29 de abril de 2010

O Governo Regional está em Santa Maria.

Devem estar todos muito orgulhosos desta merda ...
Idiotas! Idiotas no sentido mais clássico do termo.

Foto honestamente roubada daqui

28 de abril de 2010

Não há saída.


E mudando os personagens de cadeira a resposta seria precisamente a mesma.
Imagem honestamente retirada do Candilhes.

23 de abril de 2010

O Estado é uma galinheiro.

Estou, há uma hora, numa repartição pública à espera que um funcionário se digne dar-me uma resposta simples. Estou perdido nas minhas cogitações próprias sobre o futuro da nossa economia e do nosso sistema político, condimentadas pelo fel da espera. Quanto mais vejo, ouço e penso, mais me apetece gritar. Estamos metidos num galinheiro em que os galos são os pilha-galinhas. A guerra só acaba quando não houver mais nada para pilhar.

21 de abril de 2010

Em cheio, na mosca!

De espanto em espanto. Acabo de ouvir na RDP/A que os Srs. Deputados à Assembleia Legislativa vão passar a ter de elaborar relatórios de todas as deslocações em serviço que façam inter-ilhas. Espanto! A decisão foi tomada pela mesa da Assembleia, na sequência de uma recomendação feita pelo Tribunal de Contas. Espanto maior! Primeiro, pensava eu que a Assembleia Legislativa dos Açores era um órgão de governo próprio da Região de cariz essencialmente político. Segundo, pensava eu que os representantes do Povo Açoriano apenas respondiam politicamente perante o povo açoriano e não administrativamente perante o Tribunal de Contas. Terceiro, pensava eu que as deslocações inter-ilhas dos Srs. Deputados se faziam em trabalho político devidamente justificado pelas respectivas direcções parlamentares. Quarto, pensava eu que o Estatuto dos Srs. Deputados, ainda, não seria equivalente ao dos funcionários públicos, de modo que tivessem de justificar formal e administrativamente o trabalho efectuado. Quinto, não consigo encontrar justificações para que sejam os Deputados a dar esse tipo de explicações formais e administrativas quando existe um corpo técnico e administrativo na Assembleia que deve instruir devidamente essas matérias. Sexto, e último, não sei como os Srs. Deputados aceitam que lhes sejam exigidos escrutínios que, e, sublinho, muito bem, aos membros do Governo dos Açores não são. Claro, que, nestas coisas, o problema deve ser, apenas, meu! Bem diz o nosso povo "Quem muito se agacha, o cu lhe aparece..."


Este texto foi retirado agorinha mesmo do Chá Verde (puro) do Guilherme Marinho. O bold na frase popular final é da minha responsabilidade. De perda de dignidade em perda de dignidade a Democracia Parlamentar vai definhando. Em vez de se darem ao trabalho de explicar ao Povo e ao Tribunal de Contas a essência e as virtudes do parlamentarismo, Os Senhores Deputados vão cedendo ao populismo reinante . Tenho pena, tenho muita pena. Cada vez que o Parlamento entra nesses jogos de poder e cede, só há um perdedor, a Democracia.
Não deveria ser a Assembleia a fiscalizar as contas do Tribunal de Contas? Se calhar, um qualquer Juiz Concelheiro do TC viaja mais do que qualquer Presidente de um grupo parlamentar e ninguém lhe pede contas desse rosário.

20 de abril de 2010

SATA não é SCUT.



Sobre essa guerra dos preços das passagens aéreas e dos transportes marítimos de passageiros eu não entro nem na crítica fácil nem faço da SATA bombo ou bobo da corte.
Digo e volto a dizer, não quero o dinheiro dos meus impostos a pagar as passagens de quem quer viajar.
Quem precisa por imposição, por doença, para estudara, tem já subsídios mais que bastantes.
O dinheiro dos nossos impostos faz falta, é cada vez mais escasso e ainda vai ser mais difícil. Admira-me bastante que os mesmos que pedem controlo nas contas públicas por um lado, reclamam por outro que o Estado gaste os seus recursos na exportação de capitais com passagens baratas. Criticam as violas e brasileiras, mas já se for forro no avião, tudo está bem.
A Região Açores, 30 anos depois da democracia, da autonomia e dos socialismos bacocos e desastrados do PSD e do PS, é a Região mais pobre de Portugal e da Europa.
E porquê? Porque essa gentinha que governou e governa esta santa terrinha, nunca percebeu que a única maneira de acabar com a pobreza é produzindo riqueza, não é esbanjando recursos subsidiando as importações ou pagando para que a nossa classe média de funcionários vá a Lisboa em passeios turísticos e idas às compras ao EL Corte Inglês.

19 de abril de 2010

Nasceu ontem


Teria hoje 178 anos e um dia. Antero Tarquinio de Quental, poeta e filósofo universal, nasceu e morreu nesta Ilha do Arcanjo São Miguel onde a geografia teima em condicionar a vida de muita e boa gente que não acredita na possibilidade de ultrapassar esses condicionalismos. Essa geografia que determinou o caminho de alguns que se arrogam de autores da açorianidade não tolheu a grandeza do pensamento desse grande vulto das humanidades que deu e dá pelo nome de Antero de Quental. Qual cavaleiro andante em luta contra moinhos de vento, Antero partiu e regressou à Ilha sem deixar que esta fosse determinante para o seu pensamento filosófico cosmopolita e para a sua poesia de carácter universalista. Antero foi um poeta filósofo dos Açores sem ser da açorianidade.

15 de abril de 2010

Roosevelt, Salazar e os de agora.



Lajes Field-1943



Está a decorrer na Ilha Terceira, onde não estou com grande pena minha, o II Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, em homenagem a esse grande estadista que governou os Estado Unidos da América durante a II Guerra Mundial e contribuiu relevantemente para o estreitar de relações entre os velho e novo mundos.
Quando falamos de F. D. Roosevelt, na Ilha Terceira, nos Açores ou em Portugal, não podemos esquecer o papel fundamental que Salazar desempenhou no decurso daquele conflito e a forma como soube gerir o estatuto de neutralidade de Portugal, sem beliscar a “Velha Aliança” e sem por em risco o equilíbrio financeiro do Estado mantendo o negócio do volfrâmio com as potências do Eixo, nomeadamente com a Alemanha. Essa habilidade diplomática e capacidade negocial valeu a entrada de um novo conceito no léxico da geopolítica, o da “Neutralidade Colaborante”.
Salazar assumira as pastas do Negócios Estrangeiros e da Guerra, queria ser ele a tratar esses assuntos. Diz-se que Kennan, encarregado de negócios dos EUA em Lisboa, confessou um dia a Champbell, embaixador de Sua Majestade, que ficava nervoso antes de se ir encontrar com Salazar.
Um pequeno Estado periférico fez-se valer dos seus recursos e da sua importância geoestratégica para garantir a integridade do Império e para obter regalias para o seu Povo, mantendo-se firme nas negociações.
Hoje, os negociadores são de pouca têmpera, preparam-se para permitir o voo de caças em treino para garantir os postos de trabalho. Dizem-me que sempre que os negociadores regionais tentam ir mais além, ministros e embaixadores começam logo a falar de cuidados redobrados nas negociações. Eu acredito.
Acontece que Portugal, embora haja quem aqui pense o contrário, continua a ter uma base negocial muito forte com os EUA. Quem conhece bem o realismo que graça em Washington e entre os salões da Casa Branca e o Pentágono, sabe bem que se a Base das Lajes não fosse importante para os EUA já estaria fechada. Isso mesmo, em Washington, seja quem for o inquilino, reina um realismo intrínseco. O simples facto do Lajes Field continuar aberto é prova mais do que bastante da sua importância, vergar às posições americanas é não ser capaz de perceber isso e isso faz a diferença entre os grandes estadistas e os pequenos fazedores de baixa política.
Um bom estadista, no plano externo, não olha a éticas e moral, defende os interesses do Estado que representa e isso Salazar fez melhor do que ninguém. Pronto D. João II foi um bocadinho, só um bocadinho melhor.

14 de abril de 2010

De que é feito o Estado hoje.

Há gente que julga que é, de facto, Gente. Contudo, essa gente não passa de um existência miserável, inculta, enfadonha, cheia de coisa nenhuma, gente esperta e que não chega a ser Gente. Mas, como é gentinha que se julga Gente, incomoda a Gente que é Gente e que sustenta a corja da gentinha.

5 de abril de 2010

Pescas navegando à vista e sem rumo.


Mais uma vez a ouvir políticos regionais a falarem do sector piscatório. É confrangedora a ignorância associada à demagogia.

O Estado em Thomas Hobbes por breves palavras.


Thomas Hobbes, Wikipédia

Um dos meus companheiros dos últimos meses, Thomas Hobbes, nasceu há 422 anos. Apesar do seu radicalismo e do seu pensamento sobre o governo totalitário dos Homens está muito próximo do que seria necessário hoje. A realidade é que Hobbes está demasiado actual. Na verdade, a sua teoria sobre o Estado Natureza, como sendo um estado natural de guerra entre os Homens, o Homem lobo do Homem (homo homini lupus), é tão actual como era há cerca de 400 anos quando Hobbes escreveu o Leviatã.
Hobbes recorreu ao método dedutivo cartesiano para concluir sobre a necessidade de formação do Estado, como entidade forte e capaz de fazer os Homens abdicarem dos seus apetites individuais em prol do bem comum. Esse Estado, omnipotente e omnipresente, poderia ser personificado num homem ou numa assembleia de Homens.
Hobbes esforçou-se por pensar um modelo político em que a natureza humana é caracterizada de forma trágica, o Homem é incapaz de se governar se não se organizar politicamente. O desejo de sair desse estado natural de guerra, o cuidado com a vida boa, a vida mais satisfeita e a segurança individual, são os fundamentos para a construção de um poder superior capaz de, pela coerção, pelo medo do castigo, fazer respeitar as leis da natureza (justiça, equidade, modéstia) e capaz de contrariar as paixões naturais dos homens. Para o autor, não basta a existência de um pacto, ele precisa de ser consubstanciado num poder capaz de o fazer cumprir. Nas suas palavras, “pactos sem a espada não passam de palavras”, folhas de papel pintadas com tinta.

4 de abril de 2010

Greguerías.

Lo que defiende a las mujeres es que piensan que todos los hombres son iguales, mientras que lo que pierde a los hombres es que creen que todas las mujeres son diferentes.
Ramón Gómez de la Serna, Greguerías.

3 de abril de 2010

Portal do Vento.

Portal do Vento-Sete Cidades
Pormenor de um projecto de correcção torrencial levado a cabo nos anos 70 do séc. XX e que perdurou, com algumas intervenções para manutenção, até aos nossos dias. Esse projecto permitiu manter os terrenos e taludes estáveis em períodos de grande pluviosidade. No final de um Inverno impar, os resultados estão à vista. O que é bem feito é feito para durar.

1 de abril de 2010

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