dos deputados que temos, ainda é muito!
Bem, já sabemos que as fórmulas de cálculo da proporcionalidade são complexas.Todavia, certamente que o método de eleição, tal como está, não é o único que garante a proporcionalidade.
Na actual situação, em que vemos um Bloco de Esquerda e PC, mais Verdes, a vozeirar com demagogias, face a um governo sem pés nem cabeça, não ajuda muito, a acrescentar um PP e PSD os quais, embora em menor grau, também não escapam à miséria da actual composição.Neste contexto, de pouco serve para que o país sia deste atoleiro, falar em proporcionalidade; mesmo (imagine-se, por hipótese meramente "académica") que cada cidadão tivesse assento na assembléia, quando a situação está pôdre, de nada serviria falar-se em democracia directa.
A tão propalada proporcionalidade é ainda mais desconcertante nos Açores...
O fundamental , todavia, é instituir o sistema uninominal.
No «Máquina de Lavax», aqueles «paladinos» da liberdade e que andam a vangloriarem-se no «Blasfémias» e no «Portugal dos Pequeninos» que são o único blogue «regional» que «fazem oposição ao César» malévolo, agora optaram por apagar os comentários quando são contrários às patacoadas, imbecelidades e palhaçadas que escrevem e dizem.
Aqueles bimbos muito têm que aprender com o Dr.Barata, em termos do exercício da liberdade e de aceitar comentários mesmo contra a sua própria pessoa.
Querem ter «estabelecimento» aberto, mas só querem servir copos de aguardente de laranja ou de tangerina, mas quando um «cliente» (leitor) reclama que quer «boer» um copo de licor de maracujá do Ezequiel, mandam o cliente pl'a porta fora...
Grandes democratas me sairem aqueles rapazinhos!
Este de cima é especialista em estratégia- emprega sempre o mesmo princípio.De vez em quanto a cabeça " se lhe alumia" e lá a criatura faz uso do outro...
César, como fazia Mota Amaral, emprega sempre especialistas-homessa!
Não à politica de Berta.
Não à politica de César.
Sim à politica grunha!
Carrega César!
Esta historia não passa duma manobra de diversão. E QUEM QUER FALAR DOS CIRCULOS UNINOMIMAIS.
Os politicos dos partidos não querem nem ouvir falar nisso.
A maior parte deles estão nas Assembleias somente para levantar a mão para votar.
É preciso não ter vergonha na cara.
Os partidos do corrupto e mafioso bloco central querem reduzir os Deputados, que são os representantes do Povo, investidos de poderes de soberania e os únicos representantes do Povo, mas não falam nem querem diminuir o pessoal de nomeação para governos, organismos públicos e empresas públicas, fora do contrôle e do escrutínio dos representantes do Povo.
Querem tirar direitos e voz ao Povo, exercida através de diversos partidos da esquerda à direita, e em contrapartida, querem aumentar os cargos não eleitos.
Que merda de Democracia é esta?
Será que vamos suportar isto?
Não será melhor fazer com os egípcios e tunisinos e começar a picar esta merda toda e puxar pelos cabelos e pelas golas desta corja que quer transformar um país numa Sociedade Anónima que é controlada por uma holding de banqueiros, trafulhas, falsários e corruptos?
Que me desculpe o desbocado arruaceiro de cima.
O Drº Costa Neves, nesta legislatura, foi eleito por quem?
Pelas gentes de Castelo Branco, uma terra onde nunca viveu?
A camarilha trafulha da linha de Cascais é que ocupa o topo das listas a deputados pela maior parte dos circulos eleitorais deste país.
Vão para o parlamento defender os seus eleitores e os interesses do circulo por onde foram eleitos?
Democracias destas, com uma deputação eleita desta forma, não interessa a ninguém.
Nem aos leitores, nem aos contribuintes que os pagam.
Quanto menos deputados, melhor!
Então os bolcheviques é que têm razão.
Um partido único.
Sovietes locais e um Soviete Supremo para a nata do Regime.
Gostava de perceber como é que o Corvo elegendo 2 deputados pode contribuir para os Açores serem um exemplo. Foi a classe política que afundou o país! Temos muita gente a mandar em pouca terra, há juntas e autarquias a mais e deputados a mais!
Qual é o problema de Costa Neves ter sido candidato e eleito por Castelo Branco. Então não se lembram de Miguel Monjardino da Terceira ter sido eleito por São Miguel, aliás com o apoio do SENHOR PROFESSOR DOUTOR NUNO BARATA.
Isso é tudo muito bonito, mas no dia em que não pudermos suportar os custos da democracia, deixaremos de tê-la. É este o cerne da questão. O resto é filosofia barata.
Nos últimos tempos do PSD/A via-se comentários do tipo-OPS/A no governo?! Seria uma tragédia ver aquela camarilha gonçalvista no poder, continuavam com coisas do tipo.
Agora, os acomodados e chulos ( não têm outro nome os que vivem de subsídios e mais subsídios, sem fazer nada pela vidinha)dizem que se o PSD, que esteve no poder regional no século passado, voltasse ao poder, seria uma tragédia.
O que se nota é que aquilo que defendem( estes e os acomodados de hoje) não passa de um projecto pessoal-nada mais!
Pergunta-se - as baboseiradas de hoje justficam-se pelas do século passado?Qual é o projecto que estes avençados defendem e em nome de que princípios?Dão-se alvísseras a quem der uma resposta discreta e fundamentada!
Eu quero receber essas alvíssaras.
De facto, na actual conjuntura económica e politica, só Carlos César está em condições de defender os Açores perante as ameaças externas e perante o apetite descontrolado dos inimigos da autonomia.
Carlos César soma e não subtrai.
Soma o PS com os verdadeiros sociais-democratas e autonomistas; soma com os autonomistas históricos que estão no PDA ou como independentes e soma com todo o centro social-cristão.
É esta a nova coligação pró-açoriana que Carlos César deve liderar.
Carlos César trouxe desenvolvimento e principalmente LIBERDADE aos Açores.
Foi Carlos César que apoiou a iniciativa privada e o dinamismo empresarial e foi aquele que mais negociou com a República e com a Europa fundos e apoios para o nossos desenvolvimento.
Alguém falou aqui no Dr. José Monjardino, ex-líder do CDS e o primeiro terceirense deputado por S.Miguel.
Ora, foi no mandato do Dr. José Monjardino como deputado e líder moderno e progressista dum partido do centro direita que houve condições politicas para o 1ª governo (minoritário) de Carlos César, que foi de facto um bom governo.
Foi José Monjardino (juntamente com o CDS de S.Miguel da altura - não esquecer o contributo do Nuno Barata para o efeito ) que aconteceu nos Açores aquilo que já tinha acontecido no leste europeu: uma verdadeira «perostroika».
A partir de 1996 os Açores mudaram em tudo e para melhor. Mais liberdade. Mais Desenvolvimento. Mais debate e dialéctica politica.
Não podemos regredir, pois os perigos que nos rondam são muitos e Carlos César já tem experiência politica e negocial suficientes para se impôr no cada vez mais complexo ambiente politico português.
De facto, os AÇORES NÂO PODEM ANDAR PARA TRÀS!!!!!
Claro Nuno.
"...a assembleia da República é a casa dos nossos representantes, é o garante da nossa voz se fazer sentir (mais carneiros ou menos carneiros eles estão lá porque nós eleitores os pusemos) e retirar representatividade à câmara é coarctar a democracia.
..."
O problema principal é que a maioria da douta prole entra mudo e sai calado.
Nas questões "do dia a dia", são sempre os mesmos a botá faladura.
Parece que têm tudo decorado.Cassete.
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