Portugal
está à beira da maior recessão de que há memória. Todos clamam do estado mais e mais, os
profissionais de saúde reclamam, justamente, mais rendimento pelo esforço que
tiveram que fazer durante a primeira vaga (já passou?) pandémica; a guarda e a
polícia idem, os professores que trabalharam demasiado em casa, os sindicatos
dos funcionários públicos e da administração local, das finanças e os da banca,
os da ferrovia e os dos transportes públicos, os da estiva e dos aeroportos, que
vão vir a terreiro por mais e melhores condições, mas isso haverá de ser lá
para a rentrée política que até lá somos todos "tontinhos". Todos merecemos mais
e muito mais do que aquilo que nos podem dar os cofres do Estado. Esquecemos
porém que mais do que exigir deveríamos estar preocupados com a forma como
vamos pagar esta fatura apesar de nos terem prometido o fim da austeridade. A
fatura dos desmandos dos governos de lá e de cá vai ser paga em sede do
orçamento de estado de 2022, depois das Regionais e das Autárquicas serem
ganhas pelo Partido Socialista. Andamos todos à procura do brinde num bolo-rei
que só tem favas.
In jornal Açoriano Oriental, edição de 14 de Julho de 2020
Sem comentários:
Enviar um comentário