...
o CDS-PP, acusado que está de conluio com o PSD e de estar
oportunisticamente no governo, deveria
deixar a coligação e abster-se na votação do orçamento de Estado para 2013. Deixava
a “batata quente” nas mãos do Partido Socialista e demarcava-se de Passos
Coelho e Vítor Gaspar. Isso sim era seria uma atitude oportunista de Paulo Portas. Este
povo já provou que não quer fazer sacrifícios. Não me admirava nada se
voltassem a votar no Sócrates, não chegamos (nós país)lá dessa maneira.
16 de outubro de 2012
15 de outubro de 2012
No rescaldo da eleições...
... de ontem
e tal como tive oportunidade de dizer aos microfones da TSF-Açores, 14 de Outubro foi dia de festa. A festa da democracia, o dia
em que, no escondidinho de um biombo podemos fazer uma cruzinha anónima e assim
escolher livremente quem nos irá representar. Longe de medos atávicos de
pressões dos chefes e de todos esses mitos com que muitas vezes a democracia é
agitada. A Liberdade é, tal como outras coisas, um bem escasso e o qual apenas
valorizamos quando a perdemos.
Ontem usei a mais poderosa arma
que um cidadão pode usar, o voto. Perdi.
Nesta hora de balanços, há que
dar os parabéns a Carlos César, o obreiro do PS-Açores, o timoneiro que até na
forma como projetou e liderou a sua sucessão foi exemplar quer na tática quer na
estratégia. Ganhou e de que maneira.
Até mesmo na hora de receber os
louros, César soube ser humilde e dizer que esta era a hora de Vasco Cordeiro e
que era a ele que os Açorianos tinham que ouvir.
Esta vitória dom PS, porém, não
seria possível sem a serenidade e a competência e combatividade de Vasco
Cordeiro. É difícil ser líder depois de
uma figura tão carismática como Carlos César, Vasco Cordeiro soube sê-lo e o PS
construído à imagem de César soube estar ao lado do seu novo candidato.
O PSD, bem pode procurar um novo
líder. Duarte Freitas quem sabe? Mas,
enquanto não se refundar não passará de um triturador de boas soluções, como
já fez com Vítor Cruz e agora com Berta Cabral, a última esperança que aquele
partido tinha para sair da longa noite de trevas em que se encontra. Berta
Cabral tinha, há dois anos, tudo para garantir uma vitória nestas eleições. Aos
poucos, o PSD foi “torrando” o potencial
da sua líder e essa foi deixando-se “torrar” pelos mesmos de sempre e que,
provavelmente, se aprontam para estar ao lado do próximo líder.
O Partido Socialista abriu-se à
sociedade. O PSD acantonou-se nos excelentes resultados de 1992 e deixou-se
adormecer.
O CDS voltou a ser o Partido da
Terceira.
10 de outubro de 2012
É só vê-los passar.
Grande movimento maritimo à volta das nossas Ilhas hoje
por volta da 15horas. É só ver o que podemos estar a perder no sector a que se usou chamar “economia do mar”.
Muita gente fala (na verdade
papagueia) desse negócio, há até quem ganhe a vida falando disso, mas poucos têm
os meios e sabem o que fazer para entrar nesse mundo.
O posicionamento geoestratégico
dos Açores tem sido sempre motivo de estudo no âmbito do acordo de cooperação
com os Estados Unidos da América, ou seja do ponto de vista da estratégia militar
e quase nada no que concerne à estratégia económica.
Diga-se que, de facto, militarmente,
digam o que disserem os americanos, os Açores são um ponto de apoio importantíssimo
no Atlântico norte. Não tenhamos dúvidas, se assim não fosse eles já cá não
estavam.
Na verdade, ao longo dos séculos,
o posicionamento geoestratégico dos Açores só foi valorizado militarmente no século
XX. Até então a sua importância era económica. Desde o controlo do comércio das
naus da Índia, o apoio às frotas que comerciavam entre a Europa e as américas,
culminando no Século XIX com o comércio da laranja.
Na segunda metade do século XX, com
a grande expansão mundial da náutica de recreio, a Horta ganha uma importância estratégia
inigualável para os marinheiros que fazem a rota de “retour” das Caraíbas para a Europa, este continua um sector em
crescimento.
Ainda no decorrer dos anos 50 do
século passado, o arquipélago desempenhou um papel importantíssimo no apoio à
navegação aérea comercial com enormes dividendos para a economia das ilhas.
Hoje, embora tenhamos as
infraestruturas, a exploração desse posicionamento geoestratégico está reduzido
a miseras escalas técnicas de aviões de transporte ou de entrega, e a pequenas
reparações navais em embarcações de grande porte, essencialmente em Ponta
Delgada. Na Horta temos um grande desenvolvimento ao nível do estacionamento a nado de embarcações de recreio, mas falta o resto.
Caso de sucesso é, no entanto, a investigação relacionada com os assuntos do mar, biologia marinha e pescas que é levada a cabo no DOP UAç, faltam no entanto mais resultados práticos desse processo cientifico.
Caso de sucesso é, no entanto, a investigação relacionada com os assuntos do mar, biologia marinha e pescas que é levada a cabo no DOP UAç, faltam no entanto mais resultados práticos desse processo cientifico.
8 de outubro de 2012
14 de Outubro, noite de facas longas.
Nas hostes de PS e PSD,
começam a amolar-se os instrumentos para a grande noite de facas longas.
Neste momento parece-me
que os amoladores estão com mais trabalho entre os militantes do PSD. Cheira-me,
porém, que algumas das facas já amoladas estão já demasiado finas e sem fio de
tanta amoladela que já levaram e de tanta facada que já deram.
Se não for desta que o
PSD-Açores chega ao poder, não haverá facada que valha, vai ter mesmo que ser uma
mortandade geral.
No entanto, se o
descalabro acontecer para os lados do Bairro da Vitória, a gritaria e o
berreiro serão ainda maiores, perder é sempre pior do que não ganhar, se é que
me faço entender.
4 de outubro de 2012
Buscar o caminho para a lilberdade.
Impelido por uma ou duas frases
que ontem escutei da boca do Professor Carlos Amaral, fui buscar ao fundo dos
escaparates este exemplar de O Caminho para a Servidão de Friederich Hayek . Neste
nosso cada vez mais triste e desolado país onde o socialismo do CDS apenas se distingue
do Socialismo do PCP por uma questão de grau e pelo meio ficam os ditos sociais
democratas do PSD e do PS que, nem por
isso, deixam de constituir ameaça às liberdades individuais, vale a pena ler Hayek
para podermos questionar hoje (tal como em 1944, ainda antes do final da II
Grande Guerra, ele o fez) o rumo que
leva este retângulo e a necessidade de refundar-mos a polis e nos libertarmos definitivamente
do fantasma da omnipresença do Estado. Tal como aqui escrevi há alguns meses,
na verdade o Estado moderno, vestefaliano, deixou de ser, assim como que de repente, o garante da segurança e da equidade para se transformar numa espécie de “bando de malfeitores” que, de incapacidade em incapacidade, de incompetência em incompetência, de prepotência em prepotência e de exceção em exceção, vai retirando aos cidadãos esse mesmo estatuto para os transformar em idiotas ( no sentido classico do termo).
Os ideotas, na ntiguidade classica, eram os individuos que não participavam das decisões, não eram, portanto da polis.
Friederich Hayek representa o
expoente máximo do liberalismo (neoliberalismo económico) em meados do século XX e a chamada Escola de Viena, é tão actual que
até chega a assustar e a sua leitura ajuda-nos a perceber o disparate que é quando alguns cidadãos, por ignorância uns, por desonestidade intelectual outros, dizem que os problemas a que chegamos se devem ao neoliberalismo.
É que nós não vivemos qualquer periodo de liberalismo nem mesmo nos reinados de D. Pedro IV e D. Maria II. O liberalismo nunca foi testado em Portugal e como tal, eu liberal convicto, não posso aceitar que culpem essa teoria política e económica da situação em que vivemos.
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