António Pires de Lima, um dos mais lúcidos e abnegados
políticos da atualidade neste pobre país de poucas esperanças, lançou hoje o
alerta. Um novo aumento de impostos causará “mal-estar no CDS. Ou pelo menos em
muito militantes do CDS”. Está nos livros e até os que completam as
licenciaturas ao Domingo ou com acreditação de competências o sabem, o aumento
de impostos impede o crescimento económico e pode até levar á recessão. Também
está nos livros e toda a gente sabe que, a consequência primeira da recessão é
uma diminuição da receita fiscal e um aumento proporcional do desemprego
acompanhado do consequente aumento do custo com as prestações sociais.
Qualquer medida recessiva só resulta em mais recessão.
Mas, o problema nem fica por aí. Na verdade, o que se está a passar em Portugal
neste momento é uma total falta de medidas reformistas, nada muda com exceção
dos impostos que crescem e da eficiência na cobrança dos mesmos que melhorou
bastante mas apenas nos casos em que o contribuinte é assumidamente devedor.
Porque, ao invés, nos casos de fuga ao fisco e do aproveitamento ilícito de
benefícios fiscais, nada mudou, se é que não piorou mesmo.
Para que se alterem os resultados é necessário altear os
paradigmas e os métodos, caso contrário, apenas se podem esperar resultados
idênticos aos do passado. Portugal necessita de reformas e isso leva tempo a
implementar e a pensar e esse era o papel que PSD e CDS deviam ter assumido
enquanto oposição para, chegados ao poder, as implementarem de imediato. Poucas
vezes, na nossa longa história, houve condições para reformar como há uns anos
havia. A nação estava cansada de facilitismos e disposta a sacrifícios, o
estado de emergência social latente exigia-o, o Governo estava em estado de
graça.
Hoje, podemos concluir ou essa gente não soube
implementar as ideias que tinha ou então, mais grave, nem sequer tinha
cogitadas soluções para o país que pretendiam governar.
Enquanto nos afundamos na mais profunda crise económica, financeira
e social de que há memória e enquanto cavamos cada vez mais fundo o fosso entre
os poucos ricos e muitos pobres, o tempo
vai passando e tudo vai ficando na mesma, como disse um dia D. Giuseppe Tomasi
di Lampedusa, pela boca do protagonista principal do seu livro Il Gattopardo, o Príncipe de Salinas. "é preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma".
12 comentários:
Caro Nuno
Este Governo e os partidos que o compõem estão a fazer terrorismo social, retirando aos pobres para darem aos ricos,depois de muita discussão fizeram pagar aos privados uma mínima parte das rendas que diziam ser a razão de privatizar empresas rentáveis, mas depois de privatizadas o estado continuou a pagar as rendas ficando os trocos para serem pagos pelos privados, sabe-se lá com que garantias, eis mais uma vez, a defesa de Portugal que estes vende pátrias fazem .
Quanto ás parcerias público privadas ainda nada, enquanto aos trabalhadores já retiraram tudo, e o resto segue dentro de momentos.
Já era esperado parte desta desgraça, mas pelo andar do andor vemos que não só, a procissão ainda vai no adro como as "imagens" já vão despidas e desfeitas.
Só a revolta do Povo, e as greves que ataca é que podem alterar este estado de coisas, não pode e não deve querer criticar o que vai mal e não aceitar os remédios para que o doente se cure, e este só pode ser a justa luta do Povo.
Açor
Depois de ser perseguido pelas finanças, com cartas dia sim dia não, impostos e pagamentos por conta e multas por cada minuto de atraso, decidi fechar a empresa.
Acabaram-se as missivas sorrateiras das finanças e o terror a multas.
Acabaram-se as brigas dos empregados e as desculpas pelos atrasos.
Acabaram-se a dores de cabeça para vender a produção.
Agora vivo feliz, recuperei a saude e até as minhas obrigações amorosas melhoraram.
Caro Anónimo das 11.12PM
Julgo que não estarei errado se dizer que é um pequeno "qualquer coisa", que não teve apoio bancário, enquanto o Governo transforma à má gestão bancária num "bode aos ricos", infelizmente não será só o governo PSD/CDS, mas a comunidade Europeia e os Países como a Alemanha, que não só ganham rios de dinheiro com os juros cobrados aos pequenos países, como se armam em vitimas dos empréstimos que promovem, como se não ganhassem com eles e se não tivessem anteriormente todas as facilidades da Comunidade face ao défice dos seus Orçamentos, tendo não cumprido nenhuma das obrigações com o défice...
os dois pesos e duas medidas do fisco e deste governo face à dualidade entre pequenos e grandes é de tal monta que para os pequenos os juros são ao minuto, para os poderosos há toda uma justificação para o não pagamento, é verem entre muitas as parcerias público privadas.
Enfim a resposta é a luta contra este governo e hoje foi um exemplo como uma classe profissional se soube unir contra os atropelos do Governo.
Açor
É fácil criticar quando não se dá a cara ao manifesto, o exemplo de quem comenta neste blog é a prova comprovada do que afirmo.
São uns "valentões", sem dúvida...
Felizmente que o país tem algumas pessoas que não agem assim!
Porque é que a mosca há-de mudar se a merda é a mesma.
Caro Anonimo
Não sei se reparou que é também comentador, não sei porque não diz é qual a responsabilidade de quem comenta e porque?
No que me diz respeito não sei se me ataca por fazer criticas ao governo e dizer que o problema dos pequenos e médios empreendedores é essencialmente de falta de investimento e de condições impossíveis criadas por este governo contra os pequenos e a favor dos poderosos com a banca à cabeça.
Explique-se melhor o que realmente critica e onde entram os valentões e de onde vem o direito de considerar que os outros não dão o corpo ao manifesto!
Açor
Resposta ao comentário das 6:11 PM
Simplesmento critíco o facto da as pessoas se refugiarem no anonimato para efetuarem determinadas observações.
Seria mais corajoso assumirem a sua identidade, não?
Assim sendo, continuam a ser uns "valentões"... a começar por si, obviamente!
Caro Anonimo
Antes de mais assino com um nome que é sempre o mesmo é pseudónimo, mas tem tanta responsabilidade como me chama-se José ou António se quiserem têm o meu registo e ele responde pelas minhas afirmações, enquanto você que é pronto a atirar pedras aos outros, tanto pode ser o anónimo 1º. ou 1000, mas lá que tem lata tem.
Quanto ás minhas afirmações(embora não me sinta a obrigação de me justificar)seriam as mesmas ou mais corajosas se tivesse cara a cara seja com quem for e isto pela simples razão que não ataco pessoas mas ideias ou actos que julgo estarem erradas.
Açor
Caro Açor
Esta "coisa" de refugiar-se num pseudónimo é sinónimo de coragem, afrontamentnto, determinação, convicção?
Se as suas afirmações seriam as mesmas como afirma, então tenha lá a coragem de colocar a sua foto e elementos que realmente o identifiquem!
Assim, tudo o que possa expor terá credibilidade, caso contrário será apenas mais comentário insignificante entre muitos.
Já que tem necessidade de efetuar e expor os seus pontos de vista, seja ao menos uma pessoa que não tem receio de asumir-se publicamente.
Cump,
Caro Anonimo
Esta minha capa nem tem nada de coragem nem falta dela, foi um acaso quando comecei á já alguns anos a comentar e não vou mudar a pedido, muito menos de quem se vê ao espelho das criticas que faz aos outros, com a agravante de nem pseudónimo ter.
Quanto à minha fotografia não sou nem fotogénico, nem gosto das luzes da ribalta, comento pelas minhas ideias e não para ser reconhecido,(nem pelos lugares ou cargos) são feitios , este é o meu.
Se quiser criticar as minhas ideias, tenho todo o gosto de o ler atentamente.
Quanto a si, só lhe digo, que não ataque nos outros por aquilo que pensa e faz, pois tem o direito de não se expor, mas não julgue por si os outros.
Saudações Açor
Caro Açor!
Doravante passarei a discutir as suas ideias, que é o mais importante, sem dúvida!
Um abraço pela forma impecável como reagiu a estes comentários por mim efetuados.
Gostaria de contar com a sua presença no blogue " The power of a new day" criado recentemente.
Um abraço
The power of a new day
Caro The power of a new day
Quero antes de mais agradecer as suas palavras amistosas e o seu convite a comentar o seu blog...
Infelizmente reparei(que incompreensivelmente, ou talvez não)era escrito em Inglês, o que desde já(independentemente de não entender a escolha)não domino o Inglês o suficiente para comentar, nem o faria neste momento em que os valores são o de defender a nossa língua que é tão só, junto com o Povo os seus valores maiores.
Desejo as melhores realizações a nível pessoal e que o seu blog tenha o sucesso pretendido.
Saudações
Açor
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