A Assembleia da República, insiste e bem, em
comemorar o 25 de Abril apesar das medidas confinantes do Estado de Emergência.
Com a opinião púbica e publicada dividida, mais para o lado do não do que para
o lado do sim, fica-nos a ideia de que nada disso tem a ver com as verdadeiras
razões sanitárias mas com atavismos que ainda povoam algumas cabeças que
pululam pela nossa deslastrada democracia. Digamos que essa falta de lastro é
fruto de uma certa iliteracia política que o país teima em não ultrapassar. Nem
mesmo nos meios mais politicamente ativos se pode ainda falar de verdadeira
Democracia. Ainda há muito decisor que não leu um único livro de ciência
politica, de filosofia social ou nem sequer os princípios programáticos do
partido onde milita. Afinal o que faz falta é mesmo instruir. Discutir se
devemos ou não comemorar o 25 de Abril é resvalar para o que de pior a politica
tem, apagar memórias. E já agora arrumem definitivamente essa ideia
rocambolesca de adiar eleições. A Democracia não está sitiada, felizmente.
In Jornal Açoriano Oriental, edição de 22 de Abril de 2020
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