18 de julho de 2010

A diferença entre os filhos da Mãe e os da Maria da Conceição

No processo de construção do Casino de São Miguel e do Furnas SPA há irregularidades desde a primeira palavra que Duarte Ponte proferiu sobre aquele projecto. Mentiras, omissões, um chorrilho de disparates. Desde logo, o Governo Regional não cumpriu com as recomendações da ALRAA (na altura sem maioria absoluta) sobra a ocupação do solo. Grave medida anti democrática que a ALRA deixou passar (já com maioria absoluta) porque está como a Alemanha perdeu a Guerra, de rabo espetado para o ar ao serviço do Governo. Pode ser que um dia o Povo acorde e seja já tarde. Depois, o Governo Regional teimou (por dívidas de gratidão do PS) adjudicar o empreendimento a dois grupos financeiros (Martins Mota e Paim) que não tinham demonstrado capacidade financeira para tal empreendimento (O Grupo Martins Mota estava já em falência técnica).
Agora, sabe-se que o Governo Regional dos Açores, através da Sociedade Ilha de Valor SA e segundo notícias vindas a público nos últimos dias, injectou (adiantou) à ASTA-atlântico, 12 milhões de euros para acelerar o processo de conclusão do Hotel e Casino da Calheta e do Furnas SPA. É sempre bom lembrar que os projectos financiados por verbas da União e com componente regional têm por lei prazos de execução. O Governo Regional não só não exigiu à ASTA o reembolso dos apoios como a lei obriga como ainda injectou, ilegalmente através de um instrumento terceiro, mais 12 milhões de euros. Ao mesmo tempo, a SRAF/DRACA exige a todos os agricultores que não tenham cumprido os prazos de execução a devolução do montante da ajuda, bem como deixa de pagar algumas ajudas à perca de rendimento por pormenores burocráticos absurdos.
A Agricultura continua a ser o parente Pobre da economia Açoriana, serve apenas para alguns votos e para os políticos se pavonearem nas feiras.
Entretanto, o Grupo Martins Mota vendeu a sua participação na ASTA ao Grupo Ferreira Machado e ficou a saber-se que este não se entende com o Grupo Paim quanto ao valor a pagar pelas suas acções da ASTA. Nem se poderia entender, as referidas acções se forem dadas ainda serão caras, até porque o Governo Regional pode ser obrigado pelo Tribunal de Contas (se esse funcionasse era assim que já tinha acontecido) a exigir o reembolso das ajudas.
A atitude do Grupo Ferreira Machado neste processo é canibalesca, vai adiar o mais possível uma decisão até ao ponto do Grupo Paím estar agonizando por não conseguir suportar o serviço da dívida com o investimento. Nessa altura de agonia, o Ferreira Machado ficará com a quota do Grupo Paím na ASTA e mais algum património valioso que o Grupo da Terceira possa ter, tudo pelo preço da Uva Mijona.

E assim vai a Região onde o desemprego aumentou 27% mas continua abaixo da média nacional, assim justifica César a sua governação como quem diz: OH Sócrates eu estou todo borrado com a “merda” que fiz mas tu ainda estás mais.

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