Já li quase tudo o que se pode dizer sobre a Drª Maria José Nogueira Pinto, a Zezinha para alguns. De todas as suas qualidades realço a sua perseverança e liberdade de pensamento. Conheci-a em 1996, estávamos em pré-campanha eleitoral para as regionais que viriam a marcar uma viragem de rumo nos Açores. O CDS estava a crescer e revelava-se a possibilidade de eleger, ao fim de muitos anos, um Deputado por São Miguel. De repente, lá em Lisboa, onde nunca se lembram que o resto do País existe, a pretexto de uma eleição de líder parlamentar mal parida, deflagra uma guerrinha interna entre o então líder Manuel Monteiro e Paulo Portas e o primeiro demite-se. Era mesmo disso que estávamos a precisar, da demissão do líder nacional do partido nas vésperas do arranque da campanha eleitoral. Rosado Fernandes iria fazer a ignição da campanha na Cooperativa do Bom-pastor, cancelou. A Zézinha não cancelou o programa que tinha para os Açores e veio por aí a baixo ajudar-nos no meio da guerra. Recordo, como se fosse hoje, as suas primeiras palavras, “ vamos a isso, estão todos doidos, parecem putos a brincar com um brinquedo novo, vocês não mereciam isto”. Fomos, fomos e fizemos o nosso trabalho. Manuel Monteiro e lobo Xavier vieram mais tarde e ajudaram também bastante. O resultado foi o que sabemos.
Resta-me dizer, paz à sua alma.
2 comentários:
Manuel Monteiro e Adriano Moreira.
Longe vão os tempos.
Adriano é mais Portas. Aliás, Portas fez o mais importante editorial enquanto director do Independente, exactamente intitulado "saudades de Adriano"....
Quanto à Zézinha, não sendo uma águia de inteligência...lá cumpriu. Pelo menos parece que era séria.
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