Os mercados internacionais
abriram-se à dívida pública regional com juros muito baixos. A FITCH deixou de
ser um demónio para ser uma entidade a citar porque classificou a Região em
BBB- para efeitos de aquisição de dinheiro nos mercados internacionais. Há meia
dúzia de anos os demoníacos mercados e as agências de notação financeira eram
uma espécie de monstros a abater porque tinham a divida portuguesa abaixo de
lixo, agora são entidades fantásticas que servem para credibilizar também a
gestão da coisa pública nesta Região pobre, sem recursos endógenos e onde os
parcos ativos são desbaratados dia-a-dia. O novo “rating” vai permitir a renegociação de alguns contratos de crédito
e assim aliviar a região em termos de esforço com juros e amortizações. É hora,
portanto, do Governo Regional aproveitar a conjuntura favorável para
reestruturar a totalidade da dívida regional ganhando folego para as eleições
de 2020. Pode começar por pagar a quem deve para fazer a economia girar como
por exemplo saldar a dívida à SATA pois esse é dos problemas com que se depara,
todos os dias, a companhia aérea regional.
In jornal Açoriano Oriental edição de 09 de Julho de 2019
1 comentário:
Caro Barata.
Infelizmente vou usar este espaço primeiramente para manifestar os meus sentimentos à perda inesperada e trágica do Bradford numa face da sua vida em que ele tinha ocupado o lugar de deputado europeu e quando ainda estava no apogeu da vida.
À sua família e a todos que lhe eram proximos a força necessária para superar a perda e que a memória dele possa liberta-lo da lei da morte.
Quanto ao texto tem o dom de revelar um pouco da hipocrisia da politica institucional e por outro lado demonstrar que as questões do estado são tão maltratadas e assumidas sem o conhecimento, saber e proactividade necessárias e suficientes.
Acor
Seria tão útil que aprendessem com a experiência de outrás ilhas (nomeadamente, Porto Rico)que enveredaram pelo turismo como se não houvesse amanhã, nem outràs opções.
Vemos, ouvimos e lemos, os Açores a cavalgarem a onda do turismo, sem ao menos cuidarem e prevenirem os efeitos secundários e quando a história nos tinha deixado rios de prossa sobre o assunto.
Por tudo isto este post (não sendo totalmente esclarecedor)levanta os problemas e por isso os meus parabéns.
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