Quando Carlos César se apresou a dizer, na Ilha Graciosa, que o “Governo Regional não escolhe aviões”, sabia muito bem porque o dizia e porque o fazia. Na verdade, “sacudia água do capote”.
A escolha do Dash 8 200 e 400 da Bombardier em detrimento do ATR 75-500 do Grupo EADS (Airbus), está envolta em contornos pouco claros.
A quando da compra dos ATP, que se revelaram excelentes aviões, foram feitas acusações publicas gravíssimas, por parte da oposição ao então governo de Mota Amaral.
Hoje são conhecidos os contornos mais do que obscuros de todos os concursos públicos efectuados pela secretaria da economia e empresas tuteladas pela mesma. Ainda não houve um concurso que corresse bem e que não tivesse alteração de regras a meio oiu no fim do mesmo.
Duarte Ponte é já conhecido pelas sucessivas trapalhadas que foi fazendo, começou logo em 1996 com a anulação do concurso dos terrenos da Calheta, com o Parque de Combustíveis da Praia que ainda nem está concluído passados 12 anos, foi o “forro” do transporte marítimo, O CASINO que demorou 10 anos a arrancar, e mais um sem número de pequenos incidentes que toda a gente conhece.
Este, conhecido agora através de uma carta que o Grupo EADS (Airbus), enviou ao Presidente do Governo Regional dos Açores é só mais um caso de total irresponsabilidade e mudança de regras a meio do jogo.
Nos Açores não há corrupção?
A referida carta diz entre outras coisas:
A escolha do Dash 8 200 e 400 da Bombardier em detrimento do ATR 75-500 do Grupo EADS (Airbus), está envolta em contornos pouco claros.
A quando da compra dos ATP, que se revelaram excelentes aviões, foram feitas acusações publicas gravíssimas, por parte da oposição ao então governo de Mota Amaral.
Hoje são conhecidos os contornos mais do que obscuros de todos os concursos públicos efectuados pela secretaria da economia e empresas tuteladas pela mesma. Ainda não houve um concurso que corresse bem e que não tivesse alteração de regras a meio oiu no fim do mesmo.
Duarte Ponte é já conhecido pelas sucessivas trapalhadas que foi fazendo, começou logo em 1996 com a anulação do concurso dos terrenos da Calheta, com o Parque de Combustíveis da Praia que ainda nem está concluído passados 12 anos, foi o “forro” do transporte marítimo, O CASINO que demorou 10 anos a arrancar, e mais um sem número de pequenos incidentes que toda a gente conhece.
Este, conhecido agora através de uma carta que o Grupo EADS (Airbus), enviou ao Presidente do Governo Regional dos Açores é só mais um caso de total irresponsabilidade e mudança de regras a meio do jogo.
Nos Açores não há corrupção?
A referida carta diz entre outras coisas:
Neste concurso os interesses dos Açores não prevaleceram
Objectivo desta carta:
- Providenciar apoio, aconselhamento e conhecimento local, capacitando assim a ATR para solicitar à SATA o bloqueamento da anunciada aquisição e relançar um processo junto de selecção, baseado nas mesmas “regras básicas” para ambos os competidores: a ATR e a Bombardier.
Durante 2 anos a ATR trabalhou com a SATA, estudando as rotas da SATA, número de passageiros, chegando ambos à conclusão que “financeiramente e operacional a escolha do ATR 72-500 era a mais conveniente para a SATA e para os Açores”.
Fragilidades do Dash 8-400 da Bombardier
- Trem de aterragem partiu-se em várias aterragens.
- Ineficiências no consumo de “fuel” nas rotas de curta duração.
- Elevado custo de manutenção e operação.
- Mais baixa capacidade de transporte de carga.
Tudo isto comparado com o ATR 72-500
É conhecido que o Dash 8-400 não foi desenhado para as difíceis operações inter-ilhas.
Nenhuma companhia aérea no Mundo escolheu o s Dash 8-400 para realizar rotas de duração média de 30 minutos.
Devido às limitações técnicas e comerciais do Dash 8-400 nas rotas da SATA inter-ilhas, a SATA viu-se obrigada a comprar também 2 “usados” Dash 8-200. Quando a ATR nunca foi questionada sobre o seu modelo mais pequeno, o ATR 42.
O Dash 8-200 é um avião totalmente diferente do Dash 8-400, exigindo diferentes motores, hélices, componentes, maiores investimentos em peças em stock, e maior custo com o treino de pilotos e mecânicos.
Por outro lado a SATA poderia operar toda a sua rota inter-ilhas com um único tipo de avião da geração ATR 72-500, ganhando eficiência e em economia.
Quando a ordem do dia é poupar em combustível, a escolha da SATA dos Dash 8-400 e dos Dash 8-200 vai, claramente contra a corrente dos princípios básicos da indústria da aviação e “parece ser ditada por outros interesses”.
Comparação dos custos da operação inter-ilhas com os 4 Dash 8-400 da Bombardier com os 4 aparelhos que a ATR proponha:
- A SATA irá pagar mais 13 milhões de euros.
- A SATA com os mesmo dinheiro que vai pagar pelos 4 Dash 8-400 compraria 5 ATR 72-500.
- Um voo médio de 30 minutos efectuado pelo Dash 8-400 tem um custo de 1.982 euros. O mesmo percurso seria feito pelo ATR 72-500 em 33 minutos e custaria 1.580 euros, menos 402 euros.
- Com a poupança que a SATA faria, voando com o ATR 72-500 em vez do previsto Dash 8-400, em 10 anos a SATA pagaria o custo total de compra dos 4 ATR 72-500 (51 milhões de euros).
- Com a opção da SATA pelo Dash 8-400, a empresa pagará anualmente mais 5,1 milhões de euros, do que se tivesse optado pelo ATR 72-500.
O Dash 8-400 não foi desenhado para uma alta utilização em rotas de curta duração e, daí, não pode ser eficiente na rota inter-ilhas da SATA.
- O Dash 8-400 vazio pesa mais 4,8 toneladas. Assim, um voo do Dash 8-400 da Bombardier com o mesmo número de passageiros do que um voo da ATR 72-500 do Grupo EADS, sairá sempre mais caro já que transportará sempre mais 4,8 toneladas, aumentando o consumo de combustível.
- O maior peso do Dash 8-400 fará com que a SATA tenha que gastar mais 20.000 toneladas de combustível (25 milhões de USD), em dez anos.
- O maior peso do Dash 8-400 fará com que sejam emitidas mais 66.000 toneladas de CO2, em dez anos.
O Dash 8-400 tem capacidade para mais passageiros do que o ATR 72-500. Todavia, mesmo tendo em conta um crescimento de 5% por ano no número de passageiros da SATA, nos voos inter-ilhas, os 4 ATR 72-500 terão capacidade para transportar todos os passageiros durante 15 anos.
A maior capacidade para transporte de passageiros de Dash 8-400 não será usada durante vários anos e fará com que seja, em muito, reduzida a capacidade para transporte de carga, que é uma das maiores exigências da SATA.
O anúncio do Governo Regional da aquisição de 4 Dash 8-400 e 2 “usados” Dash 8-200 não está de acordo com as regras do concurso. A SATA sempre insistiu junto da ATR que os aparelhos teriam que ser todos novos e que teria que haver 1 aparelho que fosse capaz de operar em todas as pistas das nove ilhas da Região, incluindo a pequena pista da ilha do Corvo.
Em Setembro de 2007, a ATR demonstrou que o seu ATR 72-500 poderia operar na pequena pista da ilha do Corvo, e daí estar a ATR a cumprir com as regras do concurso.
Pelo contrário o Dash 8-400 não pode operar em pistas tão pequenas, obrigando-se a SATA a adquirir o mais pequeno Dash 8-200.
O anúncio deste tipo de aviões, feito pelo Governo Regional, veio demonstrar que a SATA alterou as regras do concurso, sem dar oportunidade à ATR de propor a aquisição do seu ATR 42-320.
O Governo Regional anunciou que o investimento da SATA, na compra dos 4 Dash 8-400, mais os 2 Dash 8-200, já usados, custará 111 milhões de USD, enquanto que a oferta da ATR, incluindo 4 ATR 72-500, mais 2 novos ATR 42-320, custaria 85 milhões de USD.
Em 19 de Março de 2008, a ATR requereu formalmente à Administração da SATA para que pusesse em “stand-by” qualquer acordo eventual com a Bombardier e que reanalisasse a selecção dos aviões numa base competitiva e igualitária.
A ATR informa que os governos de Itália e França, assim como o grupo EADS (Airbus) solicitarão explicações ao Governo Regional dos Açores sobre a escolha da SATA.
Objectivo desta carta:
- Providenciar apoio, aconselhamento e conhecimento local, capacitando assim a ATR para solicitar à SATA o bloqueamento da anunciada aquisição e relançar um processo junto de selecção, baseado nas mesmas “regras básicas” para ambos os competidores: a ATR e a Bombardier.
Durante 2 anos a ATR trabalhou com a SATA, estudando as rotas da SATA, número de passageiros, chegando ambos à conclusão que “financeiramente e operacional a escolha do ATR 72-500 era a mais conveniente para a SATA e para os Açores”.
Fragilidades do Dash 8-400 da Bombardier
- Trem de aterragem partiu-se em várias aterragens.
- Ineficiências no consumo de “fuel” nas rotas de curta duração.
- Elevado custo de manutenção e operação.
- Mais baixa capacidade de transporte de carga.
Tudo isto comparado com o ATR 72-500
É conhecido que o Dash 8-400 não foi desenhado para as difíceis operações inter-ilhas.
Nenhuma companhia aérea no Mundo escolheu o s Dash 8-400 para realizar rotas de duração média de 30 minutos.
Devido às limitações técnicas e comerciais do Dash 8-400 nas rotas da SATA inter-ilhas, a SATA viu-se obrigada a comprar também 2 “usados” Dash 8-200. Quando a ATR nunca foi questionada sobre o seu modelo mais pequeno, o ATR 42.
O Dash 8-200 é um avião totalmente diferente do Dash 8-400, exigindo diferentes motores, hélices, componentes, maiores investimentos em peças em stock, e maior custo com o treino de pilotos e mecânicos.
Por outro lado a SATA poderia operar toda a sua rota inter-ilhas com um único tipo de avião da geração ATR 72-500, ganhando eficiência e em economia.
Quando a ordem do dia é poupar em combustível, a escolha da SATA dos Dash 8-400 e dos Dash 8-200 vai, claramente contra a corrente dos princípios básicos da indústria da aviação e “parece ser ditada por outros interesses”.
Comparação dos custos da operação inter-ilhas com os 4 Dash 8-400 da Bombardier com os 4 aparelhos que a ATR proponha:
- A SATA irá pagar mais 13 milhões de euros.
- A SATA com os mesmo dinheiro que vai pagar pelos 4 Dash 8-400 compraria 5 ATR 72-500.
- Um voo médio de 30 minutos efectuado pelo Dash 8-400 tem um custo de 1.982 euros. O mesmo percurso seria feito pelo ATR 72-500 em 33 minutos e custaria 1.580 euros, menos 402 euros.
- Com a poupança que a SATA faria, voando com o ATR 72-500 em vez do previsto Dash 8-400, em 10 anos a SATA pagaria o custo total de compra dos 4 ATR 72-500 (51 milhões de euros).
- Com a opção da SATA pelo Dash 8-400, a empresa pagará anualmente mais 5,1 milhões de euros, do que se tivesse optado pelo ATR 72-500.
O Dash 8-400 não foi desenhado para uma alta utilização em rotas de curta duração e, daí, não pode ser eficiente na rota inter-ilhas da SATA.
- O Dash 8-400 vazio pesa mais 4,8 toneladas. Assim, um voo do Dash 8-400 da Bombardier com o mesmo número de passageiros do que um voo da ATR 72-500 do Grupo EADS, sairá sempre mais caro já que transportará sempre mais 4,8 toneladas, aumentando o consumo de combustível.
- O maior peso do Dash 8-400 fará com que a SATA tenha que gastar mais 20.000 toneladas de combustível (25 milhões de USD), em dez anos.
- O maior peso do Dash 8-400 fará com que sejam emitidas mais 66.000 toneladas de CO2, em dez anos.
O Dash 8-400 tem capacidade para mais passageiros do que o ATR 72-500. Todavia, mesmo tendo em conta um crescimento de 5% por ano no número de passageiros da SATA, nos voos inter-ilhas, os 4 ATR 72-500 terão capacidade para transportar todos os passageiros durante 15 anos.
A maior capacidade para transporte de passageiros de Dash 8-400 não será usada durante vários anos e fará com que seja, em muito, reduzida a capacidade para transporte de carga, que é uma das maiores exigências da SATA.
O anúncio do Governo Regional da aquisição de 4 Dash 8-400 e 2 “usados” Dash 8-200 não está de acordo com as regras do concurso. A SATA sempre insistiu junto da ATR que os aparelhos teriam que ser todos novos e que teria que haver 1 aparelho que fosse capaz de operar em todas as pistas das nove ilhas da Região, incluindo a pequena pista da ilha do Corvo.
Em Setembro de 2007, a ATR demonstrou que o seu ATR 72-500 poderia operar na pequena pista da ilha do Corvo, e daí estar a ATR a cumprir com as regras do concurso.
Pelo contrário o Dash 8-400 não pode operar em pistas tão pequenas, obrigando-se a SATA a adquirir o mais pequeno Dash 8-200.
O anúncio deste tipo de aviões, feito pelo Governo Regional, veio demonstrar que a SATA alterou as regras do concurso, sem dar oportunidade à ATR de propor a aquisição do seu ATR 42-320.
O Governo Regional anunciou que o investimento da SATA, na compra dos 4 Dash 8-400, mais os 2 Dash 8-200, já usados, custará 111 milhões de USD, enquanto que a oferta da ATR, incluindo 4 ATR 72-500, mais 2 novos ATR 42-320, custaria 85 milhões de USD.
Em 19 de Março de 2008, a ATR requereu formalmente à Administração da SATA para que pusesse em “stand-by” qualquer acordo eventual com a Bombardier e que reanalisasse a selecção dos aviões numa base competitiva e igualitária.
A ATR informa que os governos de Itália e França, assim como o grupo EADS (Airbus) solicitarão explicações ao Governo Regional dos Açores sobre a escolha da SATA.
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