Coisas que ando a dizer há anos que são as realmente importantes e para as
quais parece não haver estratégia possível.
Entra programa, sai programa e o rumo não se altera.
A região onde se fala de conquistar o espaço e se vive entre
"parangonas" como coesão; sustentabilidade; mobilidade elétrica que
não passam de papas e bolos para enganar
os tolos. Onde se retira aos impostos dos remediados para entregar aos ricos e
se lhe chama investimento que vai criar
empregos mal remunerados para os filhos
dos remediados serem novos pobres. Onde sob o signo estruturante de reformar os
transportes marítimos, se mantém uma mão cheia de "petxenos" a andarem
a fumar "ganzas" de ilha em ilha; Onde 250 milhões de passivo acumulado
na SATA serviu para proporcionar férias baratas à classe média
alta e aos estrangeiros e mais um rol de coisas inúteis que eu aqui podia
elencar. Tudo isso contribuiu para que os Açores continue sendo uma região, com autonomia
politica e administrativa, onde não se consegue erradicar a pobreza e onde os
que vivem melhor passam todo o seu tempo a invejar a vida dos que vivem pior. Uma
Região onde, vamos cantando e rindo como o "porco na fila para o
matadouro".
Factos são factos.
Eu não sou adepto de Keynes mas admito que o "Keynesianismo" funciona, tal como funcionou
nos governos de Mota Amaral, mas é muito importante saber onde e como
distribuir essa riqueza e despejar os milhões por forma a que eles se
reproduzam. Infelizmente pouca gente daquela que nos governa conhece a
realidade das nossas ilhas sem ser a partir dos gabinetes, se a conhecessem
talvez pensassem como eu, talvez se preocupassem mais com quem mais precisa e talvez
redirecionassem o investimento para coisas diferentes daquelas para onde estão direcionados.
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