13 Junho 2008 por Nuno Ramos de Almeida
Ouvi nas notícias esta frase espantosa: “o Tratado de Lisboa foi recusado por apenas três por cento dos europeus”. Entendamo-nos, o número de governantes e deputados que o aprovou é infinitamente inferior ao número de irlandeses que o recusaram. Ninguém saberá a opinião da maioria dos europeus, porque eles foram impedidos de se pronunciarem. A opinião de deputados que não foram mandatados para esta discussão não substitui a vontade das populações. Se isso assim fosse, os eleitores irlandeses teriam seguido a opinião dos cerca de 93 por cento de deputados irlandeses que apoiaram o Tratado de Lisboa.Este resultado é devido à traição das elites politicas europeias que tentam construir um projecto europeu, por negociatas politicas, nas costas dos cidadãos da Europa. Quem se lembra da fantástica discussão cívica que precedeu a aprovação de cruz do Tratado de Lisboa, no parlamento de São Bento?Um novo tratado tem que ser resultado de mais democracia e não de menos. Todos nós estamos fartos de ouvir que os políticos não fazem determinadas coisas porque a Europa, essa entidade mítica, não o permite. É tempo dos caminhos da Europa serem discutidos: queremos o modelo social europeu ou permitimos a instalação da agenda neoliberal de menores salários e menos direitos como política económica única?A esquerda europeia deve bater-se por uma Europa com mais democracia e direitos sociais. Deve-se aproveitar as próximas eleições europeias para lhes dar conteúdo real, fazendo que nessas eleições se discuta o futuro da Europa e se mandate os parlamentares para elaborarem um esboço de um novo tratado constitucional.
Ouvi nas notícias esta frase espantosa: “o Tratado de Lisboa foi recusado por apenas três por cento dos europeus”. Entendamo-nos, o número de governantes e deputados que o aprovou é infinitamente inferior ao número de irlandeses que o recusaram. Ninguém saberá a opinião da maioria dos europeus, porque eles foram impedidos de se pronunciarem. A opinião de deputados que não foram mandatados para esta discussão não substitui a vontade das populações. Se isso assim fosse, os eleitores irlandeses teriam seguido a opinião dos cerca de 93 por cento de deputados irlandeses que apoiaram o Tratado de Lisboa.Este resultado é devido à traição das elites politicas europeias que tentam construir um projecto europeu, por negociatas politicas, nas costas dos cidadãos da Europa. Quem se lembra da fantástica discussão cívica que precedeu a aprovação de cruz do Tratado de Lisboa, no parlamento de São Bento?Um novo tratado tem que ser resultado de mais democracia e não de menos. Todos nós estamos fartos de ouvir que os políticos não fazem determinadas coisas porque a Europa, essa entidade mítica, não o permite. É tempo dos caminhos da Europa serem discutidos: queremos o modelo social europeu ou permitimos a instalação da agenda neoliberal de menores salários e menos direitos como política económica única?A esquerda europeia deve bater-se por uma Europa com mais democracia e direitos sociais. Deve-se aproveitar as próximas eleições europeias para lhes dar conteúdo real, fazendo que nessas eleições se discuta o futuro da Europa e se mandate os parlamentares para elaborarem um esboço de um novo tratado constitucional.
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