5 de março de 2009

Dia F

Desde 2004 até hoje foram já 13 post sobre a Fajã do Calhau.



28 de Janeiro de 2009
A lei de Peter.
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas disse ontem no parlamento que na obra da Fajã do Calhau, alguns troços foram adjudicados a privados por ajuste directo num total de 650.000,00€ (seiscentos e cinquenta mil euros), assumindo assim, sem se dar conta, um enorme atropelo à legislação em vigor.Para além de não ser grande político revelou não ser grande jurista.
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# posted by Nuno Barata às 1/28/2009 07:25:00 PM Largaram fogo (28)
27 de Janeiro de 2009
Álamo "Batanete" de Menezes.
O Secretário Regional do Ambiente e do Mar acaba de fazer, em plenário da ALRA, aquilo a que se pode chamar uma triste figura de cabo-de-esquadra. Como diz uma pessoa que me é próxima e querida, cinco furos abaixo de cão e dez abaixo de polícia.A respeito de uma proposta de criação de uma comissão de inquérito às obras da estrada para a Fajã do Calhau, o SRAM acaba de dizer que esta é uma “obra importante e mais se vão fazer”. Preparemo-nos, as máquinas vão chegar a tudo quanto é Fajã, custe o que custar. Ao pé disto, o teleférico da Drª Berta para a Fajã da Rocha-da-Relva é um doce.Na verdade, esta comissão de inquérito é absolutamente necessária, o PS sabe-o desdeo dia em que o Director Regional das Flores admitiu ao Açoriano Oriental que não sabia quanto já tinha custado a obra, o Governo sabe-o, desde o dia em que a obra foi notícia internacional. Contudo,nem PS nem Governo o querem admitir. O PS acaba por optar por uma solução de meio acelerador, substitui a proposta do Bloco de Esquerda por uma recomendação à comissão parlamentar competente para que estude e analise o caso, as consequencias são as mesmas, o impacto é que é outro e o promotor também. PSD, Bloco de Esquerda e PPM votam a favor da comissão de inquérito. PS e CDS (inacreditavelmente este último) votam contra.Temo que esta posição do CDS se prenda com uma estranha vontade de destruir em São Jorge à mesma velocidade que se vai destruindo em São Miguel, só por isso se entendem as palavras de Luís Silveira (CDS eleito por São Jorge).Álamo de Menezes insinuou ainda que Zoraida Soares por ser continental não entende o que é viver numa Fajã. Isso deve ser defeito que ele também tem por ser Terceirense e não perceber que não vive viva-alma na Fajã do Calhau. Disse ainda o Professor licenciado em Engenharia do Ambiente que a obra proporcionava o combate às infestantes. Tal ignorância. Mesmo da boca de um Eng. de Ambiente especialista em águas e esgotos nunca se ouviu barbaridade tão grande, cheira quase tão mal como a água que sai das torneira de Angra do Heroísmo.A encosta em causs tinha, de facto, algumas infestantes, nomeadamente incensos mas, na sua maioria, era povoada por Faias (Mirica faya) uma planta endémica e protegida por directivas comunitárias e legislação regional.Infestante mesmo são estes socialistas de ocasião, ambientalistas de trazer-por-casa e demais fauna carregada de “espertezas soloias” e de ruralismos disfarçados de putativas urbanidades.
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# posted by Nuno Barata às 1/27/2009 07:59:00 PM Largaram fogo (31)
26 de Janeiro de 2009
De rir à gargalhada despregada.
Será que o Sr.Embaixador Alexander Ellis foi levado pelo Alexandre Pascoal a ver o atentado ambiental da Fajã do Calhau (nem o seu custo financeiro é conhecido, quanto mais o ambiental) e esse grande designio de desenvolvimento que são as SCUT para o Nordeste? Não, claro que não.
É pura demagogia, da mais reles que existe, tentar convercer-nos a todos com esses depoimentos de uns dos tipos que vêem ao longe, de fora, vêem apenas a parte que interessa e depois tecem grandes elogios.
# posted by Nuno Barata às 1/26/2009 09:28:00 AM Largaram fogo (40)
2 de Maio de 2008
Abertura das trutas sem trutas.
Ontem foi dia de abertura da pesca às trutas nas lagoas e ribeiras da Ilha de São Miguel. Diz-me quem andou por aí que, cada vez, há menos trutas para pescar e são, cada vez, mais pequenas.Nos últimos anos, não tem havido repovoamento das lagoas e ribeiras. Os Serviços Florestais alegam falta de água para os tanques de reprodução. Desculpa de mau pagador.Quando há vontade política, tudo se ultrapassa. Vejam lá se esses mesmos serviços não arranjaram dinheiro e técnicos e pessoal para desbaratar na abertura do caminho para a Fajã do Calhau.O Abandono do posto cinegético das Furnas é prova inequívoca da falta de visão dos nossos políticos. Desculpa do desvio da água para o consumo é a mais esfarrapada que se pode arranjar quando falamos de Furnas, uma das mais importantes hidrópoles dos Açores.Lançamento de trutas na Ribeira do Guilherme, Fajã do Rodrigo, nos anos 60 do século XX. Arquivo fotográfico da então Circunscrição Florestal de Ponta Delgada.
# posted by Nuno Barata às 5/02/2008 03:04:00 AM Largaram fogo (46)
19 de Novembro de 2007
A mais do que insuspeita SPEA
Obras da estrada da Fajã do Calhau ameaçam nidificação de aves marinhas
A SPEA tem vindo a alertar ao longo dos últimos meses para a possibilidade das obras de construção da estrada para a Fajã do Calhau poderem estar a afectar a população de cagarros que nidifica nas zonas costeiras daquela área. Exige-se que a segunda fase da obra, a começar brevemente, inclua um estudo de incidências ambientais e um plano de protecção ambiental que salvaguardem a protecção deste troço de costa na ilha de São Miguel. A costa entre o Nordeste e o Faial da Terra está desde 2003 identificada pela SPEA, de acordo com critérios internacionais, como uma Área Importante para as Aves (IBA), devido ao elevado número de cagarros Calonectris diomedea que tem sido contabilizado ao longo desta área e ainda pela presença de Frulhos Puffinus assimilis. Supõe-se que este troço de costa possa albergar cerca de 10.000 cagarros e 25 casais de frulhos.A obra em curso tem provocado uma destruição impressionante de parte da linha costeira, com grandes impactos potenciais ao nível das populações de aves marinhas, da vida marinha costeira, da vegetação e da paisagem. O facto de não existirem dados seguros para o local específico onde a estrada está a ser construída levou a SPEA a exigir que fosse realizado um estudo que permitisse salvaguardar as aves nidificantes durante este período crítico, que dura até final do Verão. A continuação dos trabalhos antes da obtenção, de informação adicional, poderá ter naquela área graves consequências sobre aves que constituem umas das principais referências naturais da região.
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# posted by Nuno Barata às 11/19/2007 09:48:00 AM Largaram fogo (4)
8 de Novembro de 2007
Qual paraiso ambiental?

Andei aqui a tentar descobrir como seria que a Senhora Secretária Regional do Ambiente poderia fazer dos Açores o melhor destino turístico ambiental da Humanidade. Deve ser com a Estrada para a Fajã do Calhau, os Aterros/Lixeiras, As SCUT para o Nordeste, Com a sucata que o nosso “povo sofisticado” abandona por aí juntamente com os plásticos e a restante lixo atirado à orla costeira. Deve ser deve. Deve ser por isso e pelas outras razões todas que, os mais do que suspeitos, jornalistas ou agentes secretos da National Geographic Travel venderam.“Águentái” Patagónia que os Açores vão no encalce. Foge da frente Islândia que a Drª de História já decidiu quem tem o melhor ambiente do mundo.Infelizmente. Os Açores estão longe de ser um paraíso ambiental. Infelizmente o caminho que estão a seguir é o pior de todos.
Salve-se a política para as energias renováveis, única área onde se pensa estratégicamente nos Açores e algum esforço na gestão dos recursos marinhos, esse ultimo feito mais com o olho no voto do que no futuro.
# posted by Nuno Barata às 11/08/2007 04:20:00 PM
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7 de Outubro de 2007
Paraiso, mas só por pouco tempo.

Uma importante peça jornalistica e propagandística do revista Visão, deu a conhecer aos Portugueses, este fim-de-semana, mais um pouco daquilo que é o Arquipélago dos Açores. A enfase foi posta na qualidade dos ecossistemas e na biodiversidade, bem como nas energias alternativas e na forma responsável como a Região tem investido nesse sector. Não tenho dúvidas, aí estamos muito à frente do resto do País. Quando à biodiversidade e ao equilibro dos ecossistemas, tenho muita pena de o dizer mas caminhamos no mau sentido. Muito embora os cientistas o não digam de peito aberto, afinal é o Governo que paga a maior parte das teses e das sabáticas, a verdade é que os projectos de betão megalómanos como é exemplo a estrada para Ribeira Grande e Nordeste e os mais modestos mas não menos nefastos projectos do acesso á Fajã do Calhau e Lagoa do Caldeirão Grande, poem em causa o que de melhor temos para vender e oferecer e que nos custa zero a manter e consome enormes recursos a destruir.Daqui a dez anos não haverão reportagens como a que agora nos trouxe a revista Visão.
Dá impressão que quem nos governa, há mais de 50 anos, não gosta destas Ilhas tal como elas são, mas como as imaginam, pequenas metrópoles descaracterizadas e sem carisma.
# posted by Nuno Barata às 10/07/2007 04:28:00 PM Largaram fogo (13)
24 de Julho de 2007
Querem assuntos para um Especial Informação
Então cá vai:-Transporte marítimo de passageiros e mercadorias;-Transportes aéreos de passageiros de mercadorias;-Investimentos nos portos dos Açores;-Impacte Ambiental e económico do projecto SCUT;-Impacte ambiental e económico da Estrada da Fajã do Calhau;- Impacte ambiental e económico com a realização de concertos de música em zonas protegidas e de nidificação de aves protegidas;- Pesca. O aumento da frota e o regime de quotas num sector em agonia.Para sete semanas consecutivas já têm assunto relevante e de interesse para a Região. Mas, podia continuar a enumerar um sem fim de temas e assuntos que são discutidos aqui na blogosfera e nas mesas dos cafés e que deviam passar para o pequeno ecrã.
# posted by Nuno Barata às 7/24/2007 05:30:00 PM Largaram fogo (11)
21 de Julho de 2007
Fajã do Calhau na Euronews
A não perder, "bonita" reportagem sobre as asneiras e as incompetências dos nossos governantes. Apesar dos cagarros serem chamados os caragos....
Dia 21 Sábado …..07:45 … 13:15 …17:15 … 23:15
Dia 22 Domingo … 02:45 …14:45
Dia 23 Segunda …01:15 … 11:45 …14:45
Dia 24 Terça …….09:15 … 12:45
Dia 25 Quarta……11:45 … 13:45 … 19:45
Dia 26 Quinta ……09:45 … 12:45 … 14:45
Isto a horas dos Açores
Em Lisboa + 1 hora.
Em Bruxelas + 2 horas
# posted by Nuno Barata às 7/21/2007 11:27:00 AM Largaram fogo (14)
25 de Setembro de 2006
Só tarda o que nunca chega
Eu estava a ver que não aparecia uma queixa ou sequer uma posição pública da Quercus por causa da obra da fajã do Calhau. Terá sido preciso a Câmara Municipal do Nordeste, liderada pelo Social Democrata José Carlos Carreiro, dar inicio às obras da estrada para a Fajã do Araújo para a Quercus acordar. É que eu não acredito em teorias da conspiração mas nas nossas Ilhas há com cada coincidência.Já agora dêem, rapidamente, entrada a uma providência cautelar sobre o teleférico da Fajã da Rocha da Relva, não deixem chegar próximo das eleições. As organizações ambientalistas parecem ter o mesmo calendário dos políticos.
# posted by Nuno Barata às 9/25/2006 04:52:00 PM Largaram fogo (12)
21 de Setembro de 2006
"Té quim fim"
O Governo Regional está a preparar uma proposta legislativa que visa criar uma Rede Regional de Áreas Protegidas, destinada a "uniformizar e compatibilizar as classificações das nossas áreas com os critérios utilizados pela União Internacional para a Conservação da Natureza", anunciou hoje, na Terceira o presidente do executivo, Carlos César.
Mais uma vez a Secretária Regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, não desilude. A cereja em cima do bolo seria mesmo que a governante tivesse coragem e poder para mandar parar as obras do caminho agrícola que irá servir as casas de verão de alguns senhores dos partidos do grande centrão na Fajã do Calhau. Na própria Direcção regional das Florestas que, tem a obra a seu cargo, alguém já devia ter tido a coragem de dizer o que pensa.
A construção desse caminho já destruiu uma significativa quantidade de floresta endémica e alterou a vida de muitos ecossistemas terrestres e marinhos naquela zona.Está tudo calado. Não se ouviu um único pio por parte do PSD que detém a Câmara da Povoação, nem se ouviram as vozes sempre avisadas dos ambientalistas. Na verdade, quer a Delegação Regional da Quercus quer os Amigos dos Açores ainda não tomaram posição pública sobre o assunto e já o deviam ter feito. Digo eu claro.
# posted by Nuno Barata às 9/21/2006 09:24:00 PM Largaram fogo (22)
21 de Maio de 2006
Todos diferentes todos iguais.
A construção de um caminho florestal para a Fajã do calhau é a coisa mais vergonhosa que vi fazer nestas Ilhas. Que César tenha o bom senso de mandar parar tal disparate e ponha na ordem os oportunistas do sistema, sob pena de ver o seu nome ligado a um dos mais vergonhosos procesos de oportunismo que já vimos nos Açores.Em primeiro lugar, não se trata de uma zona florestal nem com apetência para isso, logo o caminho, não deveria estar a sei feito pelos Serviços Florestais, nem no tempo de Adolfo Lima esses serviços eram instrumentais a tal ponto. Haja vergonha.Em segundo lugar, é um caminho feito para servir os senhores socialistas que têm casa de férias naquela fajã. Nunca houve quem se preocupasse com os vinhateiros e produtores de vinho daquela fajã da costa Sul de São Miguel. Cestos e cestos de uvas e barris de mosto e vinho foram tranportados nas extremidades de varas às costas dos homens numa espécie de dança que "enquanto o pau vai e vem as costas aliviam". Foi preciso se instalarem uma meia dúzia de socialistas de oportunidade para que os nossos impostos lhes fizessem o caminho.Houve estudo de impacte ambiental?Há sequer projecto?Levantamento topográfico?Estudo dos solos?Alguém se preocupou em saber se aqueles terrenos suportam peso?Onde para o ordenamento nestes dias?Oxalá, os "lobistas" da fajã do calhau não se venham a arrepender de terem clamado por um caminho é que eu suspeito que se lhes acabará o sossego.
# posted by Nuno Barata às 5/21/2006 11:02:00 PM Largaram fogo (22)
30 de Dezembro de 2004
Ordenamento do território 2
O Ordenamento do território é um dos instrumentos mais importantes na prevenção de acidentes em caso de agressão pelos agentes da natureza. Sem esquecer que nós, seres humanos, somos parte integrante dessa natureza, o que muitas vezes acontece, devemos ter presente que é ao homem que se deve atribuir a grande responsabilidade nas alterações que o planeta tem sofrido, somos nós os grandes responsáveis pelo que de mau nos acontece por acção da natureza. Se não existissem "resorts" nas praias paradisíacas da Tailândia não havia destruição para além de alguns coqueiros. Calma. Isso não quer dizer que eu condene a construção de hotéis/resort, isso quer dizer que não podemos culpar mais nada nem ninguém por aquilo que nos acontece. Devemos ter bem presente que, quando chove muito, uma ribeira enche, galga as suas margens e derruba casas, são as casas que estão no lugar errado e não a ribeira. Há alguns anos, a respeito das cheias que ciclica e repetidamente acontecem na Vila da Povoação, ouvi um autarca dizer a seguinte alarvidade: "A natureza teima em destruir o que o Homem constrói". Pergunto, não será caso para ponderar se não estaremos perante uma situação em que a natureza no seu processo natural e lento, tenta a todo o custo repor aquilo que o Homem destrói por um processo forçado e rápido? As nossas fajãs e algumas das nossas freguesias junto ao mar, não são mais do que grandes escorregamentos de terras, ocorridos há longos anos e situadas em zonas que não estão a salvo de serem vitimas de fenómenos idênticos. Insistir em construir nessas áreas é querer ir contra as regras da natureza. Entendo que, em tempos difíceis da vivência nas Ilhas, o recurso a essas zonas, foi uma questão de sobrevivência, tratava-se de procurar o sustento nesses pequenos pedaços de terra. Só por isso, se explicam fenómenos como a baia de São Lourenço ou da Maia. na Ilha de Santa Maria, os currais da vinhas do Pico e algumas ladeiras na Ilha das Flores. Hoje, ter uma casa numa fajã de São Jorge ou na Rocha da Relva e na fajã do Calhau em São Miguel, é um luxo ou um negócio paralelo na área do turismo ou um simples capricho. Nada tenho contra isso, só não quero é que amanhã, quando acontecer o inevitável, essas pessoas venham exigir do Estado/Região, ou seja dos meus impostos, indemnizações pelos maus bofes da natureza. O conceito de preocupação ambiental remonta ao Sec. XIX (1872) com a criação, nos estados Unidos da América, do parque nacional de Yelowstone. Contudo, nas nossas Ilhas está ainda quase tudo por fazer. Com culpas, essencialmente para os políticos e para o cidadão anónimo e mal formado em termos ambientais. A educação ambiental é fundamental para o exercício da cidadania, só a mobilização dos cidadãos permite a criação de uma consciência global, capaz de desempenhar um papel preventivo na participação e intervenção na resolução de problemas práticos do ambiente. Essa revolução tem que ser feita em cada um de nós.
# posted by Nuno Barata às 12/30/2004 03:59:00 PM Largaram fogo (6)

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