19 de junho de 2012

Federalismo Integral ou Estados Soberanos?



Uma reflexão sobre a Europa
 O tema da soberania no seio de uma organização Internacional com as características “esdruxulas” da UE, não pode ser analisado sem recurso à história e sem que se estabeleça uma relação direta de esvaziamento versos reforço dos poderes soberanos. Sempre que é pedido aos Estados Membros (EM) alguma cedência do ponto de vista da sua soberania nacional, essa soberania passa a ser diretamente e proporcionalmente exercida pelos órgãos da UE. Estamos, por isso, perante um caso clássico de cedência de poderes para uma entidade supra-estatal que, não sendo uma federação de estados é uma espécie de balão de ensaio para isso.
Se é inequívoca verdade que os Estados-Membros têm cedido, aos poucos, de tratado em tratado, poderes outrora soberanos, diretamente para os órgãos da União numa perspetival supra-estatal, também não é menos verdade que, ao longo de todo o processo de construção Europeia, tem existido uma tendência para o reforço dos poderes das Regiões assente no princípio da subsidiariedade o que, numa perspetiva infra-estatal também constitui uma perda de soberania por parte dos EM.
Quando, no “lavar dos cestos” do século XX, nos parecia que o Estado Moderno, Vestefaliano, como forma de organização do político, era a mais eficaz e universal de todas a formas até então tentadas, eis que se nos deparam novos desafios, desenterram-se velhos projetos, novos federalismos, novos nacionalismos e novas formas de pensar a organização política. O Estado Moderno está agora, de novo, posto à prova. A par da crise económica e financeira, o Estado Moderno também está em crise e já não se revela uma forma do político capaz de resolver os problemas dos Homens (cidadãos) sejam esses problemas e questões individuais ou de âmbito mais abrangente e coletivo. O Estado, deixou de ser, assim como que de repente, o garante da segurança e da equidade para se transformar numa espécie de “bando de malfeitores” que, de incapacidade em incapacidade, de incompetência em incompetência, de prepotência em prepotência e de exceção em exceção, vai retirando aos cidadãos esse mesmo estatuto para os transformar em idiotas ( no sentido classico do termo). Daí, nascem novas teorias quer federalistas quer nacionalistas quer ainda algumas de cariz mais regionalista. Sem esquecer aqueles que, procuram na globalização uma raiz para a construção de uma Nova Ordem Mundial à luz da ONU ou de outra qualquer organização a fundar que assegure o governo do planeta.
Tal como já aqui escrevi em setembro passado, é necessário repensar a Europa e em força. Porém, entendo que à Europa e ao Mundo faltam tantos filósofos como sobejam tecnocratas.

28 comentários:

Anónimo disse...

Belo post, Nuno. O federalismo é a única solução para este imbróglio. União fiscal/orçamental. 1 moeda = 1 sistema fiscal orçamental. Este sempre foi o calcanhar de aquiles do euro. Sans doute.

Anónimo disse...

A nossa pátria é a nossa lingua.
Mil vezes um timorense, a falar como Camões, do que um alemão aos berros, a pedir austeridade.

Anónimo disse...

Pois, mas nós não devemos coisa alguma aos timorenses, coitados. Já tem sarna para se coçar quanto baste.

Um idiota (no sentido clássico)

O que é um idiota pós-moderno???????

Será um bulshiter? LOL

Anónimo disse...

Aquele timorense é um idiota no sentido clássico!!

LOL

só mesmo tu para me alegrares o dia, ganda Barata!!!

Anónimo disse...

Pronto.
Mil vezes um brasileiro a falar como Camões, do que um alemão aos berros a pedir austeridade.

O Brasil, essa potencia mundial emergente, é um prolongamento de Portugal.

Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
Nada de verdadeiramente diferente se passa na Europa e no Mundo que não seja a velha e Universal luta de classes quer ela se revele dentro de cada estado em concreto, quer ela se revele a um nível superior, entre os estados poderosos e os que deles dependem, são ambas formas de imposição do poder entre quem o tem e quem dele depende.
A Europa está na situação actual porque a sua organização(insuficiente)julgou que seria suficiente a força dos estados poderosos para impor a lei e os interesses do mais forte.
Mas as crises Capitalistas não só, são realidades que se passam dentro de um só país, como se manifestam nas dinâmicas multilaterais das Nações, sobretudo se existir um Universo Económico que as una.
É completamente errado julgar que o problema se centra no défice das finanças publicas de cada País considerado em resultado dum despesismo excessivo e mal orientado(ele existe e é causa de muitos males)mas não é certamente a causa principal do problema, e o exemplo disso é o facto que o problema se vá alastrando para Países que juravam estupidamente que não seriam a Grécia...
Independentemente da Questão fundamental da luta que se passa pelos domínio dos mercados, a Europa se desenvolveu apressadamente e sem organização compatível(basta citar que não existe legislação para a saída do Euro)pelo interesse que existia com a queda do muro de Berlim que a Alemanha se unificasse, desde muito cedo se percebeu que a democracia na Europa Comunitária era uma miragem e que tudo era dinamizado ao serviço dos Países poderosos(com a Alemanha á cabeça).
Para além disso e em complemento foi feito um ataque aos direitos dos trabalhadores mesmo na Alemanha onde o nível de vida dos trabalhadores tem piorado.
Nesta consonância, estou de acordo com o autor do texto que existe a necessidade imperiosa da Europa se
organizar, mas que não seja num contexto de perda de direitos dos trabalhadores mas sim no pressuposto de por a Europa a produzir e a dividir o mais equitativamente possível a
riqueza produzida e não a canalizar os fundos comunitários para a banca financeira que é a mãe de toda esta crise.
Açor

Anónimo disse...

Porreta.

Mil vezes um alemão a emprestar-te dinheiro do que um brasileiro que te rouba enquanto dizes né

brasileiro não fala português de camoes, cara.

brasileiro considera portugues abaixo de cão

pelo menos na alemanha não se fazem anedotas em que os protagonistas são os portugueses.


começa a pensar que os tugas

Anónimo disse...

começo a pensar que os tugas são o povo mais ingrato à face da terra

NUNCA na conturbada história das nações-estado, um país transferiu tanto do seu orçamento nacional para salvar economias estrangeiras.

porra. até nem simpatizo muito com a alemanha mas esta ignorância de coisas elementares é de facto confrangedora

Anónimo disse...

A Alemanha não deu nada, rigosamente nada a ninguém.
Deu com uma e tirou sempre com duas.
Ajudou a agricultura mas vendeu as máquinas. O dinheiro entrou e saiu.
Ajudou a industria mas vendeu equipamento. O dinheiro veio e foi na mesma volta.
Ajudou a banca mas cobrou juros. O dinheiro nem chegou a cá entrar.
Ainda agora, em plena crise, os bancos alemães pagam 1,5% de juro aos seus depositantes e ferram-nos juros de 5, 6, 7 e 8%.
A pujança da Alemanha de hoje é feita à custa de parolos que nunca perceberam que as regras europeias são ditadas pelos interesses alemães, preocupados em criar mercado para os seus produtos na provincia europeia do sul.

Repito: mil vezes aterrar num aeroporto brasileiro, onde se fala portugues e onde somos bem recebidos, do que em Frankfurt onde se impõe regras escravizantes aos outros.

Anónimo disse...

Caros Anónimos
Temos que distinguir, povos de países e de Governos .
A Alemanha enquanto entidade jurídica colectiva é semelhante a todos os Países, outra coisas são os governantes que em cada momento gerem os destinos do País e outra coisa ainda é o seu Povo.
Os Povos são genericamente iguais têm as suas idiossincrasia próprias mas são como massa homogénea, formados na sua maioria por pessoas que têm as mesmas preocupações, qualquer que seja o sua latitude, religião o estado de desenvolvimento(isto é salvaguardadas as suas diferenças especificas) ficando como é natural a sua preocupação com o trabalho família etc, os povos são por definição genérica e de melhor forma de os compreender no seu maior denominador comum, pessoas que não são ricas e vivem do seu trabalho e querem o bem comum.
Dito isto, toda esta linguagem, chauvinista e discriminadora entre Povos bons e maus, não encaixa no meu vocabulário e não tem consonância com a realidade.
Outra ideia errada é que a Alemanha emprestou dinheiro por espírito altruísta.
A Alemanha não só recebe juros pelo dinheiro que empresta como vê este dinheiro a chegar nas compras efectuadas pelos países devedores em carros submarinos etc(já discutimos isso).
Por outro lado não é mal nenhum ser ignorante e reconhecer isto, a ignorância é o primeiro passos para o conhecimento, o pior é ter a arrogância que se é conhecedor e desconhecer que o conhecimento só nos abre a porta para mais ignorância que passamos a ter conhecimento dela e a admitir a necessidade de a dominar.
Açor

Anónimo disse...

Juntar à ignorância à estupidez é um feito notável.

Façam as contas. A Alemanha teve um super-avit comercial com a Grécia superior aos fundos que transferiu do seu orçamento???

"Ainda agora, em plena crise, os bancos alemães pagam 1,5% de juro aos seus depositantes e ferram-nos juros de 5, 6, 7 e 8%."

Os Alemães pagam juros de 1.5% porque SOUBERAM administrar as suas contas públicas. Quanto maior for o risco de um país não pagar o que deve, maior será o juro que se paga ao credor.

As nossas contas foram desastrosamente administradas por Socrates e Guterres. Tudo dito.

É tão simples quanto isto. Quando algumas agências de rating começaram a alertar para os probs das dívidas soberanas (há + de 5 anos), todos cagaram para o assunto, exceptuando Ferreira Leite e Bagão Félix.

Mercados para produtos Alemães no sul????Os maiores mercados dos produtos Alemães são os mercados de países ricos com poder de compra.

Anónimo disse...

Outra ideia errada é que a Alemanha emprestou dinheiro por espírito altruísta.

--


Não foi movida pelo altruísmo, sem dúvida. Foi movida por um interesse estratégico de LONGO prazo (os "benefícios" a curto prazo são....quais?????)

ó Açor,

vai berdamerda com as tuas especulações filosóficas sobe a ignorância.

a ignorância é ignorância e ponto final.

querer transformar a ignorância no ponto de partida dos iluminados é coisa nunca dantes vista.

ao só sei que nada sei só fica bem aos filósofos que já demonstraram que sabem. só surge depois da demonstração de que se sabe do que se fala. não é uma apologia ou celebração da ignorância.

A Alemanha assumiu de peito aberto os riscos de outros. Pode vir a sofrer as consequências deste seu altruísmo calculado. Aliás, já está a sofrer as consequências.

Informem-se porra!

Anónimo disse...

Caro Anonimo
A tua linguagem é "demasiado" "erudita" para um ignorante direi que de facto com conhecimento assim a terra treme e o Sol é que passa a girar em torno da terra...
Aquilo que assume como alta ciência mais não é que uma opinião(ainda por cima defendida por outros)e como tal sujeita ao contraditório mas se quer fazer da sua ideia um dogma esteja à vontade, que eu aceito que as ideias devem ser livres por mais deslocadas que sejam.
O axioma que só se sabe que nada se sabe, não tem a ver com iluminados, Sócrates falava com o comum dos mortais(e também com os filósofos)tem a ver que o conhecimento não só é ilimitado como é sujeito ao contraditório, o que é verdade hoje, amanhã pelo desenvolvimento pode deixar de o ser, pode de facto você ser um exemplo à contrário do que Sócrates considerava que não era as respostas o mais importante mas sim as perguntas, você esta cheio de respostas, mas teme as perguntas como o diabo tem medo da cruz.
Se calhar o tempo lhe ajudará a perceber onde esta a verdade, até lá seja feliz, a tomar as ideias parcelares como verdades absolutas.

Anónimo disse...

Caro Anonimo
Antes de mais para dizer que me esqueci, no anterior documentário de assinar, como Açor.
Eventualmente será um sacrilégio ao Deus iluminado que se considera, mas eu tenho este mau feitio de não deixar de responder ás perguntas de ninguém.
Antes de mais a ignorância não é, nem pode ser um conceito absoluto, e colocado como o colocou quanto muito é um conceito geral e indeterminado, necessitando de ser
desenvolvidos e explicados,
No tempo de Copérnico este foi morto por disser que a terra girava em volta do sol , na altura era um sacrilégio para a maioria, se calhar como é para você, qualquer ideia que não seja as inevitabilidades ditadas pelo poder...
Mas não existe uma opinião oficial dominante, mas também é legitima, outra opinião, mesmo que uma e outra não sejam ciência(a partida).
Quem dita o que é verdade ou não?
Para si, está esclarecido, é a sua opinião!...
Pois assim seja, ficará pelo menos, feliz por "não ser ignorante".
Como você só tem certezas nunca irá se interrogar sobre nada e não será consigo que o conhecimento irá começar no desconhecimento.
Dizer que o nosso problema é exclusivamente relativo a gestão de Guterres e de Sócrates, é dum conhecimento "total, acima de qualquer dúvida" a gestão anterior dos Governos(incluindo o de Cavaco, foram exemplares" e nesta problemática a divida privada o BNU, e as parcerias público privadas, não têm nada a ver, a crise Internacional, também, nada tem a ver com este problema, como igualmente as escolhas da Europa Comunitária, mesmo a resposta atabalhoada da Europa em relação à crises de 2008, também nada tem a ver com o assunto, aliás vossa excelência já debitou toda esta eloquência comigo(salvo erro) no Ilhas, mas as minhas desculpas por não ter ainda aprendido como pelos vistos, inclui também o problema de Chipre, Espanha, Itália, França e outros que estão em fila de espera, na quota da má gestão Pública?
Será que espera por a Alemanha ficar no rol dos "aflitos" para considerar que a crise não é só pública, nem é só Nacional.
Já agora como não quer a coisa não podia mostrar-se um pouco inteligente e compreender que a ignorância também é sua companheira quando se vê ao espelho, ou é meramente uma questão de falta de inteligência?
açor

Anónimo disse...

Estamos quase com metade do plano de Hitler colocado em prática, sem que seja preciso uma guerra incómoda e antipática!

Anónimo disse...

Bem, o que por aqui vai.

Meus senhores,

Os ganhos da Alemanha com a exportação para a Grécia são muito menores à soma dos fundos transferidos do orçamento nacional para o BCE com o propósito de ajudar a nação helénica.

Isto não é alta ciência ou uma elaboração da Vossa filosofia da batata doce.

É um facto tão simples quão inegável. Não é uma ideia parcelar. É uma simples CONSTATAÇÃO

Continuem assim que irão longe.

PS: as transferencias fazem parte de um plano maquiavelico para dominar a Europa. Deve ser por isso que os alemans estão inquietitos para continuar a pagar pelas asneiras dos outros. 66% diz que não quer transferir + fundos para o sul. Ganda plano maquiavelico!!!!

Anónimo disse...

onde disse eu que a crise internacional não tinha nada a ver com x ou y???

teve muito que ver, evidentemente.

mas não foi a crise internacional que criou as PPP's que são responsáveis por 58 dos 78 mil millans de divida. A maior parte das PPP's foram criadas por Socas e Guterres. (é mentira???)

este é um outro facto inegável.

Cavaco tb contribuiu, e muito, mas de outra forma (clientelismo)

Não criou muitas PPP's mas é quase como se o tivesse feito. Todavia, a relação dívida nacional/PIB era no tempo de Cavaco negligenciável.

Compreendido???? LOL

Anónimo disse...

Desperdiçar tempo a disputar factos elementares é coisa pouco interessante. Nunca saímos da estaca ZERO.

Anónimo disse...

Quem dita o que é verdade ou não?

A VERDADE dita-se a si própria.

Se formos honestos e soubermos ouvir o que tem para dizer, claro. Se formos torcidos, presunçosos e, claro, ignorantes e estúpidos, tentamos a todo o custo distorcer e falsificar o que nos é dito pelo verdade. Dá trabalho.

Anónimo disse...

a verdade, caros senhores, é que a visão de uma miteleuropa alemã foi democratizada e por conseguinte limitada. a alemanha não age sozinha. são poucos, mui raros, os estados que desfrutam de poder hegemónico regional e que, não obstante, COMPARTILHAM o seu poder com os seus parceiros (UE). ou seja, a alemanha, para poder dominar democraticamente, teve que abdicar do miteleuropa classico: dominio militar, pela força.

é evidente que os alemães sabem que esta a forma mais inteligente de afirmar o seu poder.

e é claro que os restantes europeus sabem que sem a alemanha a UE é um tigre de papel.

e é também evidente que os alemães sabem que sem os restantes europeus a alemanha é pequena demais para competir com os gigantes na arena mundial. tudo isso é sabido. o que é que podemos fazer?? mandar a alemanha berdamerda?? porquê? o que é que os alemans fizeram que foi tão tao tremendamente prejudicial?? sejamos honestas: sem a alemanha, a UE já teria acabado. ao defender a UE de forma tão acérima, a alemanha protegeu os interesses vitais de TODOS os europeus. a europa sem a UE é um tigre de papel gigantesco.

os alemães precisam de nós e nós deles. este sim, deveria ser o espirito vigente. não por ser um lofty ideal mas por ser uma necessidade elementar, imposta pela própria natureza das coisas.

estamos todos no mesmo barco quer queiramos quer não.

as minhas desculpas pela minha falta de educação, petulância e arrogância.

cumps

Anónimo disse...

a UE sem a alemanha seria um tigre de papel gigantesco.

os cidadãos europeus tem consciencia deste facto????

enquanto houve transfers de bilioes, ninguém protestou. só se falava da SOLIDARIEDADE Europeia etc.
os media portugueses estão repletos de celebrações europeias. os alemans eram nossos amigos. agora são os maus da fita. haja pachorra para tanta vacilação.

Anónimo disse...

Caro Anonimo
Eu quero lhe dar os parabéns, em meia dúzia de linhas, rasga toda a dialéctica sobre o conhecimento, são tantos os pensadores que se "matarão" a pensar sobre a razão, a verdade a lógica e tantas questões que fazem o pensamento se envolver com a realidade e a promove-la a um estádio intelectual interpretativo e conceptual...
Estou siderado,vale a pena ler umas frases vernáculas cheias de convencimento, e eis a verdade.
Você quer se sejamos serventuários duma figura provisória que eventualmente sairá no próximo comboio eleitoral, que é uma cristão nova(sem ter a ver com ser filha dum padre)não consta que tivesse nenhum papel na luta contra o mundo anacrónico da RDA, não tem qualquer ideia relevante, é uma mera passageira da história completamente irrelevante.
Prestar vassalagem a uma personagem assim, não é qualquer sintonia com a Alemanha, enquanto País, é uma psicose de cabo que se deixa dominar pelo sargento mais bronco.
Compreende-se que quem veio dum mundo miserábilista como o era a RDA, tenha a ideia bronca que os trabalhadores não possam ter ordenados dignos e de acordo com as possibilidades da economia do País, esta visão "Salazarista" pode estar de acordo com a sua vida pessoal, mas não tem nada de cientifico e esquece, toda a contribuição que a Europa teve na reunificação da grande Alemanha, este cuidado com o défice não existiu na Alemanha, imediatamente anterior...
A um dado que você no alto do seu pedestal "cientifico" se esquece é que grão a grão enche a economia o papo, esquecer as pequenas vendas é um luxo que nenhuma economia se pode dar ao luxo.
Conversa a conversa nem você deixava de ser convencido, nem os problemas crescentes da Europa se resolviam, o que digo(e não sou só eu) é que com esta cura a Europa não se salva e a própria Europa será um tigre de papel na voragem do tempo.
Ainda não se tinha entrado na comunidade e já havia vozes que teciam cenários justapostos ao que se esta a passar.
Os aplausos e a não discussão dos problemas da nossa entrada na Comunidade foi precisamente daqueles que estão sempre na primeira fila a aplaudir o poder...
Outro erro seu é pensar que a Alemanha para uns efeitos é um membro da Comunidade, para outros é um benemérito que ajuda os pobres do sul...
Continue a puxar da cartola(virtual do conhecimento)que a vida e a dialéctica da vida das Nações e dos Povos se desenvolve e vá buscando as suas soluções...
O seu problema não é de falta de educação, é de conceitos e de amarras, a um mundo que quando não se ajusta ás suas ideias, não são elas que muda, mas se enclausura no seu mundo virtual.
Do mesmo mal está o Governo de Passos Coelho a padecer, se quiser, eles mutatis mutandi, eles comentem à contrário o que Lenine apelidou de doença infantil, no caso seria o esquerdismo, aqui é o direitismo como doença do pseudo liberalismo, lido e aplicado por maus alunos e piores práticos.
Isto não exclui que possa ter razão, nem muitas das suas ideias, não deve é ser tão sectário e deve aprender a quebrar com os tabus e julgar que o conhecimento é único, absoluto e não passível de contraditório.
Saudações

Açor

Anónimo disse...

Caro Anónimo
Com a pressa da escrita ficarão muitas falhas, algumas perceptíveis, mas por importante vou reforçar que queria dizer que o conhecimento não é único...
Outra coisa óbvia é que reconheço(e estranho ou não)os erros de Sócrates e não só, que impunemente como Dias Loureiro e Companhia, não respondem na Justiça, mas por conluio entre PS/PSD/CDS, só por excepção a regra é que um politico do arco do Poder é acusado e ainda menos condenado.
Mal comparado me lembra a entrevista com Oliveira da Olivo desportos que disse abertamente que tudo o que dizia respeito ao futebol era decidido por esta empresa, sem eleições, ou oposições.
Diz uma verdade fundamental, uma comunidade é um conjunto de Países, em que todos são necessários e devem desempenhar os seus papéis e não ser indivíduos por mais importantes que sejam, sem qualquer mandato democrático e a diminuírem, não só os povos e os Países como os Órgãos Comunitários legalmente instituídos.
Já disse que nesta Europa ou se salvam todos(até por não estar estabelecida a saída do Euro)ou a Europa com a Alemanha incluída, será não só um tigre de papel, como uma realidade jurídica extinta e eventualmente a necessitar dum movimento renascentista que a traga renovada das cinzas como um Fénix renascido.
Açor

Anónimo disse...

Açor


O contraditório nunca deveria ser usado como justificação da imbecilidade e da ignorância.

A transferência de fundos alemans para o BCE é um facto.

A soma destas transferências é infinitamente maior do que os ganhos com o comércio externo (com a grécia)

A Vossa tese de que a Alemanha só empresta porque... é uma ganda treta.

A Alemanha perde dinheiro com a UE todos os dias em nome de uma unidade futura da qual depende o seu e o nosso futuro.

Quanto ao resto, pense o que quiser.

Retiro o pedido de desculpas.

Ignorantes tem que ser tratados assim. O

Anónimo disse...

O seu problema não é de falta de educação, é de conceitos e de amarras, a um mundo que quando não se ajusta ás suas ideias, não são elas que muda, mas se enclausura no seu mundo virtual.


Ó ATOLEIMADO!!!

Não pé preciso um doutoramente em psicanálise para perceber que a ALEMANHA (ACTUALMENTE) GASTA mais com a UE do que GANHA.

era isto que estava em causa

quem se abstrai dos mais elementares factos é VOSSA EXA.

Mundo virtual é o SEU onde os mais elementares factos nem sequer são considerados.

Anónimo disse...

Caro anónimo
Não se amofine, o meu vocabulário vernáculo não é tão famoso como o seu, mas não é este o motivo porque não o uso, é meramente uma questão de escolha, lamento se o decepcionei, mas a minha escolha será sempre pelo dialogo e não pela provocação barata.
Seja como for nunca disse que a Alemanha não contribuía para a Comunidade, nem podia ser de outra maneira, Portugal na sua pequenez também o faz...
O meu problema não é escolher inimigos públicos preferenciais, não tenho nada contra a Alemanha, nem acho que seja isto a razão importante, mas se está tão informado saberá que a contribuição da Alemanha se é a maior em absoluto, não o é per capita, aí fica em terceiro lugar, atrás da Suécia e Dinamarca.
A questão da Alemanha é uma questão politica, pois a Angela Merkel impõe, uma contenção salarial desajustada aos trabalhadores e por isso, estes poderão imputar responsabilidades às restrições salariais ao facto da contribuição da Alemanha para a U:E.
Você podia dar um bom merceeiro, na medida que tem dos números uma concepção restrita, sabe perfeitamente fazer uma conta de subtrair e ver que a Alemanha recebe menos do que dá á Europa, mas será isto uma visão, adequada e brilhante?
Certamente que não,se assim fosse as empresas não investiam em publicidade, não davam formação profissional, nem faziam despesas que não se traduzissem em ganhos imediatos.
É você mesmo que diz que a Alemanha, investe no futuro.
A ideia que a Europa não é uma oportunidade para a Europa, pode ser defensável como todas as ideias, mas é atacada não só pelas contribuições da Europa na reunificação, como internamente por vários autores nomeio um Jakob Augustein, que diz que a Alemanha,fora da Europa não só é um risco Económico como politico, pois poderá deixar perigar a Democracia.
Este autor diz mesmo que a Alemanha vai-se virar para a China ou para a América, mas uns e outros não são propostas seguras.
O projecto da Europa não pode ser este mesquinho deve e haver de Merceeiro(que me desculpem os merceeiro) A Europa tem que ser um projecto ideológico de solidariedade e de comunhão e partilha, a paz Europeia é bem mais valiosa do que todos os custos considerados.
Para mim importa-me considerar que o problema Português foi e é um problema de gestão errada interna, mas também o foi e é um problema internacional de falta de organização e vontade da Europa em se ajustar á resolução dos seus problemas, é na intervenção interna e externa que penso estar a resolução dos problemas.
Açor

Anónimo disse...

Até nas Falklands e nas Formigas o meu vocabulo é famoso. Já se sabe. É o fim de munde.

Ora porra.

Açor

Sabe durante quanto tempo não se subiram os salários na Alemanha pós-unificação??

Informe-se.

A política é, em grande parte, a redefinição do possível. Nada é imune à criatividade política. incluindo DIREITOS, INTERESSES etc.

O projecto Europeu é mais do que um projecto ideológico, cultural etc uma NECESSIDADE ESTRATÉGICA IMPERATIVA. Nem sequer recorro ás elaboradas linguagens da ideologia, cultura, etc.(o que se poderia fazer, naturalmente)

SEM A UE, SEM A ALEMANHA, NÓS, EUROPEUS, ESTAMOS FODIDOS.

A ALEMANHA É PEQUENA DEMAIS PARA LIDAR COM OS BIG BOYS.

PRECISA DE NÓS E " AJUDA-NOS" PRECISAMENTE POR ESTA RAZÃO. NÃO SE TRATA DE ALTRUÍSMO. SÃO INTERESSES CONVERGENTES.

NÓS, EUROPA, SEM A ALEMANHA, SOMOS UNS PEIXINHOS PEQUENINOS NUM AQUÁRIO REPLETO DE TUBARANS BRANCOS.

PRECISAMOS DA ALEMANHA E A ALEMANHA PRECISA DE NÓS.


Vejam lá quão rapidamente o tão propalado Europeismo se transformou em nacionalismos bacocos?????????

TRISTE!!! :(

Anónimo disse...

Caro Anonimo
Por razões de avaria no computador, não lhe pude dar a resposta necessária.
Antes de mais julgo(eventualmente para espanto seu)que este seu comentário está mais de acordo com o meu pensamento...
Não sei de facto a particularidade dos salários Alemãs,pós unificação, mas não será descabido que eles tenham sido a duas velocidades, na ex RDA,uma aproximação rápida aos ordenados da RFA e nesta o compasso de espera para devida harmonização.
Nos nossos dias sabemos que o nível dos salários é desajustado do seu nível económico comparado, necessitando por isso,não da descida dos nossos sal´rios mas sim do aumento dos salários alemãs...(aliás a Merkell fez subir os seus)
O que importa são as politicas e o seu ajustamento à resolução dos problemas Europeus e não tanto as medidas soltas com que alguns tentam entreter o pagode.
O folhetim da Europa continua e se os Países pequenos tivessem deixado(como bem diz)os seus nacionalismos bacocos, já se teriam avançado mais depressa no encontrar de soluções adequadas para a Europa, como à muito vaticinei, ao invés de fazerem como os Putos a dizerem que não são como a Grécia ou como Portugal, como aconteceu com a Espanha e Portugal.
Como já lhe tinha dito cada vez mais a Merkell é uma passageira a sair nas próximas eleições, e depois a Alemanha lá continuará a conviver no conserto das Nações e as pequeninas têm que fazer como David contra Golias, é neste jogo diplomático(como de certa forma, limitada, aconteceu agora com a Espanha) que se encontram as soluções.
Saudações.
Açor

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