27 de novembro de 2012

Acerca da Liberdade.


Fez-me sempre muita confusão mas começa mesmo a fazer-me urticária a forma como  os portugueses, sejam comentadores, jornalistas, políticos ou até mesmo humoristas usam “bater” nos Deputados e na Assembleia da República como se aquela não fosse a nossa casa, a casa da democracia, o único garante da liberdade.
Ou como disse Rousseau, a utilização que (o Povo) faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los, e só damos o verdadeiro valor às coisas quando as perdemos.

26 de novembro de 2012

Ainda e sempre o 25 de Novembro.

Estava previsto, programado. Os militares de esquerda conseguem sublevar, os Paraquedistas, Polícia Militar, Ralis o COPCON e alguns civis armados.
Estava tudo preparado para consolidar definitivamente uma ditadura de esquerda em Portugal.
Contudo, os militares do chamado Grupo dos Nove de onde se destacou Ernesto Melo Antunes, tinham já preparado um plano de contingência, visando a instalação de uma nova ordem que permitisse prosseguir com a descolonização e administrar calmamente as conquistas de Abril de 1974.
A 25 de Novembro de manhã, há 37 anos, o General Costa Gomes não sabia ainda de que lado estava, se com a esquerda radical se com o grupo dos nove. Para Costa Gomes, o grupo carecia de um “ inequívoco apoio popular”. Mas também não se opôs ao grupo, tomou o lugar do chefe equidistante, do árbitro. A partir das quatro da tarde Costa Gomes decidiu pôr-se do lado do Grupo dos Nove. O Partido Comunista havia retirado o apoio à sublevação.
E assim se cumpriu o grande ideal de Abril. Goste-se ou não, em Portugal, a verdadeira conquista da Liberdade deu-se a 25 de Novembro de 1975 e não a 25 de Abril de 1974.

 

 
Desde que mantenho este blogue, há mais de 9 anos, que relembro o 25 de Novembro. Umas vezes mais do que outras, é verdade mas é sempre bom recordar aquilo que uma certa esquerda pretende apagar dos anais da história de Portugal.

O regime que temos hoje, seja ele ou não do nosso agrado, é o resultado inequívoco das conquistas de 25 de Novembro de 1975 que teve como espoleta o 6 de Junho do mesmo ano ocorrido na Ilha de São Miguel. Seja ou não do agrado de cada um, tenha ou não resultado naquilo que o Povo desejava e deseja, a verdade é que depois de 25 de Novembro de 1975, os nossos governantes são escolhidos por um Parlamento eleito de forma livre, por sufrágio universal e secreto. Se a nossa Democracia está bem lastrada ou não essa é outra questão que pode e deve ser debatida, mas o que é inegável é que o ideal dos que fizeram o 25 de Abril de 1974 só se começou a cumprir a 25 de Novembro de 1975. Basta, para o confirmar, que no decorrer do chamado Verão quente de 75, aqui mesmo nos Açores, foram efetuadas prisões políticas, sem dedução de acusação e sem direito a defesa.
O regime que saído de Abril de 74 em pouco diferia do regime que até então nos havia governado. O Regime que emergiu um Novembro de 75, esse sim, trouxe-nos a Liberdade política, a separação de poderes tão importante na ordem democrática e o Estado de Direito, assim como, para o caso dos Arquipélagos Atlânticos ou Ilhas adjacentes como então eram chamadas, foi o 25 de Novembro que abriu portas à Autonomia Politica e Administrativa.

25 de novembro de 2012

25 de Novembro.

Hoje celebra-se a liberdade neste pobre país. Passa quase despercebido. Pois Alevá!

23 de novembro de 2012

E agora?



Uma medida previsível há mais de 10 anos. É urgente repensar o potencial geoestratégico das nossas Ilhas e alterar o paradigma militarista por um paradigma económico. Nos últimos 20 anos temos assistido ao esvaziamento da importância Geoestratégica dos Açores na área da aeronáutica civil e agora assistimos a um rude golpe na questão militar. Depois do fim dos Cabos submarinos outras decadências se denunciam.
 


Nas últimas duas décadas muito se escreveu sobre o encerramento da base das lajes e sobre o Aeroporto de Santa Maria. Mas, que planos de contingência se forjaram? Que soluções se buscaram? Que alternativas para o emprego se apresentaram?

Nada! Para não ser injusto teria que dar exemplos de tentativas falhadas como a da Zona Franca de Santa Maria ou a ainda não testada solução do centro de treinos da SATA, ou ainda o tiro de pólvora seca em que se transformou a estação de rastreio de satélites da ESA.

Se dúvidas houvesse sobre a fragilidade da economia das nossas Ilhas e a sua capacidade de gerar emprego e meios de sobrevivência, os dois exemplos, quase dramáticos, que estamos a viver em Santa Maria e Terceira, vêm demonstrar à saciedade que de retórica e de eloquência oratória não se faz o futuro destas Ilhas. É caso para dizer que no passado havia mais futuro.
 


Os Açores têm quase 600 anos de existência mas, as suas épocas de fartura resumem-se aos últimos 50 anos do século XIX e à segunda metade do século XX. De resto, fomos sempre um lugar onde era muito difícil viver e onde até os ricos eram pobres. Preparemo-nos, vêm aí dias muito difíceis.

1 de novembro de 2012

Assim como assim...


Hoje, no calendário religioso, comemora-se o Dia de Todos os Santos Festum omnium sanctorum. É feriado, obviamente este dia servirá a uma larga maioria da população para um pouco de tudo exceto para honrar o culto a Todos os Santos. Há mesmo que antecipe este dia para prestar homenagem aos fiéis defuntos, dia que, de direito se deve viver a 2 de Novembro.
De há uns anos a esta parte, por aculturação, muita gente, uma larga maioria, comemora o Halloween.
É a última vez que 1 de Novembro é feriado, na verdade, era um feriado que já pouco servia a sua verdadeira função. Assim passamos a ir a cemitério a 2 de Novembro e deixamos de comemorar o Halloween e trabalhamos mais 7 horas para o Estado. Como veem são  só vantagens.

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