23 de junho de 2020

Quo vadis CDS



Não poucas vezes tenho afirmado e me tenho insurgido contra falta de democracia interna dos Partidos Políticos em Portugal. Uns mostram mais do que outros, mas todos detêm tiques de totalitarismo em volta de um suposto unanimismo que se pretende seja salutar. Ora aí reside o primeiro engano, nenhum unanimismo traz saúde à política. Bem pelo contrário. É precisamente do contraditório, da discussão, do debate de ideias que saem, em tese, as soluções mais eficazes e eficientes para os problemas que afligem os povos. Os congressos e convenções são o “cerne” da democracia interna dos Partidos. Mais uma vez, reitero, os Partidos não são instituições democráticas mas sem a reunião das suas estruturas magnas ainda se tornam menos democráticas. O CDS Açores deveria ter reunido o seu congresso regional para eleição de novo líder há cerca de um ano, não o fez, adiou para o final de 2019, voltou a adiar e agora para depois das eleições regionais de outubro próximo. Quem vai deliberar sobre as listas de deputados não tem legitimidade democrática interna para tal, como pode ter para se apresentar perante o eleitorado?


In Jornal Açoriano Oriental edição de 23 de Junho de 2020

2 comentários:

Unknown disse...

Já á muito tempo, que os "vira casacas" que mudavam de militância partidária como eu de cuecas (diga-se diariamente) consoante o seu interesse pessoal deixaram de existir, os seus ideais se alguma vez os tiveram esfumaram-se, agora (tempos) é a busca pelo tachinho e se assim não for são "encostados" á parede e desenrasquem-se que cá (partido) já eras, então no socialismo é benza a "deus" com muito respeito a nosso Senhor. Venha festival do avante, alegria do zé povinho mas mesmo povinho. Viva a esta democracia.

Paulo Ferro disse...

Concordo...

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