9 de outubro de 2003

Sem amigos, casa, familia etc.............

Não. Um político não tem amigos, nem família, nem casa, nem vida própria.
Um politico antes de o ser tem tudo isto depois sai de casa para ir viver para centro de decisão porque os amigos o incentivam a entrar na vida pública. Ele decide-se vai. Ai entra a família para logo sair de cena e dar lugar a mais um vazio. No fundo, a família constituía uma espécie de consciência colectiva. Eram os únicos com bom-senso e que sempre lhe iam aconselhando a não se meter na politica.
Mas ele, como sempre, levado por ambições de poder, vaidade, ânsia de aparecer no telejornal, vai. Vai de cabeça. Deixa tudo para traz. Começa por perder os amigos. Ele afinal é um Homem sério e chegando à politica não dá jeitos a amigos. Muito menos a amigos, pode saber-se e acabou a carreira. Depois é a Família que por ele não ir a casa senão de quando em vez o vai esquecendo. Depois a amante ou a namorada que arranja no ministério ou na assembleia ou na no Instituto onde trabalha tira-lhe o tempo todo. Ponto já está já se perdeu tudo. Já lá foi tudo!

Cái em desgraça pública muito embora tenha sempre tido um enorme cuidado em não fazer nada para não errar, quem não faz não erra, logo está sempre bem com todos.
Mas eis senão quando, à espreita, um qualquer repórter sensacionalista faz rebentar a castanha mesmo no meio da sua boca.

Com o tempo tudo se esquece mas já não há família, já não há amigos, já não há casa a vida própria torna-se um inferno sem chamas e sem nada. Vacuo.

A família, normalmente, é a primeira que se recupera. Os amigos arranjam-se outros, a casa depende do rendimento e da "Taxa de juro eurobor" mas também há quem arranje.
Uma coisa é certa promete-se deixar de ser politico.

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