10 de julho de 2025

Do estado da Região


 “Dizer que a Região está melhor” com a coligação

“é discurso da maior irresponsabilidade”
O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, criticou, esta terça-feira, o Presidente do Governo Regional de coligação por afirmar que a Região está melhor hoje do que no tempo das governações socialistas, lamentando que José Manuel Bolieiro tenha agora “o mesmo estilo de discurso cor-de-rosa que tanto os partidos da coligação criticaram no passado”.
Num debate parlamentar sobre “O estado da Região”, Nuno Barata ouviu o Presidente do Governo de maioria PSD/CDS/PPM afirmar que a situação social, económica e política da Região está hoje melhor do que antes de 2020, o que o fez adjetivar tal intervenção como “discurso da maior irresponsabilidade”.
“A dívida pública está acima dos 3,4 mil milhões, pela primeira vez na história da Autonomia; queremos que a República pague a saúde e a educação na Região; assumimos encargos da dívida pública que, se não existissem, dariam para resolver os enormes problemas de falta de manutenção de infraestruturas públicas; continuamos a ter uma companhia aérea que é um case- study, pois quanto mais voa, mais passageiros transporta e mais recordes operacionais bate, mais prejuízos acumula”, enumerou o Deputado liberal.
Mas, prosseguiu Barata, existem outros indicadores que levam a que a IL entenda como irresponsável dizer que hoje se está melhor nos Açores: “Em 5 anos não conseguimos melhorar, antes piorar, o sistema de transporte marítimo de mercadorias de e para os Açores; temos clubes desportivos a fechar portas por falta de pagamento dos apoios públicos; temos empresas públicas falidas e que continuam apenas a servir clientelas político-partidárias; temos agentes culturais que desesperam por respostas governativas para avançar com o desenvolvimento dos seus projetos”.
Os liberais encontram ainda outras situações que justificam as críticas à governação regional de coligação: “Temos agricultores e pescadores que não sabem para onde se virar; temos escolas que não veem um balde de tinta há anos; serviços de saúde que não dão resposta, apesar do aumento estatístico dos números; os pobres acumulam-se pelas soletas das portas da classe média falida e/ou remediada e os toxicodependentes pululam como erva daninha por entre as pedras da calçada das nossas terras”.
Depois de ter sido criticado por não falar no Parlamento há mais de 6 meses, o Presidente do Governo interveio para considerar que hoje a Região está melhor. Nuno Barata considera irresponsável este discurso e acabou mesmo por dizer a Bolieiro: “Se era para ter vindo aqui propalar o mesmo estilo de discurso cor-de-rosa que tanto os partidos da coligação criticaram no passado, mais-valia, Sr. Presidente, ter continuado sem cá vir”.
Açores, 08 de julho de 2025

4 de junho de 2025

Combate às dependências

IL/Açores diz que é preciso inverter política do tratamento, investindo na prevenção 


O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, aponta a educação, o desporto, o apoio às famílias e uma urgente mudança de paradigma, passando a apostar na prevenção em vez de no tratamento, como única forma de ultrapassar o flagelo social que assola a Região no campo das dependências. 

Esta quarta-feira, no âmbito de um debate parlamentar sobre a temática, Nuno Barata – que reconhece que o tratamento, em muitos casos, “tem salvado vidas” – frisou que o combate ao grave problema das dependências na Região (que é das piores do país em vários indicadores) é um problema “multissectorial, mas que passa principalmente pela prevenção em vez do tratamento. O tratamento é o último recurso. É o fim da linha”.

“Este é um assunto que carece de uma análise séria, ponderada. O tratamento tem permitido retirar ou salvar algumas pessoas destas dependências, mas é na prevenção que deve estar o nosso foco. As famílias são o primeiro núcleo de formação, de educação e de acompanhamento. Mas, muitas vezes, as famílias envolvidas, no dia-a-dia, na necessidade de pagar as contas, na necessidade de trabalhar, no esforço de manter a família sustentada, não têm tempo, por mais que queiram, para acompanhar devidamente os seus entes. E é neste sentido que o Estado, que a Região, tem o papel preponderante. Na prevenção pela via do desporto, na prevenção pela via da divulgação destes problemas, na prevenção pela via da informação”, afirmou o Deputado liberal. 

Insistindo, Nuno Barata diz que “o trabalho que temos de fazer é na prevenção deste flagelo, seja das substâncias psicoativas, seja das novas substâncias (que é o grande drama neste momento), seja da heroína, seja da cocaína, seja do haxixe, seja do álcool, do tabaco e até das novas ferramentas da comunicação que nos dominam a vida, todos os dias, todo o dia. Estamos perante um combate de divulgação, de prevenção, de informação, que cabe a todos. Mas não é desvalorizando os números. Não é desvalorizando a realidade”.  

Uma das áreas por onde os liberais entendem que pode e deve ser feito este trabalho é por via da prática desportiva e de atividade física: “Ao nível do desporto, todos assistimos às dificuldades enormes que todas as associações, todos os clubes estão a passar. E, se for preciso dizer às pessoas, vamos acabar com essas megalomanias do desporto federado e dessas coisas todas que nos levam imensos recursos, mas que depois não retiram jovens desse flagelo, então vamos empenhar-nos, apostar na prática do exercício físico desde as escolas, em várias modalidades, em modalidades que têm pouca adesão, para que essas crianças se envolvam em projetos de vida saudáveis, em vez de procurar esses comportamentos aditivos”. 


Esperança nos Açorianos


O Deputado da IL/Açores, contestando a política só do tratamento, a não avaliação e apresentação de resultados de todos os planos regionais de combate às dependências e até do até agora inconsequente trabalho de uma “task force” criada para encontrar soluções para o problema, diz que continua a “ter esperança”, porque tem “esperança na nossa Região”.

“Há dias, num debate, ouvi alguém dizer que era inevitável sermos pobres, era inevitável termos de pedir esmola a Lisboa e a Bruxelas… Eu revoltei-me, porque eu acredito nessa Região, eu acredito neste povo que é capaz de emigrar para outros destinos e fazer fortuna. Nós não temos o direito de deprimir este povo e de lhe dizer que não somos capazes aqui, entre partes, de tirar essa Região destas situações que são lamentáveis”, afirmou. 

Para Nuno Barata “a pertinência do tema decorre precisamente do problema que assola as famílias, as comunidades, principalmente as mais deprimidas do arquipélago dos Açores, mas que assola, principalmente, aquela que, muitas vezes, é chamada de ilha grande centralista e poderosa. Certamente que se o problema não fosse tão grande na ilha grande centralista e poderosa, este assunto seria visto com outros olhos”.


Bons planos, más implementações


Especificando particularmente o flagelo das novas drogas sintéticas na cidade de Ponta Delgada, Nuno Barata apresentou ainda um outro problema no combate à problemáticas: “a falta de vontade política ou a incapacidade política de implementar as boas ideias”. 

“Falar de salas de consumo assistido e transformá-las em salas de chuto, como no século passado, também não é correto. As salas de consumo assistido têm um papel preponderante, na fase do tratamento, mas até na fase da identificação dos indivíduos, que às vezes não sabemos quem são. E, nesse aspeto, a Iniciativa Liberal apresentou uma proposta na Assembleia Municipal de Ponta da Delgada para que fosse criada uma sala de consumo assistido. Foi aprovada por unanimidade, mas foi posta no veto de gaveta, o que levou o Bloco de Esquerda, logo a seguir, a apresentar a mesma proposta, que também foi aprovada por unanimidade, mas que continua no veto de gaveta. Porque toda a gente concorda, mas depois ninguém quer a implementar. E este é outro problema das políticas de combate às toxicodependências. 


Açores, 4 de junho de 2025


Conversas com Iniciativa

 A política, quer no desempenho de cargos públicos quer na simples atividade cívica, é uma ação de enorme nobreza. Infelizmente, nos últimos anos, de nobre passou a ser olhada como facto pernicioso fruto de várias circunstâncias. Desde logo por ignorância generalizada até mesmo daqueles que desempenham funções publicas e cívicas que se classificam como não políticos, nada mais errado. A origem da palavra Política vem da antiguidade clássica do grego polis. Aristóteles lembra que o homem é um animal político, que vive em sociedade e todos os que cuidam dos assuntos da polis são, por isso, políticos.

Em democracia, moderna e contemporânea, esse papel de cada um na sociedade é ainda mais relevante e também por isso alarga o leque de abrangência da atividade cívica

13 de maio de 2025

A burocracia é um imposto encapotado

 

Como diz Carlos Guimarães Pinto, num evento da Iniciativa Liberal, a burocracia é um imposto escondido - muitos são infernizados em actos aparentemente pequenos, cujo conjunto é desperdício social grotesco, difícil de apreender.

3 de dezembro de 2024

ASAS do Atlântico

"O Clube Asas do Atlântico está em risco de fechar portas - há seis funcionários que estão em risco de perderem o seu trabalho.
A atual direção está de saída e não há ninguém disposto a assumir os destinos do clube que inclui a única rádio sediada em Santa Maria."

Foi com as palavras acima que a Rádio Pública - Antena 1 Açores, um dia depois do 1º Domingo deste advento de 2024, dava a notícia da crise diretiva no Clube Asas do Atlântico, um clube privado fundado no dia 5 de outubro, dia da comemoração da implantação da Républica corria, o ano de 1946.

Sou o socio nº 955 do ASAS com quotas pagas mesmo não vivendo a maior parte do tempo na Ilha, os 60 euros por ano são apenas um miserável contributo para a sua sobrevivência.

Li algures um comentário elogioso ao trabalho feito pela atual Direcção, não concordo, um excelente trabalho não redunda numa crise de direção nem no risco de encerramento do clube. Terem sido ativos é condição sine qua non para o sucesso, mas não é condição bastante para esse desiderato. Um excelente trabalho era não terem “partidarizado” o clube e a estação de rádio. 

Ao longo dos anos houve o cuidado de escolher para os órgãos do Clube pessoas de vários quadrantes políticos até porque o clube é e deve ser apartidário que não é o mesmo do que ser apolítico.

Assistimos, penso que todos, a vários eventos no clube e programas da estação de rádio, ao longo dos últimos anos desta Direcção, que não passaram de mera propaganda partidária o que é de lamentar.

Eu sei que estas palavras vão ferir suscetibilidades, mas uma coisa os marienses em geral e os consócios em particular haverão de reconhecer, sem lançar pedras no charco as águas continuarão pantanosas e acabarão por cheirar a podre, se é que já não tresandam.

Estou ciente que apenas com o envolvimento de todos, com muito voluntariado e muito empenho se poderá salvar esta instituição que teve um papel relevante no desenvolvimento da Ilha de Santa Maria e poderá ainda ter num futuro próximo. Além disso, não temos o direito de desbaratar um património material e imaterial que encerra muitos sacrifícios de horas de dedicação e até dispêndio financeiro de muitos que contribuíram para a sua construção e manutenção.

Uma campanha de angariação de sócios e a realização de eventos que vão ao encontro daquilo que os Marienses mais apreciam com festas temáticas que envolvam as forças vivas da Ilha por forma a angariar receitas por via do Bar. A reestruturação da estação por forma a chegar em melhores condições à costa sul de São Miguel onde a angariação de publicidade pode ser uma excelente fonte de receita, os programas da manhã têm esse efeito, porque não fazer o mesmo à tarde para outros públicos e à noite ainda para um outro auditório. Há muita gente que gosta de fazer rádio e que o pode fazer de forma graciosa contribuindo assim para a notoriedade da estação. Hoje, existem tecnologias que permitem gravar programas ou até mesmo fazê-los em direto com os protagonistas à distância. Porque não?


1 de dezembro de 2024

Se só há dívida...

 

📢 Se só há dívida, como querem que se fale de outra coisa?
💸
Dizem que os Liberais só falam de dívida,não é verdade. Mas, convenhamos… o que mais
importante há para falar quando o nível de endividamento da Região ultrapassa todos os
limites do bom senso? 📈
Entre promessas eleitorais e investimentos a acompanhar, a verdade é que o maior
problema que os Açores enfrentam é a trajetória insustentável de endividamento.
Há que parar de gastar o que não temos e investir de forma criteriosa e responsável,
cortando o supérfluo e pondo de lado as jogadas eleitorais. 🎯
Porque a liberdade económica começa com contas certas!

Foguetões? 🚀 Nem as camionetas! 🚌**

 

Mais um “maior orçamento de sempre” 💸, mas o essencial continua por cumprir. Se nem os transportes públicos terrestres funcionam, como querem falar em foguetões?
Os Açorianos merecem soluções reais e responsáveis.
👉Um deputado Liberal faz toda a diferença!

Investimento estagnado


📊 Quase metade deste "investimento" não passa de despesas correntes disfarçadas, enquanto o futuro dos Açorianos continua em suspenso.
👉 40% das ações têm um valor inferior a 100 mil euros (mais do que há 20 anos);
👉 55% não ultrapassam 250 mil euros (o mesmo que há 20 anos);
👉 69% não chegam a 500 mil euros (igual a 2005).
Se não é uma "embrulhada" com cheiro a déjà vu, só pode ser o reflexo de um governo esgotado, sem visão e sem meios para impulsionar os Açores.
👉 Um deputado Liberal faz toda a diferença!

27 de novembro de 2024

Um Governo sem rumo e sem ambição

De facto, se não é uma "embrulhada", que tresanda a "déjà vu" , só pode ser "um Governo
que esgotou a sua capacidade criativa e os seus recursos financeiros".
Agora, cabe ao Presidente do Governo da coligação, José Manuel Bolieiro, justificar aos
Açorianos porque apresenta um Plano de Investimentos tão fragmentado e pouco
ambicioso:
👉 40% das ações têm um valor inferior a 100 mil euros (mais do que há 20 anos);
👉 55% não ultrapassam 250 mil euros (o mesmo que há 20 anos);
👉 69% não chegam a 500 mil euros (igual a 2005).
Mais alarmante ainda, metade deste "investimento" não passa de despesas correntes
disfarçadas, mostrando um orçamento mais preocupado em manter aparências do que em
investir no futuro.
Tal como o Príncipe de Salina em Il Gattopardo de Tomasi di Lampedusa dizia:
"É preciso que tudo mude se quisermos que tudo fique como está."

Dívida para pagar dívida

💸
🚨 Em 2025, o Governo de coligação planeia pedir 200 milhões de euros em novos empréstimos, dos quais quase metade será usada para pagar dívidas anteriores. 📉💳
Curiosamente, Paulo Estêvão, agora parte deste Governo, afirmou no passado:
"Nenhuma autonomia política do mundo sobreviveu, alguma vez, a uma tão grande dependência económica face ao exterior."
Hoje, no entanto, contribui diretamente para este ciclo de dependência, validando um Orçamento que reforça a fragilidade da nossa Autonomia. Está na hora de agir com coerência e responsabilidade para garantir um futuro sustentável para os Açores.

Açores: A Realidade que Não Pode Ser Ignorada

 


Se em 2013 o atual Vice-Presidente dizia que tínhamos “a maior taxa de pobreza desempre (e do País)”, hoje, após quatro anos desta coligação, os números mostram que os
Açorianos continuam a pagar o preço de uma governação que falha em proteger os mais
vulneráveis:
📉 31,4% da população em risco de pobreza ou exclusão social – a proporção mais alta do
País.
📉 12% enfrentam privação material e social severa – o triplo da média nacional.
📉 Coeficiente de Gini? Um vergonhoso 36%, o pior indicador de desigualdade emPortugal.
📉 Habitações sobrelotadas? 21,4% nos Açores, também o pior do País.
🔍 A quem serve esta governação? Certamente, não aos Açorianos. É hora de exigirrespostas e medidas eficazes. O liberalismo defende soluções para todos, sem deixar
ninguém para trás.

Cada criança açoriana tem 13500€ de dívida à nascença?



Sabia que cada novo bebé açoriano já nasce com uma dívida que ronda cerca de 13.500euros?
📢
Com a dívida da Região a ultrapassar os 3,6 mil milhões de euros, estranha-se o
silêncio daqueles que, estando agora no Governo, no passado eram os primeiros a alertar
para os perigos deste endividamento descontrolado.
📉
Afinal, o que mudou? Será que já não é um problema? Ou será que os argumentos de
ontem não servem para justificar as ações de hoje?
🤔
Está na hora de exigir responsabilidade e transparência aos que nos governam hoje, sobre
o peso das suas decisões no futuro das próximas gerações!

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