18 de dezembro de 2009
17 de dezembro de 2009
16 de dezembro de 2009
Medida 2 em 1
Despedir todos, todos mesmo, os assessores de imprensa e de imagem do Governo Central, dos Governos das Regiões Autónomas e das Câmaras Municipais. Além de combater o deficit orçamental, constitui uma medida de verdade política, retirando da cena os fazedores de noticias e pintores a cores do negrume que por aí está e ainda virá.
Alguns desses profissionais, porque os há, dirão e cheios de razão, que fazem o seu papel bem feito, os seus colegas das redacções é que não estão para trabalhar e bebem o que lhes põem no cálice, com o sal e a pimenta qb. Concordo, mesmo assim continuo a achar que não fazem, neste momento, qualquer falta ao país real, talvez façam ao regime, mas esse está já moribundo, nem sabe o que faz, por onde faz e por onde devia fazer.
Alguns desses profissionais, porque os há, dirão e cheios de razão, que fazem o seu papel bem feito, os seus colegas das redacções é que não estão para trabalhar e bebem o que lhes põem no cálice, com o sal e a pimenta qb. Concordo, mesmo assim continuo a achar que não fazem, neste momento, qualquer falta ao país real, talvez façam ao regime, mas esse está já moribundo, nem sabe o que faz, por onde faz e por onde devia fazer.
14 de dezembro de 2009
A actualidade ao fim de mais de um século
Há dias deixei aqui um desafio para que os leitores identificassem um texto que, na verdade, não passava de um excerto da encíclica «Rerum Novarum» do Papa Leão XIII e publicada a 15 de Maio de 1891. Mais de um século depois, o texto continua tão actual que até assusta.
(...)
A economia como meio de conciliação das classes
28. O operário que receber um salário suficiente para ocorrer com desafogo às suas necessidades e às da sua família, se for prudente, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e agirá de forma que, com. prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir um modesto património. Já vimos que a presente questão não podia receber solução verdadeiramente eficaz, se se não começasse por estabelecer como princípio fundamental a inviolabilidade da propriedade particular. Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares.
Uma vez obtido, este resultado seria a fonte dos mais preciosos benefícios, e em primeiro lugar duma repartição dos bens certamente mais equitativa. A violência das revoluções políticas dividiu o corpo social em duas classes e cavou entre elas um imenso abismo. Dum lado, a omnipotência na opulência: uma facção que, senhora absoluta da indústria e do comércio, desvia o curso das riquezas e faz correr para o seu lado todos os mananciais; facção que aliás tem na sua mão mais dum motor da administração pública. Do outro, a fraqueza na indigência: uma multidão com a alma dilacerada, sempre pronta para a desordem. Ah, estimule-se a industriosa actividade do povo com a perspectiva da sua participação na prosperidade do solo, e ver-se-á nivelar pouco a pouco o abismo que separa a opulência da miséria, o operar-se a aproximação das duas classes. Demais, a terra produzirá tudo em maior abundância, pois o homem é assim feito: o pensamento de que trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e a sua aplicação. Chega a pôr todo o seu amor numa terra que ele mesmo cultivou, que lhe promete a si e aos seus não só o estritamente necessário, mas ainda uma certa fartura. Não há quem não descubra sem esforço os efeitos desta duplicação da actividade sobre a fecundidade da terra e sobre a riqueza das nações. A terceira utilidade será a suspensão do movimento de emigração; ninguém, com efeito, quereria trocar por uma região estrangeira a sua pátria e a sua terra natal, se nesta encontrasse os meios de levar uma vida mais tolerável.
Mas uma condição indispensável para que todas estas vantagens se convertam em realidades, é que a propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e de impostos. Não é das leis humanas, mas da natureza, que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública não o pode pois abolir; o que ela pode é regular-lhe o uso e conciliá-lo com o bem comum. É por isso que ela age contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares.
(...)
28. O operário que receber um salário suficiente para ocorrer com desafogo às suas necessidades e às da sua família, se for prudente, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e agirá de forma que, com. prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir um modesto património. Já vimos que a presente questão não podia receber solução verdadeiramente eficaz, se se não começasse por estabelecer como princípio fundamental a inviolabilidade da propriedade particular. Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares.
Uma vez obtido, este resultado seria a fonte dos mais preciosos benefícios, e em primeiro lugar duma repartição dos bens certamente mais equitativa. A violência das revoluções políticas dividiu o corpo social em duas classes e cavou entre elas um imenso abismo. Dum lado, a omnipotência na opulência: uma facção que, senhora absoluta da indústria e do comércio, desvia o curso das riquezas e faz correr para o seu lado todos os mananciais; facção que aliás tem na sua mão mais dum motor da administração pública. Do outro, a fraqueza na indigência: uma multidão com a alma dilacerada, sempre pronta para a desordem. Ah, estimule-se a industriosa actividade do povo com a perspectiva da sua participação na prosperidade do solo, e ver-se-á nivelar pouco a pouco o abismo que separa a opulência da miséria, o operar-se a aproximação das duas classes. Demais, a terra produzirá tudo em maior abundância, pois o homem é assim feito: o pensamento de que trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e a sua aplicação. Chega a pôr todo o seu amor numa terra que ele mesmo cultivou, que lhe promete a si e aos seus não só o estritamente necessário, mas ainda uma certa fartura. Não há quem não descubra sem esforço os efeitos desta duplicação da actividade sobre a fecundidade da terra e sobre a riqueza das nações. A terceira utilidade será a suspensão do movimento de emigração; ninguém, com efeito, quereria trocar por uma região estrangeira a sua pátria e a sua terra natal, se nesta encontrasse os meios de levar uma vida mais tolerável.
Mas uma condição indispensável para que todas estas vantagens se convertam em realidades, é que a propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e de impostos. Não é das leis humanas, mas da natureza, que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública não o pode pois abolir; o que ela pode é regular-lhe o uso e conciliá-lo com o bem comum. É por isso que ela age contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares.
(...)
Sobre os nacionalismos...
... estamos esclarecidos, apenas 27% dos catalães se dignaram votar numa consulta popular sobre a independência daquela região Espanhola. Por cá seria diferente. Não sei. Por cá, diferente mesmo é a empenho cívico de organizar uma consulta desta natureza. Talvez, um dia, Portugal o faça, como forma de calar, definitivamente, a boca a quem a pede.
12 de dezembro de 2009
11 de dezembro de 2009
O blogue feito dos blogues...
O Professor Medeiros Ferreira escreve hoje no seu Bicho Carpinteiro:
Se tivesse sido eu a escrever isto era um perigoso reaccionário. Como foi o Medeiros, permitam a este V. servo, simplesmente, concordar com uma mas mentes mais livres e límpidas da política portuguesa.
10 de dezembro de 2009
Obamania...
Eu acho que já vi este filme. Na altura, a imprensa internacional e nacional não o pintava de cor-de-rosa como agora o faz.
Este regresso à teoria da “Guerra Justa” é, na verdade, em quase nada diferente do conceito de “Guerra Preventiva” de W. Bush.
Washington, seja quem for o inquilino da Casa Branca, vive permanentemente num estado que já chamei de realismo intrínseco. Tal como nos explica Hans Morgenthau no seu Politics Among Nations, o realismo político, não olha a questões da moral e da ética na ordem interna dos estados quando estão em causa os seus interesses na ordem externa. Citando Morgenthau, “Political realism refuses to identify the moral aspirations of a particular nation with the moral laws that govern the universe”.
Aqueles que, na europa e resto do mundo, cuidaram que a politica externa dos EUA ia ser diferente com Obama, estavam, como aqui foi referido a tempo, redondamente enganados.
Este regresso à teoria da “Guerra Justa” é, na verdade, em quase nada diferente do conceito de “Guerra Preventiva” de W. Bush.
Washington, seja quem for o inquilino da Casa Branca, vive permanentemente num estado que já chamei de realismo intrínseco. Tal como nos explica Hans Morgenthau no seu Politics Among Nations, o realismo político, não olha a questões da moral e da ética na ordem interna dos estados quando estão em causa os seus interesses na ordem externa. Citando Morgenthau, “Political realism refuses to identify the moral aspirations of a particular nation with the moral laws that govern the universe”.
Aqueles que, na europa e resto do mundo, cuidaram que a politica externa dos EUA ia ser diferente com Obama, estavam, como aqui foi referido a tempo, redondamente enganados.
8 de dezembro de 2009
E se aprendessem português? versão 2.
Lendo um post do Paralelo 37 (já agora o paralelo que atravessa os Açores é o paralelo38, nome de um programa de rádio da extinta SPAL já com alguns anos) deparei-me com estas duas pérolas do mau uso da língua de Camões: "Consideraram-lhe vingativo" e "Considerar-lhe mediático" são erros gravíssimos para quem andou a fazer um estágio no programa Estagiar L o que pressupõe ter estudado num estabelecimento de ensino superior. Um pouquinho mais de atenção nas leituras não fazia mal algum, ensina a escrever. Erros recorrentes e sistemáticos não são gralhas nem erros de ortografia, são falta de cultura humanística, o que verdadeiramente dá dimensão aos intelectuais. Muito mal vai o ensino nesta pobre e decadente Região.
Neste caso e contexto, deveria escrever-se consideraram-no vingativo e considerá-lo mediático.
Neste caso e contexto, deveria escrever-se consideraram-no vingativo e considerá-lo mediático.
Já agora, não me venham com a cantilena de que também dou erros e escrevo com gralhas, eu assumo-o, mas há coisas que não são nem dislexias nem gralhas, são falta de cultura mesmo.
7 de dezembro de 2009
Manhãs de Outono.
Neste Outono frio e invernoso ainda não foi possível fotografar manhãs tipicas do Outono Açoriano. Não que as não tenha havido, eu é que nunca cheguei a tempo.
5 de dezembro de 2009
Sinais dos tempos.
Um "gaijo"na capa da playboy, uma revista para vender aos muitos Miguel Vale de Almeida que se multiplicam pelo país fora. Há modas piores, mas também há modas bastante melhores.
4 de dezembro de 2009
Desemprego, é tudo uma questão de fé.
Nos Açores, em apenas um mês, a taxa de desemprego aumentou 12%. Acrescente-se a esse número a quantidade de pequenos prestadores de serviços, trabalhadores independentes e micro empresas (1 a 2 trabalhadores famílias que construíram o seu posto de trabalho, o seu emprego) que estão sem lucros há mais de ano e meio, e temos o retrato de uma Região à beira do colapso financeiro. Sim porque do ponto de vista económico nem se pode falar em colapso, é mesmo de morte que se tem que falar. Para a morte, na economia como nas outras coisas, não há remédio, apenas há a esperança da ressurreição.
É mesmo de fé que precisamos, só e nada mais.
É mesmo de fé que precisamos, só e nada mais.
3 de dezembro de 2009
Para os ministros das finanças é uma maçada.
"Demoracy is the worst form of government except for all those other forms thath have been tried from time to time".
Sir Winston Spencer Churchil na Câmara dos Comuns em 11 de Novembro de 1947
Sir Winston Spencer Churchil na Câmara dos Comuns em 11 de Novembro de 1947
1 de dezembro de 2009
No último 1º de Dezembro
Os monárquicos andaram o dia todo com azia e não foi por causa do jantar dos conjurados de ontem.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2009
(313)
-
▼
dezembro
(16)
- Just arriving.
- Um anunciado regresso...
- Medida 2 em 1
- A actualidade ao fim de mais de um século
- Sobre os nacionalismos...
- Hoje há...
- O blogue feito dos blogues...
- Obamania...
- E se aprendessem português? versão 2.
- Copenhaga 2009
- Manhãs de Outono.
- Sinais dos tempos.
- Desemprego, é tudo uma questão de fé.
- Para os ministros das finanças é uma maçada.
- E que tal suspender a democracia...
- No último 1º de Dezembro
-
▼
dezembro
(16)