28 de maio de 2009
26 de maio de 2009
Que linda data
6 de Junho, uma data que diz bastante aos Açorianos, pelo menos àqueles que, genuinamente, têm a coragem de pensar que “antes morrer livres que em paz sujeitos”, é a data prevista para a chegada do Genuíno Madruga à Ilha do Pico.
Depois de ter largado da Freguesia de São João da Ilha do Pico naquele tarde soalheira de Agosto de 2007, com passagem por muitas das mais emblemáticas cidades costeiras do Mundo, com especial referência para o Cabo Horn e Cabo das Tormentas, depois de quase dois anos no mar e de ter perdido o mastro principal, o Genuíno Madruga traz o seu Hemingway de volta às nossas Ilhas, repetindo a proeza de há anos.
O primeiro Açoriano a fazer uma viagem de circum-navegação em veleiro solitário, por duas vezes, volta à casa onde se fez Homem, os Açores.
Bem hajas amigo.
Depois de ter largado da Freguesia de São João da Ilha do Pico naquele tarde soalheira de Agosto de 2007, com passagem por muitas das mais emblemáticas cidades costeiras do Mundo, com especial referência para o Cabo Horn e Cabo das Tormentas, depois de quase dois anos no mar e de ter perdido o mastro principal, o Genuíno Madruga traz o seu Hemingway de volta às nossas Ilhas, repetindo a proeza de há anos.
O primeiro Açoriano a fazer uma viagem de circum-navegação em veleiro solitário, por duas vezes, volta à casa onde se fez Homem, os Açores.
Bem hajas amigo.
20 de maio de 2009
Transportes e coesão.
Não vou a Santa Maria há algum tempo. As notícias, diárias, que recebo da Ilha mais a sul dos Açores não são animadoras. Uma seca tal, como não se recordam os mais velhos, tomou conta da Ilha lançando a pequena economia assente na criação de gado e pequenos serviços, na agonia definitiva. Salvam-se os paliativos na ajuda aos transportes de forragens vindas de Espanha e Portugal.
Neste particular há a salientar, mais uma vez, que os custos do transporte de matérias primas e subsidiárias, de e para os Açores, é de tal forma elevado que chega a ser absurdo. A grande factura advém da irracionalidade de obrigar os operadores a tocarem directamente algumas Ilhas dos Açores com prejuízos incalculáveis e que nunca ou raramente são alvo de notícia ou investigação jornalística. Era bom que todos soubessem quanto nos custa na factura mensal do supermercado o sistema de transportes que o Governo nos impõe. Deixemo-nos de demagogias que nos saem caras a todos e passemos, definitivamente, ao estabelecimento de estratégias eficazes que deixem de parte as questões eleitoralistas e os conceitos absurdos de desenvolvimento harmonioso da Região.
É imperioso, por ser mais barato e mais eficaz, estabelecer um sistema de transporte de mercadorias que assente em dois portos principais, Ponta Delgada e Praia da Vitória, com uma ou duas ligações semanais a Lisboa e Leixões, a par de uma serviço de cabotagem capaz de distribuir mercadoria, semanalmente, entre todas as Ilhas dos Açores.
Muitíssimo mais importante e estratégico para os Açores é uma profunda reformulação do transporte marítimo de mercadorias inter ilhas do que é sequer pensar no transporte de passageiros e viaturas que não passa de um serviço para “petxenos” assistirem a festas de verão por aqui e por ali (dizem-me que uma maná para os traficantes de drogas) e a uma burguesia instalada que vai de carrinho para a sua “ilha do coração” passar 30 dias de férias de verão.
Neste particular há a salientar, mais uma vez, que os custos do transporte de matérias primas e subsidiárias, de e para os Açores, é de tal forma elevado que chega a ser absurdo. A grande factura advém da irracionalidade de obrigar os operadores a tocarem directamente algumas Ilhas dos Açores com prejuízos incalculáveis e que nunca ou raramente são alvo de notícia ou investigação jornalística. Era bom que todos soubessem quanto nos custa na factura mensal do supermercado o sistema de transportes que o Governo nos impõe. Deixemo-nos de demagogias que nos saem caras a todos e passemos, definitivamente, ao estabelecimento de estratégias eficazes que deixem de parte as questões eleitoralistas e os conceitos absurdos de desenvolvimento harmonioso da Região.
É imperioso, por ser mais barato e mais eficaz, estabelecer um sistema de transporte de mercadorias que assente em dois portos principais, Ponta Delgada e Praia da Vitória, com uma ou duas ligações semanais a Lisboa e Leixões, a par de uma serviço de cabotagem capaz de distribuir mercadoria, semanalmente, entre todas as Ilhas dos Açores.
Muitíssimo mais importante e estratégico para os Açores é uma profunda reformulação do transporte marítimo de mercadorias inter ilhas do que é sequer pensar no transporte de passageiros e viaturas que não passa de um serviço para “petxenos” assistirem a festas de verão por aqui e por ali (dizem-me que uma maná para os traficantes de drogas) e a uma burguesia instalada que vai de carrinho para a sua “ilha do coração” passar 30 dias de férias de verão.
14 de maio de 2009
Manobras de bastidores ou passos perdidos.
Não terá sido inocente o desaparecimento providencial do Deputado Guilherme Nunes (embora a sua presença tivesse sido inconsequente).
Eu “no creo in brujas pero que las hay las hay”. Alguém terá lembrado ao Deputado Corvino que uma vitória da proposta por ele subscrita seria amplificada pelo Deputado Paulo Estevão que disputa com o PS o mesmo espaço eleitoral (no Corvo não há ideologias).
Foi por manobras eleitoralistas que a proposta foi elaborada e admitida a discussão, foi também, um pouco, por uma questão dessa natureza que ela caiu.
Eu “no creo in brujas pero que las hay las hay”. Alguém terá lembrado ao Deputado Corvino que uma vitória da proposta por ele subscrita seria amplificada pelo Deputado Paulo Estevão que disputa com o PS o mesmo espaço eleitoral (no Corvo não há ideologias).
Foi por manobras eleitoralistas que a proposta foi elaborada e admitida a discussão, foi também, um pouco, por uma questão dessa natureza que ela caiu.
Mais vitórias.
A sorte de varas é um erro da humanidade, só uma cultura “ bárbara” lato senso, mantém tais práticas. Seria um enorme retrocesso civilizacional voltar a 1928, aos piores tempos da nossa história comtemporânea. Assim, venceu mais vez, o humanismo, a urbanidade a dinâmica da cultura humanistica que nos ensina a despresar o tempo e o dinheiro que gastamos com ela.
Uma vitória de Cesar.
O Chumbo da proposta de legalização da sorte de varas é, para além de uma vitória da Democracia, a primeira grande vitória parlamentar de Cesar depois de 2000. Na verdade, foi a primeira vez que Cesar ganhou alguma coisa na ALRA sem recorrer à disciplina partidária. Cesar, como grande politico que é, arriscou tudo e quase sofreu uma enorme derrota a um mês de eleições. Contudo, o seu faro político permitiu-lhe mais esta grande vitória.
Ganharam, também, o bom-senso e acima de tudo a democracia.
12 de maio de 2009
O blogue feito por outros.
Gaiolas à beira-mar...
Estes hotéis, quase todos iguais, vão, infelizmente, invadindo os nossos litorais, escondendo uma grande diversidade de cenários muito mais ricos e característicos das regiões onde se inserem. Será que o turismo nos tem de fazer pagar esse preço?
Fotografia e texto de de Nicolau Wallenstein no site da AFAA.
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Merecemos políticos melhores.
Atenção Srs. Deputados Regionais!
Neste caso particular da Sorte de Varas e tendo em conta os votos que já estão contados, abester-se é o mesmo que votar a favor. Ao menos, uma vez na vida, assumam uma consequência.
In concreto, contra a sorte de varas.
Um movimento In Concreto ao qual o Foguetabraze, obviamente, se associa.
11 de maio de 2009
E o Magalhães pá?
Era assim como que aquela coisa imprescindível e que ia chegar até à Primavera a todas as Escolas do País. Pelo visto, nos Açores, não faz falta o Magalhães.
A malta aqui também tem direitos. Há muita gente à espera do portátil para o vender no mercado negro, isso aqui também é Portugal, o Pais não acaba na Serafina ou na Belavista, vai, pelo menos, até Rabo-de-Peixe.
A malta aqui também tem direitos. Há muita gente à espera do portátil para o vender no mercado negro, isso aqui também é Portugal, o Pais não acaba na Serafina ou na Belavista, vai, pelo menos, até Rabo-de-Peixe.
10 de maio de 2009
8 de maio de 2009
Eu ando a dizer a mesma coisa há anos.
Via 31 da Armada chego às palavras da patroa dos pequenos e médios patrões dessa União Europeia que nos impôe garrotes e entraves. "Tina Sommer, presidente da European Small Business Alliance (SBA) - que reúne várias associações de Pequenas e Médias Empresas europeias, entre elas as portuguesas - queixou-se do impacte negativo que o excesso de regulamentação europeia tem na actividade das pequenas e médias empresas. Diz Tina Sommer que não se trata tanto desta ou daquela legislação específica, mas de uma tendência europeia para legislar e regulamentar muito".
Aos mais atentos a este blogue, eu pergunto: Há quanto tempo eu ando a dizer isto mesmo embora por outras palavras?
Na União Europeia, como na maioria dos Estados-Membros, o discurso de preocupação com as PMEs é bem diferente da prática dos governos em relação a essas mesmas empresas. Ainda recentemente, em Portugal, o Governo infligiu rudes golpes fiscais nas PMEs e nos trabalhadores independentes, gente que cria o seu próprio posto de trabalho sem garantias de reforma decentes e de assistência na doença. Gente que faz pela vida e pelo país foi sacrificada em sede de IRS e foi “perseguida” pelos agentes da Direcção Geral dos Impostos.
As PMEs viram, por via da regulação, o acesso ao crédito dificultado.
Os pequenos empresários do sector primário que requer modernização, estão a ter enormes problemas com acesso às verbas do novo Quadro de Referência Estratégica, porque as regras para o recurso ao financiamento foram alargadas e burocratizadas de tal forma que os próprios agentes da administração pública (Inga, IFAP, Direcções Regionais, outros Institutos públicos) ainda estão a receber formação quando o quadro já deveria estar a funcionar há quase 3 anos.
Há um sem-número de constrangimentos ao investimento e à actividade económica a que levariam meses a enumerar. De nada vale o discurso se a prática em inversa e idêntica aos anos passados. Com as mesmas práticas só se podem esperar os mesmos resultados, ou seja o desastre económico e consequentemente social em que o País se encontra.
Na União Europeia, como na maioria dos Estados-Membros, o discurso de preocupação com as PMEs é bem diferente da prática dos governos em relação a essas mesmas empresas. Ainda recentemente, em Portugal, o Governo infligiu rudes golpes fiscais nas PMEs e nos trabalhadores independentes, gente que cria o seu próprio posto de trabalho sem garantias de reforma decentes e de assistência na doença. Gente que faz pela vida e pelo país foi sacrificada em sede de IRS e foi “perseguida” pelos agentes da Direcção Geral dos Impostos.
As PMEs viram, por via da regulação, o acesso ao crédito dificultado.
Os pequenos empresários do sector primário que requer modernização, estão a ter enormes problemas com acesso às verbas do novo Quadro de Referência Estratégica, porque as regras para o recurso ao financiamento foram alargadas e burocratizadas de tal forma que os próprios agentes da administração pública (Inga, IFAP, Direcções Regionais, outros Institutos públicos) ainda estão a receber formação quando o quadro já deveria estar a funcionar há quase 3 anos.
Há um sem-número de constrangimentos ao investimento e à actividade económica a que levariam meses a enumerar. De nada vale o discurso se a prática em inversa e idêntica aos anos passados. Com as mesmas práticas só se podem esperar os mesmos resultados, ou seja o desastre económico e consequentemente social em que o País se encontra.
7 de maio de 2009
A/C dos Senhores Deputados Regionais.
Imperdivel a leitura integral deste texto do Pedro Soares de Albergaria no Sine Die sobre a sorte de Varas.
"Sorte (?) de Varas"
Parece que o glorioso Parlamento da minha terra se prepara para aprovar a, assim ironicamente apodada, “sorte de varas”. Antes de entrar mais propriamente sobre o tema devo deixar claro que não sou “activista” pelos “direitos” dos animais, nem um fundamentalista contra a caça ou a pesca (que aliás pratico) ou até mesmo (apesar de não apreciar) contra a tourada tal como é praticada ainda por esse Portugal fora. Algumas dessas actividades, como a caça e a pesca, não são meras “tradições”, mas estão antes (a sua prática) profundamente inscritas no etograma humano e, ao menos, está-lhes associado um fim muito específico e comum a todos quanto têm estômago: a gastronomia. A mais disso, como um dia escreveu um dos mais ilustres defensores da caça e das touradas (Ortega y Gasset), num famoso livrinho sobre o tema, tais actividades serão um modo de cada um de nós “tirar férias da Humanidade”.Não me proponho, como é mais do que óbvio, terçar argumentos com o ilustre filósofo, mas penso ser bizarra e a mais disso extemporânea a pretensão de uns quantos que pretendem agora voltar à “tradição” da “sorte” (?) de varas e tudo quanto de grotesco e bárbaro (e supérfluo) representa como “espectáculo”. Tal como se não me afiguraria próprio proibir sem mais as tradições (como as touradas) por decreto (porque até certo ponto as tradições são para respeitar e devem definhar – como é o caso da tourada portuguesa – e morrer por si), também não se devem impor por portaria, sobretudo quando representam, quer se queira quer não (e não obstante a retórica semi-metafísica dos aficionados) um retrocesso civilizacional. É precisamente essa subtil distinção entre a manutenção de uma tradição civilizacionalmente questionável (como a actual tourada portuguesa, que pode ter por si várias e distintas razões, até de pacificação social) e um retrocesso civilizacional (como é o caso da "sorte" de varas) que os próceres da coisa não entendem.Mas se cavarmos um pouco mais as razões desse aparentemente súbito apego às “tradições”, veremos que não se trata de apego nenhum e o que quer que seja não é, antes pelo contrário, súbito. Então, o que fará “correr” esta troika substancialmente composta de socialistas e social-democratas, aqueles que têm o poder de no Parlamento açoriano aprovarem uma tal lei, celerada e extemporânea? O que moverá tal mole de base alegadamente progressista a patrocinar uma actividade que mais não é do que a reminiscência de uma sociedade de cavaleiros e escudeiros, de uma sociedade hierarquizada, altamente conservadora e elitista? A resposta é simples: o receio de perderem os votos da única ilha açoriana onde a tourada tem presença secular e substancialmente estabelecida e uma afronta da República cometida há uns anos. Focar-me-ei neste útlimo aspecto.A ferida abriu-se com um acórdão do Tribunal Constitucional prolatado em 2002, que considerou não ser do “interesse específico” da Região Autónoma dos Açores, para efeitos da norma constitucional pertinente, a derrogação, por normativo regional, da lei que interdita em geral a “sorte de varas”. Perante a inconstitucionalidade e a subsequente teimosia do Parlamento Regional, o Ministro da República da altura terá procedido ao chamado “veto de gaveta” – e a questão morreu por uns anos. Morreu a questão, mas não o ressaibo suscitado pela afronta. E é assim que no novíssimo e a outros títulos turbulento Estatuto Político-Administrativo da RAA, aprovado pela L 2/2009, de 12/1, a Região passa a ter competência legislativa em matéria de “touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações” (artigo 63.º/2/e), uma norma que quanto a mim tem o toque evidente de com ela se pretender tirar desforço da afronta referida. Ora, concordo que o “veto de gaveta” não seja daqueles instrumentos que se possa paradigmaticamente acolher sob o pálio da transparência democrática. Mas a um mal não se deve opor outro. E de qualquer modo um diploma tão importante como o Novo Estatuto Político-Administrativo da RAA merecia uma estreia bem mais nobre da que alguns marialvas parecem querer obsequiar-lhe; e o conceito de “interesse específico” das Regiões Autónomas, constitucionalmente sancionado, merecia ser corporizado em algo bem mais substancial e digno do que com a imagem de uma vara espetada nos lombos de um boi.
Parece que o glorioso Parlamento da minha terra se prepara para aprovar a, assim ironicamente apodada, “sorte de varas”. Antes de entrar mais propriamente sobre o tema devo deixar claro que não sou “activista” pelos “direitos” dos animais, nem um fundamentalista contra a caça ou a pesca (que aliás pratico) ou até mesmo (apesar de não apreciar) contra a tourada tal como é praticada ainda por esse Portugal fora. Algumas dessas actividades, como a caça e a pesca, não são meras “tradições”, mas estão antes (a sua prática) profundamente inscritas no etograma humano e, ao menos, está-lhes associado um fim muito específico e comum a todos quanto têm estômago: a gastronomia. A mais disso, como um dia escreveu um dos mais ilustres defensores da caça e das touradas (Ortega y Gasset), num famoso livrinho sobre o tema, tais actividades serão um modo de cada um de nós “tirar férias da Humanidade”.Não me proponho, como é mais do que óbvio, terçar argumentos com o ilustre filósofo, mas penso ser bizarra e a mais disso extemporânea a pretensão de uns quantos que pretendem agora voltar à “tradição” da “sorte” (?) de varas e tudo quanto de grotesco e bárbaro (e supérfluo) representa como “espectáculo”. Tal como se não me afiguraria próprio proibir sem mais as tradições (como as touradas) por decreto (porque até certo ponto as tradições são para respeitar e devem definhar – como é o caso da tourada portuguesa – e morrer por si), também não se devem impor por portaria, sobretudo quando representam, quer se queira quer não (e não obstante a retórica semi-metafísica dos aficionados) um retrocesso civilizacional. É precisamente essa subtil distinção entre a manutenção de uma tradição civilizacionalmente questionável (como a actual tourada portuguesa, que pode ter por si várias e distintas razões, até de pacificação social) e um retrocesso civilizacional (como é o caso da "sorte" de varas) que os próceres da coisa não entendem.Mas se cavarmos um pouco mais as razões desse aparentemente súbito apego às “tradições”, veremos que não se trata de apego nenhum e o que quer que seja não é, antes pelo contrário, súbito. Então, o que fará “correr” esta troika substancialmente composta de socialistas e social-democratas, aqueles que têm o poder de no Parlamento açoriano aprovarem uma tal lei, celerada e extemporânea? O que moverá tal mole de base alegadamente progressista a patrocinar uma actividade que mais não é do que a reminiscência de uma sociedade de cavaleiros e escudeiros, de uma sociedade hierarquizada, altamente conservadora e elitista? A resposta é simples: o receio de perderem os votos da única ilha açoriana onde a tourada tem presença secular e substancialmente estabelecida e uma afronta da República cometida há uns anos. Focar-me-ei neste útlimo aspecto.A ferida abriu-se com um acórdão do Tribunal Constitucional prolatado em 2002, que considerou não ser do “interesse específico” da Região Autónoma dos Açores, para efeitos da norma constitucional pertinente, a derrogação, por normativo regional, da lei que interdita em geral a “sorte de varas”. Perante a inconstitucionalidade e a subsequente teimosia do Parlamento Regional, o Ministro da República da altura terá procedido ao chamado “veto de gaveta” – e a questão morreu por uns anos. Morreu a questão, mas não o ressaibo suscitado pela afronta. E é assim que no novíssimo e a outros títulos turbulento Estatuto Político-Administrativo da RAA, aprovado pela L 2/2009, de 12/1, a Região passa a ter competência legislativa em matéria de “touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações” (artigo 63.º/2/e), uma norma que quanto a mim tem o toque evidente de com ela se pretender tirar desforço da afronta referida. Ora, concordo que o “veto de gaveta” não seja daqueles instrumentos que se possa paradigmaticamente acolher sob o pálio da transparência democrática. Mas a um mal não se deve opor outro. E de qualquer modo um diploma tão importante como o Novo Estatuto Político-Administrativo da RAA merecia uma estreia bem mais nobre da que alguns marialvas parecem querer obsequiar-lhe; e o conceito de “interesse específico” das Regiões Autónomas, constitucionalmente sancionado, merecia ser corporizado em algo bem mais substancial e digno do que com a imagem de uma vara espetada nos lombos de um boi.
6 de maio de 2009
Liberalismo e economia liberal, onde?
A liberdade é o valor moral primeiro na vida em comunidade e é “fonte e condição da maioria dos outros valores morais”. Até mesmo os socialistas soviéticos que existem fora da EX-URSS, clamam pelos valores da liberdade. Ora então, porque razão deverá ser coarctada essa liberdade à actividade económica?
Uma boa maquia de defensores daquilo que hoje se chama “Estatismo” anda a tentar convencer a humanidade de que a actual crise financeira e económica é pura responsabilidade do capitalismo e do neo-liberalismo. Erro e mentira colossais.
Com excepção para o Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Estados Unidos, quase todas as outras grandes e pequenas economias são altamente reguladas, regulamentadas e intervencionadas muito para além do que devem ser “Os limites para a acção do Estado”.
No caso Português, a crise é, acima de tudo de regime, e de excesso da presença do Estado na vida pública e nas empresas. A crise financeira decorre, ao invés do que tem sido repetido, do excesso de regulação e de um aperto da carga fiscal desadequado ao crescimento económico. Tudo isso em nome do pacto de estabilidade e crescimento e de uma falsa ideia de combate à fraude e evasão fiscais.
A crise económica decorre da falência do sector empresarial de pequena e média dimensão ao qual os reguladores impuseram garrotes ao crescimento, regras de qualidade inexequíveis, e que apenas serviram as empresas de certificação (tudo a fingir desde que se pague a factura), o regulador financeiro (Banco de Portugal) impôs garrotes ao endividamento ( ler acordos de Basileia e restrição ao crédito ainda em vigor embora o governo anuncie medidas financeiras de apoio elas não são possíveis por regulação do próprio Banco de Portugal) de tal ordem que o crescimento e a inovação não foram mais possíveis. De pouco ou nada serve os Governos falarem de “empreendedorismo”, inovação e novas tecnologias se por outro lado há enormes constrangimentos criados às empresas pelos serviços públicos que têm que autorizar, fiscalizar, certificar todo e qualquer investimento que se queira fazer.
A economia Portuguesa e o regime político em Portugal, não são e nunca foram liberais. Há gente que, de tão cega, até parece ignorante. Vivemos num dos piores regimes intervencionistas e reguladores, nós, empresários, somos escravos do estado, somos servis cobradores das finanças em sede de Segurança Social, IVA e IRS e agentes do serviço nacional de estatística.
Isso foi o que 30 anos de socialismo do bloco central conseguiram fazer de Portugal, um País onde o Povo suspira pelo ditador desaparecido.
Depois queixem-se se o Louçã chegar ao Governo.
Uma boa maquia de defensores daquilo que hoje se chama “Estatismo” anda a tentar convencer a humanidade de que a actual crise financeira e económica é pura responsabilidade do capitalismo e do neo-liberalismo. Erro e mentira colossais.
Com excepção para o Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Estados Unidos, quase todas as outras grandes e pequenas economias são altamente reguladas, regulamentadas e intervencionadas muito para além do que devem ser “Os limites para a acção do Estado”.
No caso Português, a crise é, acima de tudo de regime, e de excesso da presença do Estado na vida pública e nas empresas. A crise financeira decorre, ao invés do que tem sido repetido, do excesso de regulação e de um aperto da carga fiscal desadequado ao crescimento económico. Tudo isso em nome do pacto de estabilidade e crescimento e de uma falsa ideia de combate à fraude e evasão fiscais.
A crise económica decorre da falência do sector empresarial de pequena e média dimensão ao qual os reguladores impuseram garrotes ao crescimento, regras de qualidade inexequíveis, e que apenas serviram as empresas de certificação (tudo a fingir desde que se pague a factura), o regulador financeiro (Banco de Portugal) impôs garrotes ao endividamento ( ler acordos de Basileia e restrição ao crédito ainda em vigor embora o governo anuncie medidas financeiras de apoio elas não são possíveis por regulação do próprio Banco de Portugal) de tal ordem que o crescimento e a inovação não foram mais possíveis. De pouco ou nada serve os Governos falarem de “empreendedorismo”, inovação e novas tecnologias se por outro lado há enormes constrangimentos criados às empresas pelos serviços públicos que têm que autorizar, fiscalizar, certificar todo e qualquer investimento que se queira fazer.
A economia Portuguesa e o regime político em Portugal, não são e nunca foram liberais. Há gente que, de tão cega, até parece ignorante. Vivemos num dos piores regimes intervencionistas e reguladores, nós, empresários, somos escravos do estado, somos servis cobradores das finanças em sede de Segurança Social, IVA e IRS e agentes do serviço nacional de estatística.
Isso foi o que 30 anos de socialismo do bloco central conseguiram fazer de Portugal, um País onde o Povo suspira pelo ditador desaparecido.
Depois queixem-se se o Louçã chegar ao Governo.
Eu cá já tenho carta de chamada.
4 de maio de 2009
3 de maio de 2009
2 de maio de 2009
E metê-los às varas?
A simples discussão da legalização, nos Açores, da Sorte de Varas, também conhecida como corrida picada, representa, já em si, um retrocesso civilizacional.
Lamentavelmente, é na cidade património Mundial, Angra do Heroísmo, que nasce em pleno Século XXI, esse movimento retrógrado que pretende lançar a sorte de varas nos Açores.
Os auto-proclamados Capital Açoriana da Cultura, da tolerância, do progressismo do Humanismo e da modernidade, fazem-nos, assim, recuar a 1928, quando a Ditadura Nacional (1926-1933) decidiu proibir a sorte-de-varas e os toiros-de-morte. Afinal quem é o bota-de-elástico.
A discussão da sorte de varas, nos Açores, não é uma questão Regional muito menos local como já li por aí, é uma questão da Humanidade.
Lamentavelmente, é na cidade património Mundial, Angra do Heroísmo, que nasce em pleno Século XXI, esse movimento retrógrado que pretende lançar a sorte de varas nos Açores.
Os auto-proclamados Capital Açoriana da Cultura, da tolerância, do progressismo do Humanismo e da modernidade, fazem-nos, assim, recuar a 1928, quando a Ditadura Nacional (1926-1933) decidiu proibir a sorte-de-varas e os toiros-de-morte. Afinal quem é o bota-de-elástico.
A discussão da sorte de varas, nos Açores, não é uma questão Regional muito menos local como já li por aí, é uma questão da Humanidade.
Não deveríamos sequer estar a discutir a legalização dessa barbárie entre nós mas sim, a movimentar-mo-nos para acabar com essas práticas no resto da Europa, pelo menos.
O Ram-Ram engraxador e o desencanto do Daniel
O Daniel, um socialista de primeira água, convicto, praticante, é, talvez, um dos mais desapontados com este novo "xuxialismo" que tomou conta dos estados providência da contemporaneidade. Trasnformaram gente honesta e com auto-estima e pedintes oficiais.
“Se fosse hoje, o Ram-Ram talvez não trabalhasse. Uma qualquer assistente social facilmente lhe concederia uma pensão de invalidez ou coisa parecida. Mas o Ram-Ram ganhava a vida honestamente como engraxador”.
É assim que homens como o Daniel se sentem espoliados.
“Se fosse hoje, o Ram-Ram talvez não trabalhasse. Uma qualquer assistente social facilmente lhe concederia uma pensão de invalidez ou coisa parecida. Mas o Ram-Ram ganhava a vida honestamente como engraxador”.
É assim que homens como o Daniel se sentem espoliados.
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