Com quase 40 anos de vida (37 feitos em Janeiro último) a Universidade dos
açores atravessa um dos seus mais atribulados e difíceis momentos.
Nascida com o defeito obsessivo da tri-polaridade que tomou conta do
processo autonómico e das sucessivas tentativas de construção de uma realidade
Açores, o então Pólo Universitário dos Açores e depois Universidade dos Açores
chegou a um beco sem saída. Fazer desse beco uma rua não é tarefa fácil. É
necessário partir demasiadas paredes e desalojar muitas famílias.
Afinal esse era um fim anunciado para uma instituição que nos últimos anos insistiu
num certo autismo.
Tenho pena que a "batata quente" tenha rebentado na mão da actual
equipa reitoral, afinal estamos a falar de gente sensata, coisa que nem sempre
abundou na academia açoriana.
Custa-me muito assistir a tal degradação, afinal esta é também a minha casa,
uma casa onde cresci e continuo a crescer intelectualmente, onde adquiri e
espero poder a continuar a adquirir competências, onde conheci muita gente boa
e bem intencionada e que põe o culto pelo conhecimento na frente de todos os
valores.
1 comentário:
Grande ilusão, pensar-se ou até mesmo promover-se a ideia de uma Universidade dos Açores, quando a Autonomia,não conseguiu manter o Ensino Universitário sob sua tutela. O que nós temos é uma(mais uma) Universidade na dependência de um Ministério que não planificou crescimento do Ensino Universitário, adequado em quantidade e qualidade e sustentado financeiramente.
Oa açorianos não têm uma Universidade, o que existe é uma Universidade nos Açores. E aqui a Autonomia falhou.
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