...a campanha "Blogosferica" contra o cais de cruzeiros em Ponta Delgada. No PariPassu e nos comments deste vosso Foguetabraze, foram lançados os primeiros arremessos da blogosfera contra tal aberração.
Ao contrário dos fundamentalistas do ambiente e das preocupações estéticas que também tenho, acrescento preocupações de ordem técnica.
Na verdade, Ponta Delgada tem um Porto que, por obra da diplomacia portuguesa e graças à Segunda Grande Guerra, obteve a sua configuração actual durante o Estado Novo. Foi obra feita com sentido de oportunidade e visão de longo prazo, coisa que vai escasseando por estas paragens.
O Porto de Ponta Delgada está a rebentar pelas costuras e só quem não o utiliza diariamente, como eu, pode ter uma ideia contrária a esta. Contudo, não é aliviando os navios de cruzeiro e os de passageiros inter-ilhas que se torna o Porto menos congestionado. A cidade necessita, há muito, de um terminal de granéis, ou seja um segundo porto que permita efectuar a descarga de cereais e combustíveis para aliviar a actual estrutura. Assim sendo, a actual zona de molhe Salazar, até à chamada cortada (dente que fica sensivelmente a meio do porto) poderia ficar livre para a atracagem e operação dos navios de passageiros. A tal gare marítima que se apregoa tão necessária ficaria localizada no actual edifício da alfândega e dos serviços portuários, bonito e degradado exemplar de arquitectura do Estado Novo. A Poente, na zona da antiga torre de pilotos, seria construído um edifício de raiz para acomodar os serviços portuários e criada uma zona para venda ou aluguer às empresas ligadas à actividade portuária.
Todas estas são ideias que, desde 1990, venho transmitindo às sucessivas administrações portuárias. Penso que não haverá um único operador que vá de encontro elas, pelo contrário irão, certamente, ao seu encontro.
Continua?
Ao contrário dos fundamentalistas do ambiente e das preocupações estéticas que também tenho, acrescento preocupações de ordem técnica.
Na verdade, Ponta Delgada tem um Porto que, por obra da diplomacia portuguesa e graças à Segunda Grande Guerra, obteve a sua configuração actual durante o Estado Novo. Foi obra feita com sentido de oportunidade e visão de longo prazo, coisa que vai escasseando por estas paragens.
O Porto de Ponta Delgada está a rebentar pelas costuras e só quem não o utiliza diariamente, como eu, pode ter uma ideia contrária a esta. Contudo, não é aliviando os navios de cruzeiro e os de passageiros inter-ilhas que se torna o Porto menos congestionado. A cidade necessita, há muito, de um terminal de granéis, ou seja um segundo porto que permita efectuar a descarga de cereais e combustíveis para aliviar a actual estrutura. Assim sendo, a actual zona de molhe Salazar, até à chamada cortada (dente que fica sensivelmente a meio do porto) poderia ficar livre para a atracagem e operação dos navios de passageiros. A tal gare marítima que se apregoa tão necessária ficaria localizada no actual edifício da alfândega e dos serviços portuários, bonito e degradado exemplar de arquitectura do Estado Novo. A Poente, na zona da antiga torre de pilotos, seria construído um edifício de raiz para acomodar os serviços portuários e criada uma zona para venda ou aluguer às empresas ligadas à actividade portuária.
Todas estas são ideias que, desde 1990, venho transmitindo às sucessivas administrações portuárias. Penso que não haverá um único operador que vá de encontro elas, pelo contrário irão, certamente, ao seu encontro.
Continua?
Sem comentários:
Enviar um comentário