28 de fevereiro de 2013

O Povo é quem mais ordena 2

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
E o Povo - esse ao qual me orgulho de pertencer - ainda tem mais uma responabilidade na porcaria toda que anda por aí, a da coragem que não tem, nem sequer para assumir o que diz e faz.
 Coisa que não abunda neste Povo são herois, nem mesmo os de Abril o foram. E com razão, afinal  "quem tem cú tem medo" e agora, mais do que antes, o que está em causa nem sequer é a liberdade, é mesmo uma questão de ter ou não ter com que dar de comer aos filhos e perante isso qualquer um amolece. Acontece que uns amolecem mas continuam com a dignidade de terem um nome  e até asssumirem o seu amolecimento, outros continuam, sabe-se lá em nome de que "gamela", escondidos.

27 de fevereiro de 2013

O Povo é quem mais ordena!


 

Dizem eles. Mas, pergunto eu:
Não foi o Povo quem mais ordenou até agora?
O Povo não aplaudiu a autoestradas inúteis e sem custos?
 Aplaudiu sim senhor!
 E o Povo não escolheu por escrutínio secreto e universal a gentalha que nos andou a governar nos últimos 30 anos?
Escolheu sim senhor!

E não foi o Povo que pediu mais e mais estado por tudo quanto é sítio?

Foi sim senhor!

 E não foi o Povo que andou de carro novo e casa nova este tempo todo?

 Foi sim senhor!

E não foi o Povo que gostou do Euro 2004 e da Expo98 e de mais uma série de inutilidades?

Foi sim senhor.

Então o Povo foi quem mais ordenou nos últimos 30 anos e o resultado está à vista.

26 de fevereiro de 2013

O que seria do amarelo se não fosse o mau-gosto

Essa coisa de “grandolar” aos Ministros em todo o lado pode ter um excelente efeito estético. Afinal há gostos para tudo e o que seria dessa gentalha se não fosse o mau-gosto. Mas, terá resultados práticos?

16 de fevereiro de 2013

Sonho que sou poeta em Vila do Porto.

O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Antero de Quental, in "Sonetos"


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