5 de setembro de 2005

Transportes de passageiros...

...sem alternativas ao gasóleo.
Não! Não são apenas os transportes de passageiros que não têm alternativas aos produtos derivados do petróleo. É o país no seu todo. Portugal não está, de facto, preparado para enfrentar a crise petrolífera que se avizinha. Portugal nunca está preparado para nada.
O barril de crude atingirá até ao final do ano um valor que se aproximará dos 100 USD e não será por causa do Katrina ou da intervenção no Iraque mas porque as industrias e o comerciantes assim o decidiram. Em Junho deste ano em Nova York o crude foi negociado em futuros, para ser entregue em Dezembro, a 95 usd o barril. Ninguém previa, ainda, os efeitos do Katrina.
Se conseguirmos imaginar que importamos cerca de 120 milhões de barris por ano e que cada vez que o barril de crude sobe 1 usd, a nossa balança de transacções leva um rombo de cerca de 100 milhões de euros e se pensarmos que o barril, só este semestre, já subiu mais de dez vezes, conseguimos perceber porque razão Portugal já devia ter investido fortemente num choque energético. Mas enfim fiquemo-nos pelo "choque tecnológico", já é um bom caminho, se o chegar a ser. Claro.

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