6 de junho de 2011

Uma primeira análise.

Não tive, por razões de ordem vária, a possibilidade de acompanhar a noite eleitoral como seria meu desejo e como faço desde que me lembro. Porém, analisando hoje, mais friamente, os resultados e os discursos, torna-se imperioso tecer uma meia dúzia de considerações sobre o que aconteceu ontem em Portugal e nos Açores (distinguir as coisas faz ainda mais sentido sendo hoje dia 6 de Junho).
Indiscutivelmente o PSD  foi o grande vencedor da noite o PS o grande derrotado. O Bloco de Esquerda é também um dos derrotados da noite, cai cerca de 50% na votação e perde metade do seu grupo parlamentar.
Pelo caminho fica a expectativa criada à volta do crescimento do CDS que se esperava maior. Porém, não será difícil encontrara no sentimento de voto útil uma razão para esse crescimento abaixo das expectativas. As sondagens que davam, erradamente como se pode comprovar, um empate técnico entre PS e PSD terão levado muitos eleitores a votarem no projecto de Passos Coelho para assim assegurarem uma mudança. Mesmo assim, é de realçar o facto de o CDS ter subido a percentagem e o número de Deputados eleitos mesmo num ciclo de crescimento do PSD, o que nunca aconteceu anteriormente.
Importa agora saber o nome do senhor que se segue na liderança do Partido Socialista, já que pouco interessa o que vai acontecer no BE, Louçã, ao contrário de Sócrates, agarrou-se ao lugar de coordenador nacional

Na Região.
Em primeiro lugar é de dar os parabéns ao PSD que, apesar de recandidatar o Dr. Mota Amaral que, já havia perdido dois actos eleitorais para a Assembleia da República, consegue uma votação bastante clara perdendo apenas na pequena e pacata Insula corvi marini onde, todos sabemos, as eleições e os resultados eleitorais são sempre uma caixinha de surpresas.
O PS Açores, penalizado pela governação de José Sócrates sofre a sua mais pesada derrota desde que foi pela primeira vez poder na Região em 1996. Mas, cuidado, não embandeirem em arco o mais incautos, estes resultados não são directamente transportáveis para outros actos eleitorais. 2012 está à porta e César sabe, melhor do que ninguém como ganhar eleições Regionais.
O CDS ficou aquém das expectativas que o seu líder regional colocou à sua candidatura. No entanto, obteve uma expressiva votação, subiu em todas as Ilhas em relação a 2009 e só peca por ter elevado a fasquia ao nível bastante exigente da eleição do Deputado. Conseguir aguentar e crescer em ciclo de crescimento do PSD é obra que  tem um nome e esse nome á Artur Lima. Nesse particular, gostei das palavras do presidente Carlos César: “Direita por Direita prefiro o CDS”.
O resto não conta.

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