17 de junho de 2012

Está por dias...



“Tremendistas”, alarmistas, histéricos, sã alguns dos qualificativos que temos ouvido desde, pelo menos, 2008 sobre aqueles que, dotados de “ligação à terra”, têm vindo a alertar para as consequências das sucessivas políticas inconsequentes levadas a cabo na Europa e que têm conduzido ao aumento das chamadas dívidas soberanas, ao empobrecimento das populações e que continua a engordar “ tubarões”.
O resultado das eleições de hoje na Grécia irá ditar bastante do futuro da Europa, ninguém que tenha estado atento nos últimos anos poderá desconsiderar a possibilidade da Grécia abandonar o Euro o que seria o fim de um dos mecanismos de integração de maior sucesso que a União conheceu. O fim do euro é um rude golpe na construção dos Estados Unidos da Europa, dos “eurobonds” e da democratização das instituições da união.
Em Espanha, desde o sector primário, passando pelas minas, caminhos-de-ferro e até no sector financeiro, o descontentamento é enorme e a corrida ao armamento já começou (ver noticias da Galiza, País Basco e Andaluzia, isso para não falar do caso Catalão). O rastilho foi a ajuda financeira à banca. 100mil milhões de euros  e dizemos analistas  que já não é suficiente.
Em países como Portugal, Espanha. Itália, Grécia, França onde o cidadão comum, durante anos, ouviu falar de lucros astronómicos e de chorudos ordenados do gestores bancários, tudo à custa dos sacrifícios que esse mesmo cidadão comum fez para  pagar o carro a casa e as férias, não é compreensível, para uma larga maioria que ainda tem tempo para pensar, que seja essa mesma massa anónima a ser mais uma vez sacrificada com a autoridade e o aumento de impostos para financiar/pagar as perdas e danos causadas no sector financeiro.
“Alea jacta est”, resta-nos esperar pelo resultado das eleições na Grécia e na França de mais logo à noite.

5 comentários:

Anónimo disse...

Em países como Portugal, Espanha. Itália, Grécia, França onde o cidadão comum, durante anos, ouviu falar de lucros astronómicos e de chorudos ordenados do gestores bancários, tudo à custa dos sacrifícios que esse mesmo cidadão comum fez para pagar o carro a casa e as férias, não é compreensível, para uma larga maioria que ainda tem tempo para pensar, que seja essa mesma massa anónima a ser mais uma vez sacrificada com a autoridade e o aumento de impostos para financiar/pagar as perdas e danos causadas no sector financeiro.

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O demagogo não tem partido. Inclina-se sempre, mas sempre mesmo, na direcção dos ventos predominantes. Aqui, um ex CDS-PP, um homem de direita, critica a Banca e defende os "coitados" dos cidadãos que muitos sacrifícios fizeram....

Uma pergunta: quem foi que concedeu empréstimos de 3% aos cidadãos???? Foram os estados sociais????Ou terão sido os gestores com chorudos ordenados??? A mim não me preocupa que os bancos paguem exorbitâncias a gestores competentes. O que me enoja, verdadeiramente, é o estado servir de asilo para incompetentes que apenas conseguiram levar as suas companhias à falência. Estes merecem o que tem, ou seja, nada, ou muito pouco. Barata, está na hora de tentares seduzir uns quantos do Bloco de Esquerda.

Anónimo disse...

"tudo à custa dos sacrifícios que esse mesmo cidadão comum..."

Ganda treta.

Tudo à custa do crescimento económico que durou + de 10 anos e que permitiu à banca emprestar dinheiro a custos baixos e com (uma expectativa) de risco negligenciável (se houver crescimento económico é +++++ provável que se paguem os empréstimos)

Ignorantes mas muito criativos: quando não sabem, inventam!! Uma boa solução, sem dúvida.

Anónimo disse...

Estados Unidos da Europa.

Deves estar a gozar connosco.

MittelEuropa, de Lisboa a Kiev.

É tão simples quanto isto.

Os únicos que teimosamente preservam a sua dignidade e (relativa) autonomia são os insulares Britânicos.

Os restantes, nos quais incluo os Franciu, são meros lap dogs de Berlim.

Anónimo disse...

Caro Barata
A questão não é nem nunca foi sair ou não sair do Euro, mas sim pagar ou não pagar a factura e juros com que a troika quer impor à Grécia(em condições impossíveis de cumprir).
Todos os poderosos gostavam que a Grécia sai-se do Euro, mas continua-se a pagar a divida, mas como sabem que isto é impossível, o discurso de saídas do Euro é só mesmo para intimidar.
Dê as voltas que der o Povo Grego não tem condições de cumprir este plano completamente usurário.
Resta o Povo grego continuar a sua luta contra esta politica anacrónica da Europa comunitária, que mais cedo que tarde será obrigada a tomar outro rumo.
Açor

Anónimo disse...

Importa saber quando é que a Amerca vai ter a troika lá do sítio à perna.

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