11 de setembro de 2019

Dupond e Dupont



Tal como os personagens saídos dos livros de banda desenhada de Hergé  os presidentes das federações Agrícola e das Pescas dos Açores foram a Santana dizer a Vasco Cordeiro que querem mais dinheiro em 2020. Não são gémeos, mas parecem, tal e qual os tais personagens das Aventuras de Tintim. Nestas alturas apelam a mais verbas, mais coisas, mais afazeres mas na hora certa lá estão eles a seguir os seus próprios rastos, a suas lapalissadas costumeiras as suas “boutades” de apoio ao partido da situação. Fingir vale sempre a pena, dessa forma dão a ideia aos seus associados que lutam por eles, que esfregam as mãos nas tetas das vacas como eles ou que empatam anzois e lançam aparelho. Os aparelhos dessa gente são outros, são os aparelhos da vida fácil do “comer na isca e cagar no anzol”. A teta dessa gente é outra, é uma teta muito mais fácil do que aquela à qual andam agarrados, dia após dia, os seus associados. Cada vez mais pobres, agricultores e pescadores, não se podem queixar dos governos que têm tido, pois na verdade têm sido essas classes produtoras o sustento desses mesmos governos.


In jornal Açoriano Oriental edição de 10 de Setembro de 2019

2 comentários:

Açor disse...

Caro Batata.
Independentemente de não obter resposta (e isto não é bonito)não posso deixar de dizer: Boca santa que diz o que tem que ser dito num mundo e numa terra onde o servilismo é maior do que no tempo de Marcelo Caetano e onde é quase um sacrilégio dizer a verdade, uma verdade que se resume a dizer (generalizando)que os escolhidos e eleitos pela democracia esquecem os que os escolherão e os objectivos do seu mandato para se concentrarem no enriquecimento pessoal sem causa, ludibriando quem os escolheu e sem que estes tenham força e engenho para os derrotar e desmascarar.
Parabéns pela verdadeira alma democrata.
Açor

Açor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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