18 de junho de 2012

A Grécia escolheu a Europa.




A Grécia escolheu o caminho da estabilidade e da construção europeia. Foi essa a resposta que o Povo grego deu nas urnas ao votar maioritariamente no partido da Nova Democracia de centro direita e no PASOK, o partido socialista do centro esquerda e recusando, liminarmente, as propostas radicais.
A manutenção da Grécia na Zona euro e o cumprimento dos compromissos orçamentais traz um novo alento ao processo de construção dessa unidade política a que se pretende chamar Estados Unidos da Europa.
Tal como havia escrito ontem, os dados estavam lançados, só havia duas opção opções que significavam também dois caminhos para a Grécia dentro da Europa, o caminho escolhido foi, obviamente o mais sensato e o da estabilidade, resta saber se a nação Grega que agora escolheu assim vai manter por muito tempo a sua fidelidade ao projeto de uma possível coligação entre a Nova Democracia de Samaras e o PASOK de Evangelos  Venizelos. Não é de menosprezar o facto deste último ter afirmado ontem ao final da noite que só formaria uma coligação em que entrasse a Nova Democracia se também o Syrisa de Alexis Tsipras fosse envolvido. Compreende-se, veem aí dias difíceis e deixar de fora do projeto Grego a esquerda radical é abrir caminho ao seu crescimento em atos eleitorais futuros.
Por seu lado Tsipras foi muito pertinente e rápido logo mal foram divulgados os primeiros resultados que projetavam já o resultado final, “o Syrisa não participará de em qualquer projeto de governo e vai ser a principal força de oposição à coligação que sair deste ato eleitoral”, foram as palavras daquele dirigente partidário.
O primeiro passo foi dado, falta percorrer o resto do caminho.

13 comentários:

Pedro Arruda disse...

Caríssimo,

resta saber se a Europa "escolhe" a Grécia...

:)

Nuno Barata disse...

Penso que a Europa não tem opção, estava apenas esperançada que a Grécia escolhesse sair do Euro ñuma primeira fase, e da União numa segunda. Uma vez que a nação Grega decidiu manter-se, não resta espaço aos lideres europeus senão para apoiar a Grécia de forma a salvar toda a zona euro.

Anónimo disse...

A "Europa" não existe. É uma ficção. O que existe verdadeiramente são os países poderosos da Europa. O resto são cantigas.

Anónimo disse...

Só havia duas opção???? O menine barata é dos palop? :)

Anónimo disse...

o Syrisa não participará EM qualquer projecto de governo.

Minha querida Santa Apolónia! Protegei-me!

Anónimo disse...

Por seu lado Tsipras foi muito pertinente e rápido logo mal foram divulgados...


Logo mal foram.

Nuno,

Tu sabes que eu sei que tu sabes quem eu sou. No matter. Só quero dizer isto.

Tu ÉS inteligente.
Tu ÉS culto.
Mas és também desmazelado comáporra quando escreves.

Há uma técnica infalível: a de (George) Orwell.


Lê o que escreveste em voz alta. Se não soar bem no teu ouvido, porque raio soaria bem no meu?

Tenho por regra NUNCA recomendar coisa alguma a ninguém. Chama-lhe timidez epistemológica, se desejares. Não obstante, acho que vais gostar de ler isto. Se aplicares estas sacrossantas regras, garanto-te que a tua escrita melhorá consideravelmente.
(eu gosto da forma como escreves, directa e frontal, mas por vezes o rococó tuga seduz-te a meloa...evita-o a todo o custo)


http://iis.berkeley.edu/sites/default/files/Politics_%26_English_language.pdf

As regras são estas, para que os restantes leitores deste blog possam também des-rocoquizar os seus escritos e transformar a leitura numa actividade agradável para a mente e para os ouvides (lol)...

1. Never use a metaphor, simile, or other figure of speech which you are used to seeing in print.

2. Never use a long word where a short one will do.

3. If it is possible to cut a word out, always cut it out.

4. Never use the passive where you can use the active.

5. Never use a foreign phrase, a scientific word, or a jargon word if you can think of an everyday English equivalent. (os Alea Jecta pro bono bulshit dá uma ar de lálilá mas faz-te parecer petulante...os petulantes raramente são inteligentes!!!!

6. Break any of these rules sooner than say anything outright barbarous

Grande abraço
Yours,
Sincerely

:)

Anónimo disse...

agora sou eu

MELHORARÁ

Anónimo disse...

Toda a gente sabe que o Dr. Barata não é um especialista em escrita. Acontece que vejo, por aqui, mais críticas à forma do que ao conteúdo. Isso é bom para ti, caríssimo Nuno Barata, quer dizer que os irritas com a tua inteligência e perspicácia, que chegas às questões antes deles, que, tal como diz o cometário anterior, és culto e inteligente embora desmazelado na escrita. Só por inveja, por incapacidade de refutarem as tuas ideias, te criticam pelos erros de ortografia e sintaxe. Chega-lhes, este blogue está a voltar aos seus bons tempos.

MM

Anónimo disse...

A imensa inteligência do Barata nunca me irritou, MM.
Pode ter a certeza. Muito pelo contrário. Nunca senti inveja de ninguém. Acho que sou demasiadamente arrogante para tal. :)

Anónimo disse...

MM

Se você ou/e o Barata conseguir(em )um score de +145 neste simples teste, aí poderei começar a sentir alguma inveja de V Exas.

Os arrogantes não sentem inveja, M&M.

http://mensa-test.com/
http://intelligence-test.net/part1/

Anónimo disse...

Todos somos gregos.
Contra a usura desenfreada.
Contra o capitalismo selvagem.
Contra um mundo de poucos e a pobreza de muitos.
Contra os mamões da politica, que não lideram e se acorbardam ante os grandes grupos económicos.

Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
Querer misturar sair do euro e da Europa com uma votação à esquerda na Grécia é uma artimanha bem urdida pela direita Grega, mas sem qualquer fundamento...
Ninguém na Grécia queria sair do Euro, queriam todos que o logro da intervenção da Troika fosse resolvido, uns convencendo o Povo que toda a austeridade era inevitável(desde que não para os seus pares)e assim ganhavam tempo para a inevitabilidade do seu fracasso, outros queriam desde logo alterar as regras impostas pela troika, começando por uma renegociação da divida, uns e outros publicamente ou em privado sabem que não existe outra solução, que não caia no não "pagamos" mais ou menos implícito, tal o anacronismo do plano imposto.
Podem os Senhores da Europa aliviar as suas preocupações com esta solução provisória dum governo para Alemão ver, mas é sol de pouca dura, e em vez do céu azul das ilhas gregas, será mesmo o cinzento tórrido de Atenas que os esperará.
Se o ceriza souber colher o descontentamento popular e ser digno do apoio do Povo grego, sem dúvida que esta sua menor vitória se transformará numa imensa maré de descontentamento e luta que terá influencia em toda a Europa.
Açor

Anónimo disse...

Que mais podia a Grécia escolher? A Turquia?

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