27 de janeiro de 2009

Álamo "Batanete" de Menezes.

O Secretário Regional do Ambiente e do Mar acaba de fazer, em plenário da ALRA, aquilo a que se pode chamar uma triste figura de cabo-de-esquadra. Como diz uma pessoa que me é próxima e querida, cinco furos abaixo de cão e dez abaixo de polícia.
A respeito de uma proposta de criação de uma comissão de inquérito às obras da estrada para a Fajã do Calhau, o SRAM acaba de dizer que esta é uma “obra importante e mais se vão fazer”. Preparemo-nos, as máquinas vão chegar a tudo quanto é Fajã, custe o que custar. Ao pé disto, o teleférico da Drª Berta para a Fajã da Rocha-da-Relva é um doce.
Na verdade, esta comissão de inquérito é absolutamente necessária, o PS sabe-o desdeo dia em que o Director Regional das Flores admitiu ao Açoriano Oriental que não sabia quanto já tinha custado a obra, o Governo sabe-o, desde o dia em que a obra foi notícia internacional. Contudo,nem PS nem Governo o querem admitir. O PS acaba por optar por uma solução de meio acelerador, substitui a proposta do Bloco de Esquerda por uma recomendação à comissão parlamentar competente para que estude e analise o caso, as consequencias são as mesmas, o impacto é que é outro e o promotor também. PSD, Bloco de Esquerda e PPM votam a favor da comissão de inquérito. PS e CDS (inacreditavelmente este último) votam contra.
Temo que esta posição do CDS se prenda com uma estranha vontade de destruir em São Jorge à mesma velocidade que se vai destruindo em São Miguel, só por isso se entendem as palavras de Luís Silveira (CDS eleito por São Jorge).
Álamo de Menezes insinuou ainda que Zoraida Soares por ser continental não entende o que é viver numa Fajã. Isso deve ser defeito que ele também tem por ser Terceirense e não perceber que não vive viva-alma na Fajã do Calhau. Disse ainda o Professor licenciado em Engenharia do Ambiente que a obra proporcionava o combate às infestantes. Tal ignorância. Mesmo da boca de um Eng. de Ambiente especialista em águas e esgotos nunca se ouviu barbaridade tão grande, cheira quase tão mal como a água que sai das torneira de Angra do Heroísmo.
A encosta em causs tinha, de facto, algumas infestantes, nomeadamente incensos mas, na sua maioria, era povoada por Faias (Mirica faya) uma planta endémica e protegida por directivas comunitárias e legislação regional.
Infestante mesmo são estes socialistas de ocasião, ambientalistas de trazer-por-casa e demais fauna carregada de “espertezas soloias” e de ruralismos disfarçados de putativas urbanidades.

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