Hoje ouvi, pela segunda vez, da boca dum
intelectual mariense na diáspora, a expressão "mariencidade" num
clara alusão à expressão “açorianidade” lançada por Nemésio e já de si
recuperada do conceito de portugalidade. Falava-mos por causa de uma
distribuição de "sopas" em honra do Divino Paracleto. Na verdade, não
há nada que une tanto os açorianos como a fé no Senhor Espirito Santo. Porém, a
forma de expressar e festejar essa mesma fé varia bastante de ilha em ilha.
Essa forma de culto que se mescla entre o religioso e o profano, adquire em
Santa Maria vivências distintas e marcadamente locais. A
"mariencidade" é a expressão de um "bairrismo" são, quase
ingênuo, que faz de nós todos diferentes e longe de nos sentirmos uma
comunidade política única. Somo um conjunto de nove diferentes comunidades
políticas.
19 de agosto de 2012
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7 comentários:
O José Samiguel era um fiel empregado. Do bom, vindo de Água de Pau.
A Srª Rosinha Samiguela era uma excelente cozinheira. Do melhor vinda de Ponta Garça.
A ilha de S. Miguel sempre forneceu as outras ilhas com excelentes empregados de lavoura e laboriosas sopeiras.
Mariencidade cheira a ato de mendigar qualquer coisa, MARIENSE, basta para afirmar a diferença e a pertença. Há intelectualidade e há bom senso. Desconfio que habitar sazonalmente em Santa Maria, enfraqueça os intelectuais fortes e mate os fracos (os que não são de lá, entenda-se)
Em Santa Maria há bairrismo são e barrismo (de barro) cru. Mariencidade fica para o bairrismo mariense, como o barrismo fica para as telhas feitas dele.
No lugar de mariencidade (lol), que soa mal, porque é que não dizem "espirito mariano"?
Caro Barata
Não sei a razão ou razões do seu texto, podia ser uma mera afirmação de acentuar as diferenças normais entre comunidades, ou podia ser uma muito mais profunda apreciação das diferenças entre o conjunto das pessoas vivendo ou naturais de cada ilha...
A caracterização de diferenças politicas de cada Ilha, levou-me a considerar que o autor teria divergido da sua ideia de defensor da independência dos Açores, considerando agora que a diferença, separadora já não era entre os Açores e Portugal, mas entre cada ilha dos Açores e quiçá também Portugal...
Esta constatação a ser verdade era a mais forte antítese á ideia de Independência, mesmo antes dela ser legalmente(como defendo)usada.
Até aqui o maior problema dos independentistas(na minha opinião)é que virão a independência com os olhos da ilha onde vivem, sem terem uma visão de conjunto,esta visão de conjunto(quase sempre)só se adquire quando se vive fora dos Açores(mesmo que de forma, provisória)....
Tentar ter esta visão de conjunto é a melhor forma para quebrar Bairrismos contraproducentes e salvaguardar os Açores.
Açor
Mariencidade,Terceirencidade,Picoencidade,Saojorgencidade,Faialencidade,Graciosencidade, Floriencidade, Corvinencidade,Sãomiguelensidade;Independencidade. Este delírio não se trata com bairrismos, nem com outras mézinhas.Abaixo o intelectualismo de copo na mão.
Copo na mão, debaixo da escada.
E depois vem ideias, a publicar na Voz de Fátima, tipo "espirito mariano".
Deus nos acuda...
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