Malassadas, coscorões, bailes e
bailinhos, fantasias e costumes, máscaras e desmascarados, mais ou menos
formais mais ou menos regados com cargas etílicas, as tradições carnavalescas
do Povo Açoriano vão se mantendo um pouco por todo o lado. Carnaval é na Terceira,
dizem uns, outros que é na Graciosa, alguns dizem que é em São Miguel e outros
ainda acham que só no faial é que se comemora condignamente o caminho para a
Quaresma, já que no Pico a grande tradição é a matança do porco na quarta-feira
de cinzas. Certo é que em todas as ilhas dos Açores há uma tradição diferente e
é isso que faz de nós um Povo singular, um Povo que vive as mesmas festas de
modo diferente e não há uma única forma comum a todas as ilhas, fruto do
isolamento enorme que viveram até há bem pouco tempo. “Guerrear” com limas
cheias de água foi uma tradição decorrente de uma batalha de flores que hoje se
faz, maioritariamente, com sacos de plástico e balões, tudo muito mais
ecológico do que andar a colher flores para atirar uns aos outros, goste-se ou
não, a batalha é uma tradição.
In jornal Açoriano Oriental edição de 25 de Fevereiro de 2020
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