Edição nº 20 da terceira série do programa 2 margens, na Açores-TSF, 2020.02.27
https://www.acorianooriental.pt/files/multimedia/podcasts/50_Duas_Margens/14238.mp3?fbclid=IwAR0zQUKjqKtNJPhU51K4iGRyGOHJSGw2uTb0JD03hEM9eMgN2qm_xvGAPWc
27 de fevereiro de 2020
Entrudo
Malassadas, coscorões, bailes e
bailinhos, fantasias e costumes, máscaras e desmascarados, mais ou menos
formais mais ou menos regados com cargas etílicas, as tradições carnavalescas
do Povo Açoriano vão se mantendo um pouco por todo o lado. Carnaval é na Terceira,
dizem uns, outros que é na Graciosa, alguns dizem que é em São Miguel e outros
ainda acham que só no faial é que se comemora condignamente o caminho para a
Quaresma, já que no Pico a grande tradição é a matança do porco na quarta-feira
de cinzas. Certo é que em todas as ilhas dos Açores há uma tradição diferente e
é isso que faz de nós um Povo singular, um Povo que vive as mesmas festas de
modo diferente e não há uma única forma comum a todas as ilhas, fruto do
isolamento enorme que viveram até há bem pouco tempo. “Guerrear” com limas
cheias de água foi uma tradição decorrente de uma batalha de flores que hoje se
faz, maioritariamente, com sacos de plástico e balões, tudo muito mais
ecológico do que andar a colher flores para atirar uns aos outros, goste-se ou
não, a batalha é uma tradição.
In jornal Açoriano Oriental edição de 25 de Fevereiro de 2020
19 de fevereiro de 2020
Matar Fascistas
Na sinopse de uma peça de Teatro levada à cena no Nacional
D.MariaII, ou sejas, paga pelos impostos de nós todos e de alguns outros
cidadãos da União Europeia, pode ler-se uma espécie de incitamento ao ódio que
para lá de lamentável chega a ser criminoso. “Há lugar para a violência na luta por um mundo
melhor? Esta família mata fascistas. É uma tradição com mais de 70 anos que
cada membro da família sempre seguiu. Hoje, reúnem-se numa casa no campo, no
Sul de Portugal, perto da aldeia de Baleizão. A mais jovem da família,
Catarina, vai matar o seu primeiro fascista, raptado de propósito para o efeito.”
É claro que há lugar à violência na luta por um mundo melhor, está nos livros e
até em artigos publicados pelo autor desta crónica e citados internacionalmente,
o que não há lugar, pelo menos por hora, é a este tipo de incitamento à
violência encapotado em cultura e sob o manto da liberdade de expressão. Este
tipo de atividade constitui, de acordo com o código penal em vigor, crime
punível de 6 meses a 8 anos de prisão. Onde anda o Ministério Público?
In Jornal Açoriano Oriental, edição de 18 de Fevereiro de 2020
12 de fevereiro de 2020
Trumpalhada
Bem ao seu jeito mediático e
exibicionista Donald Trump fez, na semana passada, aquilo a que se pode chamar
uma mutação do tradicional discurso do Estado da União num espectáculo de
variedades. Provocou o Regime de Maduro & Friends, mandou recados para
dentro do seu Partido, apelou à participação dos Americanos na mudança,
desafiou os democratas e ainda conseguiu fazer com que Nancy Pelosi cometesse
um dos mais infantis erros que alguém na sua posição poderia cometer, rasgar um
discurso em frente às câmaras, em direto, e enquanto o Presidente ainda o
proferia e depois de ter aplaudido de pé algumas das suas intervenções. Este
episódio e o acumular de erros que os Democratas têm vindo a cometer desde a
eleição de Tump em 2016, fizeram com que o Presidente atingisse os níveis mais
altos de popularidade desde a sua investidura. Com o desemprego mais baixo dos
últimos 50 anos e a economia a crescer como não se registava desde 1995, Trump
tem a linha aberta para a reeleição para o seu segundo mandato. Do outro lado, Bernie
Sanders e Elizabeth Warren ainda não
perceberam “Porque não houve socialismo na América”.
In jornal Açoriano Oriental edição de 11 de Fevereiro de 2020
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