Cada vez mais o Estado, esse grande Leviatã, O Deus mortal de Thomas Hobbes que deveria existir para servir os cidadãos, não tem cor partidária, não tem ideologia, mas é dogmático, é forte com os fracos e fraco com os fortes.
30 de junho de 2011
29 de junho de 2011
Mais um ano na rede.
Passou mais um aniversário do Fôguetabraze e nem me dei conta. São oito anos fazendo este blogue com altos e baixos, momentos de gloria e outros de alguma indignidade. Pois é assim que vai a blogosfera feita nos Açores, vai ao ritmo do verão, da espuma dos dias.
Em Junho de 2003, logo depois do fim do Coluna Infame que teve direito a notícia de primeira página no jornal Publico, dei inicio a este espaço de desabafos e reflexões. Por aqui andei sozinho até que em Novembro do mesmo ano descobri que era lido por uns “gaijos” que também tinham um blogue chamado :ILHAS. Através deles descobri o Entramula do Mário Roberto e do Francisco Botelho. Pode dizer-se que esses são os 3 blogues fundadores daquilo a que um dia chamei de “blogosfera de endemismo açorico”. Sobre os blogues, tive ilusões desilusões contra-tempos e ventos a favor. Umas vezes à bolina outras com vento de nariz fui fazendo o que sabia e podia. Hoje não tenho dúvidas, o panorama político e cultural dos Açores era diferente sem estes 3 pioneiros.
Tenho ponderado bastante o regresso ao espaço de comentários nesta casa, um pouco por causa dos prevaricadores e cobardes, ficou por debater muita coisa que poderia tê-lo sido num clima de critica mas de respeito.
Nesse particular, 2004, 2005 e 2006 foram anos dourados para a blogosfera feita nos Açores e para isso contribuiu a visibilidade que a RTP-Açores entendeu dar a alguns bloggers, primeiro através do programa “Choque de Gerações” e depois com o “Língua Afiada” (passados tantos anos ainda me param na rua para falar desse programa). É com saudade e emoção que recordo os meus desaguisados com a Maria do Céu Rego Costa (R.I.P.) que foi a pessoa que mais posts me dedicou, ou com o André Bradford, sempre com a maior justiça e respeito mesmo quando as coisas estavam mais "azedas".
Para o passado ficam as recordações, para o futuro haverá de ser o que for, com mais ou menos tempo, com mais ou menos auto-censura, com mais ou menos assunto, não interessa, o que interessa mesmo é que este blogue vai continuar por aqui nem que seja em banho-maria e à espera de melhores dias.
28 de junho de 2011
I will be back soon
Só por causa das coisas convém esclarecer que esta minha prolongada ausência não tem nada a haver com “alforra” nos tomates ou com falta de assunto mas apenas com falta de tempo.
16 de junho de 2011
13 de junho de 2011
8 de junho de 2011
Via Blasfémias, um aviso.
Preparem-se
7 Junho, 2011 – 15:06
Li e reli este comentário que saiu ontem (segunda-feira) no Público e ainda não estou bem em mim:
“As eleições de ontem marcam a maior vitória com que a direita poderia alguma vez sonhar, porque não só institucionalizam a captura destas posições pela direita, como compõem um Parlamento onde a oposição ao Governo estará resumida a uma vintena de lugares, já que o PS estará em larga medida manietado pela sua assinatura do acordo com a troika – e esse é o programa com que o PSD e o CDS sonham.
Se se desse o caso de esta composição reflectir fielmente o comportamento da sociedade portuguesa durante os próximos quatro anos, não haveria nada de estranho na coisa. Mas pode muito bem acontecer que a prática do futuro Governo suscite uma contestação que exceda em muito o que se poderia esperar desta composição parlamentar. Esse facto, aliado à mais elevada abstenção de sempre em legislativas, desenha um Parlamento que poderá ser o mais distante de sempre das aspirações e da vontade do povo. O que é uma péssima notícia para a democracia, por muito que alguém repita que as eleições são sempre uma festa.”
Vamos ver se compreendi bem, isto é, se alcancei a lógica do artigo:
a) As eleições foram uma péssima notícia para a democracia porque os que se opõem ao acordo com a troika apenas elegerem 24 de 230 deputados;
b) As eleições foram uma péssima notícia para a democracia porque pode acontecer que, no futuro, venha a existir muita contestação fora do Parlamento;
c) As eleições foram uma péssima notícia para a democracia porque houve muita abstenção;
d) As eleições foram uma péssima notícia para a democracia porque os eleitores escolheram um parlamento que será o mais distante de sempre das aspirações e da vontade do povo;
e) As eleições foram uma péssima notícia para a democracia porque a direita venceu.
Na verdade, acho que o último ponto poderia bem substituir todos os anteriores. Da mesma forma que os donos do “consenso social” já ontem adivinharam dificuldades, os donos da verdade política e os áugures das “aspirações do povo” já proclamam o divórcio entre o voto do povo e a “vontade do povo”.
Preparem-se.
6 de junho de 2011
Importante mesmo é combater a abstenção.
Aos partidos, todos, é importante lembrar que nos Açores a abstenção, numas eleições de importância redobrada para o futuro do país, atingiu um valor vergonhoso cerca dos 60%, mais 4 pontos percentuais do que em 2009. Também não é de descuidar o facto de apesar de terem votado menos 5.000 pessoas do que em 2009 o universo de eleitores em relação à mesma eleição cresceu em igual valor. São mais 10.000 desinteressados, cerca de 5% dos eleitores. É a todos os níveis lamentável que o mais simples e eficaz exercício de cidadania seja desprezado por 60 por cento dos potenciais eleitores. Obviamente, para um liberal como eu, o direito a abster-se é tão legítimo como o de exercer o voto. Porém, parece-me que não está em causa uma abstenção consciente mas sim um reflexo da letargia em que o Povo dos Açores se deixou envolver no que aos assuntos nacionais e da União concerne, em regionais sempre votam mais alguns.
É aos partidos políticos que compete alterar este estado de letargia e de desinteresse que tomou conta de um a faixa significativa de eleitores.
Façam, todos, o vosso trabalho sff.
Uma primeira análise.
Não tive, por razões de ordem vária, a possibilidade de acompanhar a noite eleitoral como seria meu desejo e como faço desde que me lembro. Porém, analisando hoje, mais friamente, os resultados e os discursos, torna-se imperioso tecer uma meia dúzia de considerações sobre o que aconteceu ontem em Portugal e nos Açores (distinguir as coisas faz ainda mais sentido sendo hoje dia 6 de Junho).
Indiscutivelmente o PSD foi o grande vencedor da noite o PS o grande derrotado. O Bloco de Esquerda é também um dos derrotados da noite, cai cerca de 50% na votação e perde metade do seu grupo parlamentar.
Pelo caminho fica a expectativa criada à volta do crescimento do CDS que se esperava maior. Porém, não será difícil encontrara no sentimento de voto útil uma razão para esse crescimento abaixo das expectativas. As sondagens que davam, erradamente como se pode comprovar, um empate técnico entre PS e PSD terão levado muitos eleitores a votarem no projecto de Passos Coelho para assim assegurarem uma mudança. Mesmo assim, é de realçar o facto de o CDS ter subido a percentagem e o número de Deputados eleitos mesmo num ciclo de crescimento do PSD, o que nunca aconteceu anteriormente.
Importa agora saber o nome do senhor que se segue na liderança do Partido Socialista, já que pouco interessa o que vai acontecer no BE, Louçã, ao contrário de Sócrates, agarrou-se ao lugar de coordenador nacional
Na Região.
Em primeiro lugar é de dar os parabéns ao PSD que, apesar de recandidatar o Dr. Mota Amaral que, já havia perdido dois actos eleitorais para a Assembleia da República, consegue uma votação bastante clara perdendo apenas na pequena e pacata Insula corvi marini onde, todos sabemos, as eleições e os resultados eleitorais são sempre uma caixinha de surpresas.
O PS Açores, penalizado pela governação de José Sócrates sofre a sua mais pesada derrota desde que foi pela primeira vez poder na Região em 1996. Mas, cuidado, não embandeirem em arco o mais incautos, estes resultados não são directamente transportáveis para outros actos eleitorais. 2012 está à porta e César sabe, melhor do que ninguém como ganhar eleições Regionais.
O CDS ficou aquém das expectativas que o seu líder regional colocou à sua candidatura. No entanto, obteve uma expressiva votação, subiu em todas as Ilhas em relação a 2009 e só peca por ter elevado a fasquia ao nível bastante exigente da eleição do Deputado. Conseguir aguentar e crescer em ciclo de crescimento do PSD é obra que tem um nome e esse nome á Artur Lima. Nesse particular, gostei das palavras do presidente Carlos César: “Direita por Direita prefiro o CDS”.
O resto não conta.
6 de Junho.
Cumpre-se hoje mais um aniversário do dia que mudou a vida dos Açorianos. Este sim era o dia que devia ser comemorado como o nosso dia. Muito embora reconheça que culturalmente o traço mais comum se não mesmo o único transversal à sociedade açoriana é o culto ao Divino Paracleto, não deixa também de ser verdade que, depois de 2 de Março de 1895, o 6 de Junho de 1975 foi o marco mais importante da nossa história autonómica e a marca do nosso tempo.
4 de junho de 2011
Dia para reflectir.
Nunca percebi bem a necessidade deste dia existir, deve ser para permitir a campanha encapotada com os meios institucionais para quem os tem e em detrimento de quem os não tem. Por mim tanto se me dá como se me deu, desde votem em consciência. Bom Sábado e, já agora, não se esqueçam de votar amanhã. O voto não é um dever como por aí se diz às vezes, é um direito, uma arma, uma garantia. Usemo-lo com dignidade.
3 de junho de 2011
Sondagem fechada.
Estes são os resultados da segunda e última sondagem deste blogue. Uma de duas coisas é certa, ou nesta segunda sondagem socialistas empenharam-se menos ou os efeitos da campanha eleitoral estão a fazer-se sentir. BE | 6 (4%) |
CDS | 18 (13%) |
CDU | 8 (6%) |
PS | 42 (31%) |
PSD | 48 (36%) |
OUTRO/BRANCO | 7 (5%) |
INDECISO | 3 (2%) |
Votos apurados: 132
Partido 2ªsondagem 1ªsondagem
PS | 45 (34%) 42 (31%) |
PSD | 41 (31%) 48 (36%) |
CDS-PP | 19 (14%) 18 (13%) |
BE | 4 (3%) 6 (4%) |
CDU | 4 (3%) 8 (6%) |
Outro | 3 (2%) 7 (5%) |
Branco | 12 (9%) |
Indeciso | 1 (0%) 3 (2%) |
Votaram 129 leitores.
2 de junho de 2011
Sondagem.
É só para lembrar que a votação na sondagem aqui ao lado está a chegar ao fim. Faltam poco mais de 24 horas. Votem, quanto maior a amostra mais fiáveis serão as previsões.
1 de junho de 2011
Primavera? Onde?
Só se for nos antipodas, porque aqui parece que continuamos no Inverno. Seco, é verdade, mas Inverno.
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