Sim. Os dias não estão para postas. Não é que faltem assuntos mas não me apetece falar das vitórias do Sarko e do Jardim, muito menos das infelizes e despropositadas declarações de Sexa o Presidente do Governo Regional dos Açores a respeita das eleições na Madeira.
Da minha Janela, privilegiada nestes dias, sigo atentamente os preparativos para a festa. Todos os anos é assim, o Campo de São Francisco transforma-se num formigueiro Humano. São sempre as mesmas caras. Este ano há uma novidade. Um conjunto de crianças imberbes, fardados com uns coletes azuis e cinza, (nos primeiros dias usavam capacetes) juntaram-se à cambada. Julgo serem alunos do PROFIJ de uma escola qualquer ou de uma dessas instituições de formação profissional. Andam em rebanho. Aprenderam logo nos primeiros dias como andar desenfiados. Esta azáfama, para quem a segue há anos, é um retrato sociológico fidedigno do nosso Portugal. São sempre os mesmos, poucos, a trabalhar, sempre os mesmos, bastantes, a arengar, sempre os memos, ainda mais do que bastantes, desenfiados por aqui e por ali. Viva o improviso. Viva o desrespeito pelas questões de segurança. Aqui não há capacetes, não há botas de protecção, não há luvas ou seja o que for. Em nome do Senhor, vale tudo menos tirar olhos e a autoridade, aqui ao lado, observa e fecha os olhos até ao dia em que aconteça um acidente.
No meio do reboliço, os indigentes e mulheres de vida difícil têm mais dificuldades para trabalharem mas também passam mais despercebidos por entre a populaça.
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