Lajes Field-1943
Está a decorrer na Ilha Terceira, onde não estou com grande pena minha, o II Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, em homenagem a esse grande estadista que governou os Estado Unidos da América durante a II Guerra Mundial e contribuiu relevantemente para o estreitar de relações entre os velho e novo mundos.
Quando falamos de F. D. Roosevelt, na Ilha Terceira, nos Açores ou em Portugal, não podemos esquecer o papel fundamental que Salazar desempenhou no decurso daquele conflito e a forma como soube gerir o estatuto de neutralidade de Portugal, sem beliscar a “Velha Aliança” e sem por em risco o equilíbrio financeiro do Estado mantendo o negócio do volfrâmio com as potências do Eixo, nomeadamente com a Alemanha. Essa habilidade diplomática e capacidade negocial valeu a entrada de um novo conceito no léxico da geopolítica, o da “Neutralidade Colaborante”.
Salazar assumira as pastas do Negócios Estrangeiros e da Guerra, queria ser ele a tratar esses assuntos. Diz-se que Kennan, encarregado de negócios dos EUA em Lisboa, confessou um dia a Champbell, embaixador de Sua Majestade, que ficava nervoso antes de se ir encontrar com Salazar.
Um pequeno Estado periférico fez-se valer dos seus recursos e da sua importância geoestratégica para garantir a integridade do Império e para obter regalias para o seu Povo, mantendo-se firme nas negociações.
Hoje, os negociadores são de pouca têmpera, preparam-se para permitir o voo de caças em treino para garantir os postos de trabalho. Dizem-me que sempre que os negociadores regionais tentam ir mais além, ministros e embaixadores começam logo a falar de cuidados redobrados nas negociações. Eu acredito.
Acontece que Portugal, embora haja quem aqui pense o contrário, continua a ter uma base negocial muito forte com os EUA. Quem conhece bem o realismo que graça em Washington e entre os salões da Casa Branca e o Pentágono, sabe bem que se a Base das Lajes não fosse importante para os EUA já estaria fechada. Isso mesmo, em Washington, seja quem for o inquilino, reina um realismo intrínseco. O simples facto do Lajes Field continuar aberto é prova mais do que bastante da sua importância, vergar às posições americanas é não ser capaz de perceber isso e isso faz a diferença entre os grandes estadistas e os pequenos fazedores de baixa política.
Um bom estadista, no plano externo, não olha a éticas e moral, defende os interesses do Estado que representa e isso Salazar fez melhor do que ninguém. Pronto D. João II foi um bocadinho, só um bocadinho melhor.
Quando falamos de F. D. Roosevelt, na Ilha Terceira, nos Açores ou em Portugal, não podemos esquecer o papel fundamental que Salazar desempenhou no decurso daquele conflito e a forma como soube gerir o estatuto de neutralidade de Portugal, sem beliscar a “Velha Aliança” e sem por em risco o equilíbrio financeiro do Estado mantendo o negócio do volfrâmio com as potências do Eixo, nomeadamente com a Alemanha. Essa habilidade diplomática e capacidade negocial valeu a entrada de um novo conceito no léxico da geopolítica, o da “Neutralidade Colaborante”.
Salazar assumira as pastas do Negócios Estrangeiros e da Guerra, queria ser ele a tratar esses assuntos. Diz-se que Kennan, encarregado de negócios dos EUA em Lisboa, confessou um dia a Champbell, embaixador de Sua Majestade, que ficava nervoso antes de se ir encontrar com Salazar.
Um pequeno Estado periférico fez-se valer dos seus recursos e da sua importância geoestratégica para garantir a integridade do Império e para obter regalias para o seu Povo, mantendo-se firme nas negociações.
Hoje, os negociadores são de pouca têmpera, preparam-se para permitir o voo de caças em treino para garantir os postos de trabalho. Dizem-me que sempre que os negociadores regionais tentam ir mais além, ministros e embaixadores começam logo a falar de cuidados redobrados nas negociações. Eu acredito.
Acontece que Portugal, embora haja quem aqui pense o contrário, continua a ter uma base negocial muito forte com os EUA. Quem conhece bem o realismo que graça em Washington e entre os salões da Casa Branca e o Pentágono, sabe bem que se a Base das Lajes não fosse importante para os EUA já estaria fechada. Isso mesmo, em Washington, seja quem for o inquilino, reina um realismo intrínseco. O simples facto do Lajes Field continuar aberto é prova mais do que bastante da sua importância, vergar às posições americanas é não ser capaz de perceber isso e isso faz a diferença entre os grandes estadistas e os pequenos fazedores de baixa política.
Um bom estadista, no plano externo, não olha a éticas e moral, defende os interesses do Estado que representa e isso Salazar fez melhor do que ninguém. Pronto D. João II foi um bocadinho, só um bocadinho melhor.
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