“Os cidadãos são hoje como os servos da gleba de outrora, mas agora sob a forma de contribuintes usurpados. Estão reféns do sistema vigente, que muitos chamam de neoliberalismo, mas que não é novo nem é liberal. É apenas a manutenção do velho feudalismo.”
Paulo Morais no Blasfémias
2 de fevereiro de 2012
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6 comentários:
Os nossos «liberais» são todos funcionários públicos e vivem airosamente à custa dos contribuintes.
A visão redutora da cidadania, interessa a todos os sistemas. O problema e que os servos e' que fazem as revoluções, logo que se acautelem os políticos.
Vejam o que aconteceu ultimamente nos países árabes.
Já o disse que há sempre quem engane e quem se deixe enganar e isso justifica a longevidade das
ditaduras e sistemas corruptos. Mas nada e eterno.
I- Dívida da Madeira Antes das eleições regionais madeirenses, o governo regional apenas referiu que tinha proposto um acordo com a república. Tudo foi feito sem consultar o povo madeirense, como se fosse questão que a ele não dissesse respeito. Após as eleições, Alberto João Jardim disse que tinha feito um acordo a fim de evitar que a Madeira caísse em bancarrota. Este acordo implica o pagamento em 30 anos, o que significa que vigora durante esses anos.( é, as dívidas não se saldam em 10 anos, muito menos em sete meses…). Enquanto Alberto João ia fazendo inaugurações pomposas e distribuindo benesses, o povo aplaudia como quem venerava Alá em reza ritmadamente fervorosa. Ninguém quis saber qual era a relação custo benefício e, perante as críticas, logo vinham os fanáticos a exaltar, em argumentos que agora se mostram falaciosos, que havia grande obra. Do lado dessa escumalha obsessiva , mesmo hoje, depois de tamanho desastre, surgem grandes elogios à dita obra.
II- Dívida dos Açores
Nos Açores, também se está a desenhar um acordo, descrito, com ironia macabra, de “
" acordo de participação dos Açores no esforço de contenção nacional”.
Em abono da “boa” governação, não podiam faltar os chulos, a tecer grandes loas, a repescar insignificâncias e a empolar gaffes dos outros partidos, como se isso alterasse a situação miserável em que nos encontramos - não há-de ser nada.Acaso não dizem que o povo é sábio e soberano?!
Seja como for, a verdade é que aqui também o povo não é tido nem achado, enquanto se vai pregando banha de cobra, referindo que a situação regional é boa, mesmo que isto ceda perante uma simples análise de uma pessoa de normal razoabilidade.
Construiu-se marinas. Portos de pesca em cada esquina, como se o povo tivesse que ter o seu local de trabalho, atrás do seu quintal. Ampliou-se pistas e deram-se facilidades a tudo e a todos, o que fez com que se criasse uma escol de fervorosos oportunistas que nunca se perguntaram qual o sofrimento futuro que tal festança iria trazer aos Açorianos.
Tal como na Madeira, muitas vezes a coisa pública é levada a efeito por gente que nunca teve profissão nem habilidades de gestão, como se a inutilidade os fizesse arrastar para o exercício da nobre causa. A política é , pois, para alguns cuja moral não vai ao ponto de se dedicarem à prostituição, a única forma honesta de providenciarem a sua existência
Lá para depois das eleições, o povo, que nunca foi tido nem achado, ouvirá qualquer coisa como: não há dinheiro. É preciso mais austeridade, como se a culpa fosse de quem tem dignidade para seguir uma luta pura e dura no seu dia a dia, para se sustentar e aos seus filhos.
Já há vários milhares de desempregados - para estes, sem dó nem piedade, o inferno é já aqui!
II- Dívida dos Açores
Nos Açores, também se está a desenhar um acordo, descrito, com ironia macabra, de “
" acordo de participação dos Açores no esforço de contenção nacional”.
Em abono da “boa” governação, não podiam faltar os chulos, a tecer grandes loas, a repescar insignificâncias e a empolar gaffes dos outros partidos, como se isso alterasse a situação miserável em que nos encontramos - não há-de ser nada.Acaso não dizem que o povo é sábio e soberano?!
Seja como for, a verdade é que aqui também o povo não é tido nem achado, enquanto se vai pregando banha de cobra, referindo que a situação regional é boa, mesmo que isto ceda perante uma simples análise de uma pessoa de normal razoabilidade.
Construiu-se marinas. Portos de pesca em cada esquina, como se o povo tivesse que ter o seu local de trabalho, atrás do seu quintal. Ampliou-se pistas e deram-se facilidades a tudo e a todos, o que fez com que se criasse uma escol de fervorosos oportunistas que nunca se perguntaram qual o sofrimento futuro que tal festança iria trazer aos Açorianos.
Tal como na Madeira, muitas vezes a coisa pública é levada a efeito por gente que nunca teve profissão nem habilidades de gestão, como se a inutilidade os fizesse arrastar para o exercício da nobre causa. A política é , pois, para alguns cuja moral não vai ao ponto de se dedicarem à prostituição, a única forma honesta de providenciarem a sua existência
Lá para depois das eleições, o povo, que nunca foi tido nem achado, ouvirá qualquer coisa como: não há dinheiro. É preciso mais austeridade, como se a culpa fosse de quem tem dignidade para seguir uma luta pura e dura no seu dia a dia, para se sustentar e aos seus filhos.
Já há vários milhares de desempregados - para estes, sem dó nem piedade, o inferno é já aqui!
Manifesto contra a servidão...
III- Outros mecanismos de controle e outra democracia
O controle das instituições não pode manter-se no terreno da mera legalidade, como sucede, mas há que introduzir princípios como o da proporcionalidade das despesas (relação custo/benefício - o custo justifica-se face aos ganhos que se vai obter?), da necessidade, entre outros.
Saber se as despesas têm cabimento legal e pouco mais, leva a cair-se nas mãos de lobyes, a ir no discurso eleitoral desastroso, e a comprometer-se, por gerações, todo um povo.
Há que introduzir mecanismos de controle mais aperfeiçoados para que o povo não tenha que comer o pão que o diabo amassou...
Hoje a mera democracia representativa traz consequências dramáticas e os cidadãos que se vêem como pessoas honestas amargam-se só de ouvir falar de política e dá-lhes asco ouvir políticos na sua habitual lenga lenga sofística e, por esta via, demolidora, pois rebenta com os alicerces anímicos e morais de um povo..
A única forma de sair disto é, além dos mecanismos de controle sumariamente referidos, introduzir-se mecanismos de democracia directa...
Um dia, o povo revoltar-se-á de tão oprimido que estará!
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