31 de outubro de 2007

Chovem utopias na Praia do Almoxarife.

Há qualquer coisa entre mim e a Cidade da Horta que eu ainda não consegui perceber. Invariavelmente, chego aqui e chove, cai nevoeiro, venta, os aviões não passam, enfim o Verão de São Martinho por aqui é demasiado outonal. Passou Avião para as Flores, mas mão passou avião para Lisboa, divergiu para Ponta Delgada. Espero. Desespero. Pacientemente volto a esperar. Dizem-me que daqui a pouco. Entretanto vou ao Volga cumprimentar um amigo e entregar-lhe o abraço que o irmão lhe mandou desde Ponta Delgada. Encontro outro amigo. Atrás de nós três tios em idade de terem juízo resolvem os problemas da Região. Nós discutimos o Estatuto, a Autonomia, a eutanásia, tudo no ápice de um café em chávena escaldada, na esperança de por em dia as conversas que se espaçam em três meses. Partimos, eu em direcção ao Porto Pim em busca de uma mulher do Tabucchi, ele para o parlamento em busca de mais uma utopia. Que seria de nós sem as utopias. Não há pragmático que não seja utópico.

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