7 de janeiro de 2005

Duas bandeiras

É obvio que não poderei avançar com propostas de programa eleitoral sem que as debata com a Direcção do Partido que me propõe e com os restantes membros da lista. Isto acontecerá já na próxima segunda-feira. Contudo, há duas questões pelas quais me baterei com todas as minhas forças e sobre as quais venho reflectindo há muito tempo.
Uma de âmbito nacional e que tem a ver com as questões ambientais.
-Inclusão de uma disciplina curricular obrigatória de educação ambiental nos 2º e 3º ciclos.
Na verdade, penso que estamos muito longe de atingirmos um estádio próximo do bom no que concerne á consciência ambiental. Essa consciência não se cria apenas com campanhas publicitárias e panfletárias. A preservação do meio ambiente, do qual os humanos fazem parte, só se faz com uma revolução de mentalidade. Em minha opinião, só um plano de educação ambiental devidamente integrado no sistema de ensino português, com a inclusão de uma disciplina curricular ao nível dos 2º e 3º ciclos, poderá operar em cada um dos nossos filhos essa necessária revolução.
Outra, de interesse estritamente Regional.
- A desanexação de terrenos do Aeroporto de Santa Maria para fins urbanísticos.
A ANA EP, através dos serviços do Aeroporto de Santa Maria, administra uma quantidade significativa de terrenos que são património do Estado Português e que poderiam estar a potenciar o desenvolvimento da economia da Ilha. Estes terrenos, uns com aptidões agrícolas, outros vocacionados para a habitação e até alguns que serviriam para a instalação de unidades industriais, são servidos de uma rede de estradas fabulosa, riscada a esquadro como as mais modernas cidades do Mundo, com zonas verdes maravilhosas embora maltratadas, com uma rede de águas própria e com uma rede de esgotos, efectuada há mais de 50 anos de meter inveja ao mais recente dos engenheiros. Todos estes equipamentos estão bastante degradados mas com possibilidades de reabilitação relativamente barata. Já se começou pelas estradas, falta o resto.
A desanexação destes terrenos e a sua venda em hasta pública, permitirá a muitos Marienses, particulares e empresas, promoverem a construção das suas casas ou dos seus empreendimentos comerciais e industriais. Facilitaria ainda a possibilidade da Câmara Municipal de Vila do Porto, querendo, utilizar aquela infra-estrutura como pólo dinamizador da actividade lúdica e cultural numa Ilha onde falta quase tudo mas há vontade para fazer outro tanto.

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