O Daniel Gonçalves, pessoa por
quem nutro particular simpatia e de cuja poesia gosto particularmente, tem
porém um “pitafe” daqueles que me fazem arreganhar as unhas dos dedos dos pés.
Ontem, num artigo (post) publicadono Comparar Santa Maria, o ilustre professor/pensador/poeta discorre sobre a
sua experiência democrática enquanto representante de uma determinada força
política no seio de uma determinada coligação eleito para a Assembleia
Municipal de Vila do Porto. O Prof. Daniel Gonçalves ilustra esse seu artigo
com a imagem (ver abaixo) de um símio pensativo que se pergunta exclamativo: o
que fazer?
O que se passou nessa Assembleia
Municipal que tanto desiludiu o Daniel Gonçalves pouco ou nada me importa,
afinal os que lá estão foram eleitos e como tal são o resultado da vontade da
maioria e essa escolha popular, por mais que me custe e custe ao Daniel
Gonçalves, é o máximo expoente da democracia.
Se Santa Maria fica a perder ou
não com o excesso de retórica e com as guerrilhas político-partidárias dos seus
representantes eleitos, isso é coisa que importa reflectir mas importa sobre
tudo respeitar. Talvez por isso não sejamos todos símios sem saber o que fazer.
Temos pena.
2 comentários:
Esse Daniel é muito, muito fraquinho. Uma desilusão, quase tão popular como o presidente.
Pior que ele, como dito antes, só o nosso "400" promessas: 1Milhão para a estrada dos compadres, zero para Santa Maria.
Triste realidade. Mas foi isto que os marienses quiseram :)
Olá!
Caro Nuno, agradeço-lhe a observação e permita-me que acrescente estas palavras às suas, embora tenha dito que não lhe importa saber o que motivou o meu descontentamento e, consequentemente, o dito post do comparar de que faz recensão.
A Assembleia Municipal devia ser um local interessante para se pensar Santa Maria. Na minha ingenuidade política, que deriva de não ter experiência, pensava que lá não ia importar a cor política. Todavia, enganei-me. Desci ao grau zero da responsabilidade que me foi confiada. No lugar onde estava, no meio daqueles assuntos por resolver, e que sempre irão estar por resolver enquanto uns acharem que os outros não serão capazes de fazer o trabalho bem feito, fiquei reduzido a nada. Porque uns têm a maioria e podem decidir, porque outros não tendo a maioria (como lhes custa) têm o triplo dos nossos votos e querem, igualmente, o triplo da voz sobre a nossa. Enfim, tem razão quando diz que todos lá foram eleitos e deve respeitar-se esse desígnio. Mas não foram eleitos para fazer aquilo. Aquilo de que me queixo. Não sou melhor que ninguém, mas mesmo no posto de símio onde me pus, posso chegar à conclusão que naquele lugar não é preciso pensar, basta ir levantando a mão de vez em quando. É quase isto a democracia, uma coisa fodida, quando os políticos saem de casa para foder os outros e não mudar as coisas, para tudo ser melhor.
Tinha duas opções: sair e dar o meu lugar a quem tivesse melhor competência - neste caso isso pode ser perífrase de estômago, ou então dar mais uma oportunidade e ver no que dá.
Abraço, Daniel.
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