23 de junho de 2005

Greve terrorista abortada

O Direito à Greve é um dos direitos intocáveis de entre quase todos os conquistados em Novembro de 1975. Contudo, há direitos e direitos e há greves e greves. Da mesma forma que classifiquei de terrorista a greve prevista para o inicio do Euro 2004 de terrorista, não posso deixar de dizer o mesmo desta dos Professores marcada para o dia dos exames do 12ºano. Convocar greves para estes dias não é exercer o direito à greve é terrorismo.
Só não entendo é aquela interpretação de Álamo de Menezes (um dos melhores senão o melhor Secretário da Educação desde sempre) de acatar a decisão do Tribunal administrativo de Lisboa e não acatar a decisão do Tribunal administrativo de Ponta Delgada. Quer dizer, eu fui apanhado em excesso de velocidade em Ponta Delgada e levo com uma pena de 45 dias de suspensão de carta, em contraponto a minha prima em Lisboa pela mesma infracção leva só 30 dias de suspensão e eu acato a decisão do Juiz de Lisboa que dá mais jeito do que acatar a do Juiz de Ponta Delgada.
Bem hajam os Professores que, não obstante serem uma das carreiras técnicas mais mal pagas em Portugal, cumpriram os serviços mínimos para garantir que os alunos faziam os seus exames, desrespeitando assim as directivas radicais dos seus respectivos sindicatos e dignificando, mais uma vez, a sua nobilíssima profissão.
Façam greve já a seguir aos exames, lutem pelas V. carreiras e pela garantia de que não perdem direitos adquiridos, mas não o façam irresponsavelmente como pretendem alguns sindicatos afectos às forças da esquerda radical.

Só mais uma nota para Álamo de Menezes. Não percebi qual a intenção de dizer que esta greve nada tem a ver com o governo dos Açores limpando as mãos, qual Pilatos, sobre as decisões do Governo da República, as tais decisões que se consideram importantes para o País. É muito querer lavar as mãos é muito querer sair ileso de um processo.

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